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Versão Completa: Um dos grandes hackers mundiais era afinal informador do FBI
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Mesmo quando pedia a milhares de utilizadores do Twitter que se revoltassem e atacassem sites governamentais e de entidades públicas, o hacker mais procurado do planeta estava a trabalhar para a polícia federal norte-americana, o FBI.

Hector Xavier Monsegur, 28 anos, foi denunciado nesta terça-feira como sendo a pessoa por detrás do nickname Sabu, um dos líderes do grupo Lulz Security – mais conhecido como LulzSec – e que engrossou as fileiras dos muito talentosos e algo temidos ciberactivistas que dão pelo nome Anonymous.

A lista de sites atacados por este grupo e por Sabu é enorme. Mas nada terá sido tão grande quanto a surpresa de muitos dos membros quando souberam que Sabu foi detido e indiciado como o cabecilha do grupo LulzSec. E as surpresas não terminaram aí: pormenores do processo judicial entretanto revelados e divulgados por diferentes meios de comunicação social, como a agência britânica de notícias Reutes, permitem concluir que Sabu era afinal um informador do FBI, com quem cooperava desde 7 de Junho de 2011.

“Quem confiou em Sabu deve estar em pânico neste momento”, disse Jennifer Emick, ex-activista dos Anonymous, que se virou contra o grupo quando este passou a atacar o Governo norte-americano, diz a Reuters. “Há discos de computador a serem apagados". Jake Davis, acusado de ser Topiary – a cara mais conhecida dos Lulz – tinha sido apanhado em Julho, durante uma série de detenções realizadas no Reino Unido, após o primeiro encontro de Sabu com a polícia.

“Há neste momento alguma paranóia”, afirmou por seu lado Gregg Housh, outro antigo membro dos Anonymous.

Monsegur nasceu em Nova Iorque, frequentou um curso superior e teve diferentes empregos, sempre relacionados com tecnologia. Diz quem o conheceu que Sabu se destacava por um talento que lhe permitia entrar em muitos sistemas informáticos, sensibilidade de classe média e convicções políticas. Numa entrevista à New Scientist, Sabu contou que a primeira vez que "hackou" em nome de uma causa tinha sido uma década antes, quando interferiu com as comunicações durante um polémico exercício militar dos EUA, um bombardeamento em Vieques, Porto Rico.

Acabou por ser detido em Junho passado, ao abrigo de acusações de fraude com cartões de crédito e já depois de o Facebook ter fornecido ao FBI cópias de mensagens que Monsegur tinha enviado através daquela rede social – e que tinha sido intimada judicialmente a entregar essas comunicações à Justiça.

Monsegur acabou por confessar e, a 15 de Agosto, deu-se por culpado de algumas das acusações mais graves, relativas a crimes cometidos pelos Lulz. Em troca procurou garantir protecção judicial para reduzir uma eventual pena, segundo registos judiciais revelados agora.

Procuradores norte-americanos e o FBI anunciaram também que, nesse mesmo dia, foram deduzidas acusações contra outros cinco homens: um em Chicago, dois no Reino Unido e dois na Irlanda. “O que este caso demonstra é que o FBI está a ficar muito eficiente na caça a estes grupos”, declarou por seu turno Jerry Dixon, director de um grupo de investigação em cibersegurança e ex-responsável da divisão de cibersegurança nos EUA, uma unidade existente dentro do Departamento de Segurança Nacional. “[O FBI] é capaz de apanhar membros que denunciam outros e assim apanhá-los”, acrescentou.

De acordo com a Reuters, as actividades executadas sob o encorajamento de Sabu – após a detenção deste – foram de tal forma numerosas que o caso acabou por levantar questões sobre o que terá o Governo norte-americano autorizado em nome da investigação neste caso.

Apesar de estar basicamente a trair colegas, Sabu lançou diversos avisos a outros hackers, pedindo-lhes que fossem cuidadosos, que limpassem os computadores e verificassem os computadores hackados, procurando apagar eventuais pistas que tivessem ficado para trás.

Membros veteranos dos Lulz – grupo que se dissolveu em 2011, fundindo-se com os Anonymous e os Antisec – disseram à Reuters que não acreditam que este desfecho vá pôr fim às actividades dos hackers. “Isto vai gerar uma resposta enorme”, sustenta Barrett Brown, antigo porta-voz dos Anonymous, que conhecia Monsegur e foi interrogado pelo FBI após uma busca realizada na terça-feira. Na Internet, as reacções foram muitas, e enérgicas. “Única coisa a dizer sobre Sabu: um traidor, um cobarde, um inimigo”, disse alguém no Twitter.

Fonte:http://www.publico.pt/Sociedade/um-dos-g...6679?all=1
UAU, até parece que é a primeira vez que alguém mente sobre quem é ou sobre quem está a lutar..Isto para nao falar que pode ser apenas uma noticia enganosa..

A guerra entre hackers e governos nao vai terminar aqui..Nada nem ninguem é intocável e mais cedo ou mais tarde serao os hackers a responder a estes ataques..A ver vamos..
A lei Americana permite recrutar criminosos, a troco de redução de pena.

É uma forma simples de recrutar talento, e ao mesmo tempo de o tirar do "outro lado".

O mais certo é isso ter acontecido.
Conseguiram apanhar o rapaz, entalaram-no, e era isso ou prisa.
Também existe a possibilidade de terem criado a história apenas para o tramarem...
Mais cedo ou mais tarde acabam por ser apanhados...
Claro que apanham, o problema muitas vezes é que as leis nos paises onde eles vivem ainda não contemplam este tipo de situações e é mais complicado de os condenar.

Quem não sabe que existem pessoas infiltradas no meio de grupos de traficantes de droga de forma a poder estudar os seus movimentos e a espera para os condenarem?
Não vejo qualquer problema nisso, é uma forma de combate ao crime a qual é sempre bem-vinda não?
Sim, ninguém diz o contrário só que esses são agentes devidamente treinados, este foi "turned over" penso que é essa a terminologia Big Grin.
Também acontece no "mundo" que falei...e mesmo em Portugal...

Wink
Não duvido... Smile
(08-03-2012 13:40)RaCcOn Escreveu: [ -> ]Também acontece no "mundo" que falei...e mesmo em Portugal...

Wink

Acontece, mas o enquadramento é diferente.

São sempre agentes.
Na melhor das hipóteses, informadores.

A nossa lei, não permite, que sejam "usadas" pessoas condenadas por crimes, trabalharem para a polícia.
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