09-02-2012, 03:41
Lucrar com a morte antecipada no Deutsche Bank
O Deutsche Bank tem um novo fundo de investimento que especula sobre expectativa de vida dos titulares de seguros.
"Arrelia para o Deutsche Bank" e "Associação repreende as apostas de morte da Deutsche Bank" são os títulos do diário "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ) de hoje e do "Spiegel Online" (o sítio da revista Der Spiegel) de há dois dias, referentes a artigos sobre um novo produto que aquele banco alemão lançou no mercado.
O "db Kompass Life 3", apelidado pelo "Spiegel Online" de "ideia de negócio mórbida" ou vanguarda da "galeria dos produtos obscuros", baseia-se em apólices de seguro de vida, que permitem aos clientes do banco especular indiretamente sobre a esperança de vida de pessoas da terceira idade.
O "db Kompass Life 3" é considerado o mais mórbido dos três produtos de fundos de seguros de vida com o mesmo nome, desde que o primeiro foi lançado há três anos: o banco já não compra apólices diretamente. Em vez disso, os investidores compram uma espécie de aposta sobre o tempo de vida de um conjunto de 500 segurados que são regularmente contactados por uma agência de informações mandatada para tal. O produto baseia-se em modelos complexos de seguros de vida e tem um funcionamento simples: quanto mais cedo morre a chamada pessoa de referência do seguro, mais alto é o lucro para o investidor.
De acordo com o "Spiegel Online", o Deutsche Bank tem atualmente vendidos 700 milhões de euros deste fundo a pequenos investidores.
Ilegal ou não?
O FAZ de hoje sublinhou no seu título o resultado da ação do advogado de Hamburgo Tilman Langer, que solicitou ao provedor da Associação Federal de Bancos Alemães (Bundesverbandes deutshcer Banken, BdB) que se pronunciasse sobre este caso, em particular por especular sobre a longevidade de pessoas vivas. O provedor remeteu para um tribunal a deliberação se há ou não algum tipo de ilegalidade neste produto, que classifica, mesmo assim, como "dificilmente compatível com a dignidade humana".
Pelo seu lado, o presidente da Associação de Seguros de Vida da Alemanha (Bundesverbands Zweitmarket Lebensversicherungen, BVZL), Christian Seidl, declarou ao FAZ que "não se deve criar controvérsias com este tipo de fundos, reduzindo-os a uma aposta sobre a morte", acrescentando: "O modelo de negócio do referido fundo é, na nossa opinião, moralmente aceitável. Se assim não fosse, poderíamos inferir que qualquer companhia de seguros de pensões beneficia da morte precoce dos seus segurados".
Como funciona o db Kompass Life 3?
O banco compra apólices de seguros de vida de norte-americanos e assume a responsabilidade pelo pagamento dos seus futuros prémios. Quando o segurado morre, o dinheiro da apólice vai para o fundo do Deutsche Bank. São escolhidos norte-americanos com idades compreendidas entre os 70 e os 90 anos. Se as pessoas de referência viverem muito tempo, ganha o banco. Se morrerem prematuramente, ganha o investidor.
FONTE: Expresso
O Deutsche Bank tem um novo fundo de investimento que especula sobre expectativa de vida dos titulares de seguros.
"Arrelia para o Deutsche Bank" e "Associação repreende as apostas de morte da Deutsche Bank" são os títulos do diário "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ) de hoje e do "Spiegel Online" (o sítio da revista Der Spiegel) de há dois dias, referentes a artigos sobre um novo produto que aquele banco alemão lançou no mercado.
O "db Kompass Life 3", apelidado pelo "Spiegel Online" de "ideia de negócio mórbida" ou vanguarda da "galeria dos produtos obscuros", baseia-se em apólices de seguro de vida, que permitem aos clientes do banco especular indiretamente sobre a esperança de vida de pessoas da terceira idade.
O "db Kompass Life 3" é considerado o mais mórbido dos três produtos de fundos de seguros de vida com o mesmo nome, desde que o primeiro foi lançado há três anos: o banco já não compra apólices diretamente. Em vez disso, os investidores compram uma espécie de aposta sobre o tempo de vida de um conjunto de 500 segurados que são regularmente contactados por uma agência de informações mandatada para tal. O produto baseia-se em modelos complexos de seguros de vida e tem um funcionamento simples: quanto mais cedo morre a chamada pessoa de referência do seguro, mais alto é o lucro para o investidor.
De acordo com o "Spiegel Online", o Deutsche Bank tem atualmente vendidos 700 milhões de euros deste fundo a pequenos investidores.
Ilegal ou não?
O FAZ de hoje sublinhou no seu título o resultado da ação do advogado de Hamburgo Tilman Langer, que solicitou ao provedor da Associação Federal de Bancos Alemães (Bundesverbandes deutshcer Banken, BdB) que se pronunciasse sobre este caso, em particular por especular sobre a longevidade de pessoas vivas. O provedor remeteu para um tribunal a deliberação se há ou não algum tipo de ilegalidade neste produto, que classifica, mesmo assim, como "dificilmente compatível com a dignidade humana".
Pelo seu lado, o presidente da Associação de Seguros de Vida da Alemanha (Bundesverbands Zweitmarket Lebensversicherungen, BVZL), Christian Seidl, declarou ao FAZ que "não se deve criar controvérsias com este tipo de fundos, reduzindo-os a uma aposta sobre a morte", acrescentando: "O modelo de negócio do referido fundo é, na nossa opinião, moralmente aceitável. Se assim não fosse, poderíamos inferir que qualquer companhia de seguros de pensões beneficia da morte precoce dos seus segurados".
Como funciona o db Kompass Life 3?
O banco compra apólices de seguros de vida de norte-americanos e assume a responsabilidade pelo pagamento dos seus futuros prémios. Quando o segurado morre, o dinheiro da apólice vai para o fundo do Deutsche Bank. São escolhidos norte-americanos com idades compreendidas entre os 70 e os 90 anos. Se as pessoas de referência viverem muito tempo, ganha o banco. Se morrerem prematuramente, ganha o investidor.
FONTE: Expresso