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Versão Completa: Filmes de família sobre cidades são êxito na net
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Canal do Youtube reúne imensa coleção de "fitas" feitas entre 1947 e 1958. Homenagem ao pai de António Tavares, que com a sua câmara de filmar registou outros tempos e hábitos.

Tudo isto pode ser visto em http://www.youtube.com/user/tavares1896

A timidez de António Tavares desvanece-se mal começa a desfiar as histórias da infância e dos filmes feitos pelo pai. Uma coleção que o progenitor começou a rodar em 1947, aos 26 anos, quando comprou a sua primeira máquina de filmar, de 9,5 mm. O arquivo mostra um Porto e um país que já não existem, e tornou-se um fenómeno no Youtube, onde o filho, orgulhoso, criou uma página que imortaliza a saga cinematográfica de António Tavares da Silva, que morreu em 2011.

A paixão familiar pelo cinema começa bem cedo, nas sessões de cinema do antigo Palácio de Cristal, quando o elétrico ainda entrava pelos jardins adentro. "Como o meu avô trabalhava de segunda-feira a sábado na fundição [do Bom Sucesso, negócio da família fundado em 1895], precisava de se deitar cedo à noite e descansar ao domingo. Assim, a minha avó frequentava o cinema acompanhada pelo meu pai", conta António, sempre intercalando as histórias da família com apontamentos históricos das épocas em que os vários filmes foram feitos.

Foi por essa altura, em 1934, aos 13 anos, que o pai teve o seu primeiro projetor, um Pathé Baby de 9,5 mm em segunda mão, "que projetava pequenos filmes num écran pouco maior do que uma folha A4". "Depois de se casar, trocou-o por um Pathé Baby mais moderno (com duplo dente de arrasto) e comprou, já em 1947, a sua primeira máquina de filmar."

Imagens do Palácio de Cristal, da Boavista, da Praia do Castelo do Queijo, no Porto, a neve na Serra da Estrela, filmes de Fátima, das Termas de Vidago e da Cúria. Imagens do Jardim Zoológico de Lisboa, o Palácio de Queluz, as colónias de férias de Francelos, são tantos os cenários e as épocas retratadas que nos apresentam uma espécie de catálogo de hábitos e costumes de um país que, entretanto, desapareceu.

Fonte:http://www.dn.pt/inicio/portugal/interio...03&page=-1
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