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Versão Completa: Governo tem novo portal mais interactivo mas apagou anteriores executivos
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O Governo tem desde hoje um novo portal na internet (http://www.portugal.gov.pt) onde agrega todos os ministérios que até aqui tinham sites individuais, mas apagou boa parte dos conteúdos referentes aos executivos anteriores.

A ordem da austeridade chegou também à esfera digital do Governo: o gabinete do ministro Miguel Relvas delineou um novo portal do executivo que centraliza toda a informação referente aos onze ministérios e que permite poupar "centenas de milhares de euros por ano". O desenho do novo portal, adjudicado por ajuste directo depois de uma consulta ao mercado, custou 75 mil euros. Só a gestão dos conteúdos do site do ministério da Economia custava 120 mil euros por ano, exemplifica a assessoria de Relvas.

A principal inovação do portal é uma aplicação chamada O meu movimento que permite que qualquer pessoa possa inscrever uma causa que defende (tem apenas 160 caracteres para mostrar o que vale) e angarie apoios ao seu movimento através do Facebook. A mais votada terá uma audiência com o primeiro-ministro para apresentar a sua ideia. Estão, claro, excluídos movimentos que incentivem a violência ou o racismo, sejam insultuosos ou sem qualquer valência, conta a assessoria do ministro, que está encarregue de fazer uma avaliação prévia dos movimentos que entram nesta "competição".

O novo portal permite também perceber exactamente onde são aplicados os impostos pagos pelos portugueses. Através da ferramenta Para onde vão os meus impostos?, onde se colocam os dados sobre o estado civil, o rendimento bruto e o tamanho do agregado familiar, a aplicação faz uma simulação da distribuição por áreas e serviços do dinheiro do contribuinte.

Uma pessoa casada, com um rendimento de 30 mil euros em 2010 e dois filhos, por exemplo, terá pago, segundo a estimativa, 1.875,03 euros em IRS. A maior fatia foi para a protecção social (655,37 euros, ou seja, 34, 97%), seguida pelos serviços gerais da administração pública (288,09 euros, 15,36%), saúde (265,81 euros, 14,18%), educação (254,02 euros, 13,55%), entre outros. Mas na área da protecção social, esses 655,37 euros foram distribuídos por serviços correspondentes a subsídio de doença e incapacidade (62,82€) , de velhice (394,39€), sobrevivência (63,49€), família e infância (55,2€), desemprego (39,06€), mas também para serviços relacionados com a habitação (0,85€), exclusão social não especificada (13,36€), investigação e desenvolvimento em protecção social (0,01€) e serviços de protecção social não especificados (26,49€).

O encerramento das páginas dos vários ministérios e a renovação do portal do Governo fez com que se perdesse o acesso a boa parte da informação relativa a executivos anteriores. Não há mesmo nenhum portal oficial online onde possa ser consultada, por exemplo, a constituição de anteriores executivos. Questionado sobre o assunto, o gabinete de Miguel Relvas argumenta que "uma parte da informação dos ministérios migrou para o novo portal" mas para não é obrigatório que "a informação histórica esteja disponível " e que até aqui ela "também não existe hoje em lado nenhum". "O portal histórico do antigo Governo não tem visitas expressivas e quando as tem as pessoas não percebem que se refere a executivos anteriores e reclamam com os serviços actuais", queixa-se o gabinete.

Fonte:http://www.publico.pt/Tecnologia/governo...os-1528302
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