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Versão Completa: Quem lê em suportes digitais partilha mais informações
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Quem lê em suportes digitais tem tendência a partilhar mais informações, em comunidade, e a estar ligado em rede e em qualquer lugar, segundo um estudo hoje apresentado.

O estudo sobre leitura digital, desenvolvido pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, só será apresentado oficialmente depois do verão, mas algumas das premissas foram reveladas hoje, numa conferência sobre livro digital para crianças.

Cátia Ferreira, do grupo de investigadores daquele centro, explicou que o objetivo é entender o impacto do digital na promoção da leitura.

O estudo sugere que quem lê em suporte digital também lê muito em suportes tradicionais, em papel.

Foram ainda identificadas duas tendências: a partilha de informação sobre o que se leu ou vai ler em digital, em comunidades de leitores, e a mobilidade do leitor, sempre conectado a outros recursos, através da internet.

Os investigadores, que contactaram vários agentes da cadeia de valores do mercado editorial, dão conta que os editores precisam de ter "uma estratégia editorial digital" e dinamizar a edição em papel, compatível com a digital.

Conferência sobre livro digital para crianças

Na conferência dedicada ao livro digital para crianças, foram abordados temas como os processos criativos na criação de uma história para os mais novos, as ferramentas para avançar no suporte digital (tablets, telemóveis, computadores, etc) e os direitos de autor.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, José Jorge Letria, defendeu uma "co-habitação entre suportes", papel e digital, sem esquecer a defesa dos direitos dos autores, sejam escritores, ilustradores ou designers.

Já o designer Jorge Silva afirmou que "é preciso ultrapassar a falta de mercado" português, e investir no universo lusófono dos falantes da língua portuguesa, através do digital.

Outro dos intervenientes da conferência foi o comissário do Plano Nacional de Leitura, Fernando Pinto do Amaral, para quem a transição da edição de livros no suporte tradicional para digital será suave. "Os estudos são muito precários, ainda estamos no princípio de qualquer coisa", disse.

No âmbito desta conferência será apresentado o prémio Nave Especial - Histórias Digitais Ilustradas, que acaba de ser criado.

Fonte:Tek
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