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Versão Completa: Internet pode perder essência se não permanecer neutra
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A Internet deverá continuar "neutra e aberta", sob risco de perder a sua essência. É neste sentido que vai o alerta deixado, esta manhã, numa conferência promovida pelo Portugal Chapter em redor da neutralidade da Internet.

"A importância que a Internet hoje em dia assume na nossa vida chamou a atenção de uma série de poderes económicos e políticos que neste momento a colocam em perigo", considera Pedro Veiga, membro fundador do chapter que representa a Internet Society em Portugal e atual presidente da FCCN.

O responsável fala mesmo em "transfiguração" da Internet caso o princípio da neutralidade não seja preservado e avisa: "a Internet tal como a conhecemos não está garantida", num apelo à aprovação de legislação que garanta tal conceito.

A questão tem sido amplamente debatida a nível mundial, com o Chile a liderar o grupo de países que asseguram legalmente o igual tratamento do tráfego nas redes, ao aprovar em julho de 2010 uma lei que obriga os ISPs a "garantir o acesso a todos os tipos de conteúdos, serviços ou aplicações disponíveis na rede e oferecer um serviço que não faça distinções em função dos conteúdos, aplicações ou serviços, com base na fonte ou propriedade dos mesmos".

No final de 2010 foi a vez dos Estados Unidos adoptarem normas para garantir a neutralidade da rede, mas consagrando exceções para a Internet móvel, alegando que são tecnologias que estão a evoluir rapidamente e que as redes ainda sofrem de limitações de capacidade significativas.

Em junho deste ano foi a vez da Holanda "dar início às hostilidades" na Europa ao avançar com legislação que proíbe os operadores móveis de bloquearem ou cobrarem custos adicionais aos clientes que utilizem serviços de comunicação baseados na Internet, como o Skype.

Recentemente o Parlamento Europeu aprovou uma resolução através da qual pede à Comissão Europeia que assegure a abertura e neutralidade da Internet europeia, monitorizando a ação dos operadores e prevenindo políticas discriminatórias.

O documento refere concretamente que a Comissão Europeia deve estar atenta às tentativas das empresas de Internet para bloquearem ou regularem de forma diferente serviços de voz e vídeo sobre IP, ou trocas de ficheiros P2P.

O princípio da neutralidade é a garantia de que os operadores de acesso à Internet não podem dar prioridade a uns dados sobre outros em função do emissor, destinatário, serviço ou aplicação que os gera e prevalece desde que a Internet é conhecida como tal.

"O desenvolvimento da Internet assenta num modelo aberto, colaborativo. Foi feita para passar pacotes de dados, independentemente do seu conteúdo, propósito ou destino", lembrou Frédéric Donk, director do European Regional Bureau da Internet Society, na sua intervenção, defendo que o sucesso da grande rede se explica pelo modelo estabelecido de início. "A Internet não é de ninguém. É isso que a torna tão única".

Fonte:http://tek.sapo.pt/noticias/internet/int...04412.html
Não consigo entender o porquê de tanto alarido...
Hoje, podemos fazer o que quisermos na Internet sem sofrer consequências?
Não...logo a Internet não é um "lugar" neutro Wink
(30-11-2011 20:04)RaCcOn Escreveu: [ -> ]Não consigo entender o porquê de tanto alarido...
Hoje, podemos fazer o que quisermos na Internet sem sofrer consequências?
Não...logo a Internet não é um "lugar" neutro Wink

Percebo onde queres chegar, mas penso que não é essa a questão.
@RaCcOn,
uma coisa é o que é legal fazer, outra coisa é o que tu podes fazer.

É ilegal andar a mais de 120 na AE, mas o teu carro pode andar acima dessa velocidade.

O tema aqui,
é garantir, ou mais, legislar, para tentar garantir, que todo o conteúdo te é acessível, não interessa a fonte, nem o conteúdo, nem nada.
És tu, como indivíduo que tem a responsabilidade de tomar boas ou más decisões.
Claro, que com as más decisões... há consequências ... é a vida.

Voltamos à velha questão:
Eu tenho um CD, não o sei copiar nem passar para digital para meter num leitor mp3, estarei a fazer algum crime, sacando esse album da Net?
E se não tiver o original?

Neste caso, é legitimo, o próprio meio de comunicação (internet), vedar o acesso ao conteúdo?

Sempre se venderam armas ilegalmente, isso não surgiu com a internet
Sempre existiu corrupção, isso não surgiu com a internet
Sempre existiu prostituição, isso não surgiu com a internet
Sempre existiram crimes, isso não surgiu com a internet

Não vejo,
que a internet tenha que agir sobre os conteúdos para limitar os indivíduos, mas isso... sou eu.

Claro que há sempre a cena ..." e como se protege as crianças da porno, e isto e aquilo?"
Bem, no antigamente, alguém protegia uma criança de em plena rua uma miúda lhe mostrar as m*m*s? Wink Educação, simples.
Entendo perfeitamente o que queres dizer JPedrosa, mas vejamos...
Nas questões que apontas, sim não é ilegal ires fazer o download do CD que adquiriste no formato MP3, desde que tenhas o original...até como sabes podes fazer quantas cópias quiseres do mesmo, desde que não as estejas a vender ou emprestar.
Se não tiveres o original estás a cometer um crime, independentemente do que as pessoas acharem disso actualmente é um crime punível por lei...

Ora vejamos...
Pelo que bem entendo, eles não querem limitar o teu acesso a informação, querem é ter acesso aos pacotes de dados que são passados através da rede.
Não é que eles já não tenham acesso a essa informação, mas assim iriam ter acesso legalmente.

É certo que não creio que seja este o método mais eficaz para conseguir seja lá o que for em relação ao que diz respeito ao tema pirataria, no entanto é uma medida.
O pessoal anda todo a dizer que é invasão de privacidade e tudo o resto mas...
Eu se plantar Canabis dentro de minha casa a policia não me pode vir inspeccionar a casa?
Se o vão fazer só por fazer?Não, mas se houverem suspeitas ou acusações de, claro que vão verificar.
Actualmente, cada um faz os downloads que quer e bem lhes apetece, da forma que quer e bem lhe apetece...alguns chegam até a pensar que é um direito que lhes assiste e se forem proibidos de tal é um filme que não estás bem a ver...
Quando há uma discussão de alguma coisa relacionada com este tema, por norma os argumentos são tudo menos válidos para o lado de quem está a defender o download ilegal...
Ora é que quem desenvolve o software já está milionário, ora é que as bandas ganham é com os concertos e não com a venda dos CD's ou até mesmo a pior de todas é que a cultura tem de estar acessível a todos...

A uns tempos atrás, devido a ACAPOR ter feito o que fez houve um festim devido ao assunto e muitos centros de assistência informática foram inspeccionados(nós também fomos), a parte mais engraçada da coisa é que notava-se que não queriam saber das nossas máquinas mas sim das máquinas dos clientes que se encontravam em reparação.
Porque será?

Conheci alguns casos de os clientes terem tido problemas devido a software ilegal instalado nas máquinas que tinham ido para reparação.
o exemplo da canabis é bom.
a policia pode ir a tua casa com um mandato. o que estamos aqui a falar é mais do tipo, a policia ter um agente em tua casa a controlar activamente se tu tens algo ilegal. é algo mto mais tipo minority report do que patrulhamento.
Sim claro que para irem a tua casa tem de ter um mandato judicial para tal, penso que no caso em questão para provarem alguma coisa teriam de ter de ir a tua casa também.
Não servindo como prova o facto de teres feito um download...

Como referis-te e muito bem, fazer o download de um Cd de música não é ilegal, caso tenhas o original.
Logo isso obrigatoriamente teria de ser averiguado.

Outro exemplo, quando nos pedem para instalar um qualquer software nós nunca aceitamos ficar com originais, pedimos sempre uma cópia ficando um documento assinado pelo cliente indicando que a aquela cópia é dele e que o mesmo adquiriu a respectiva licença.
Se cá vierem e estivermos com cópias na nossa posse, não é ilegal, mas se tivermos a chave ou instalado em alguma máquina(sem ser trial) a coisa já é diferente.
Daí julgo eu que o ISP apenas deverá fazer uma triagem, podendo ou não fazer denuncia de que o utilizador XPTO acedeu ao servidor X que é conhecido pela partilha de ficheiros protegidos por direitos de autor.
Depois lá seria emitido um mandato e as máquinas do cliente ou na sua posse inspeccionadas.

Não sei lol Só estou a mandar palpites.
(01-12-2011 01:55)RaCcOn Escreveu: [ -> ]Como referis-te e muito bem, fazer o download de um Cd de música não é ilegal, caso tenhas o original.
Logo isso obrigatoriamente teria de ser averiguado.

Ok, esta eu não entendi. A partir do momento que se descarrega um CD musical da internet mesmo tendo o original como é que ele prova que o que descarregou é de facto o CD original? Logo aqui se pressupõe que este amigo apesar de ter o original sacou algo ilegal (direitos de autor talvez?)...
Não,
A única maneira de te poderem acusar de estares a descarregar software ilegal é se tu não tiveres a respectiva prova de compra do original.
Podes ter comprado o original, no entanto o CD poderá estar danificado, ou mesmo podes ir buscar as mesmas músicas mas no formato mp3, quem diz o cd de musica diz o software...

Entendes?
Aliás, até tens muitos sites que te disponibilizam musica no formato mp3 legalmente, nos termos deles diz é que só podes fazer o download caso tenhas o original.
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