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Versão Completa: Google em Hong Kong sem garantias de fim de bloqueios
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Um responsável da empresa Google admitiu hoje que Pequim pode bloquear os conteúdos aos utilizadores que acederem a partir de redes chinesas, apesar de ter mudado na segunda feira os servidores da China para Hong Kong.

Em declarações à agência Lusa, Bill Echikson, porta-voz da Google para a Europa do Sul, admitiu que as garantias de que esta medida ponha, por completo, fim à censura não são totais, já que "as autoridades chinesas podem sempre bloquear o material que sai de Hong Kong para a China".

A Google tomou a decisão em janeiro, alegando que não podia continuar a oferecer resultados de buscas censurados à partida, com bloqueio até de acesso a determinados «sites».

"Não podíamos continuar [a oferecer este tipo de serviço], foi uma questão de princípio", sustentou o responsável da Google.

A empresa, o maior motor mundial de buscas na Internet, disse que é "totalmente legal" a solução encontrada de disponibilizar resultados não censurados em chinês simplificado a partir de Hong Kong, em Google.com.hk, mas não esquece que este é um território chinês.

A partir de agora, a Google passa a monitorizar o estado completo do acesso aos serviços e para já, dois dias depois de ter concretizado a operação, está com alguns acessos indisponíveis, mas atribui estas falhas a "problemas técnicos", até porque todo o trabalho foi feito pelos técnicos norte-americanos.

"Tivemos o cuidado de deixar de fora deste processo os mais de 600 funcionários que temos, e vamos continuar a ter, na China", referiu Bill Echikson. A maioria dos trabalhadores chineses desempenha funções na área comercial.

Durante as conversações com o governo chinês "ficou claro desde o início que a questão da censura não era negociável", explicou o responsável da Google, mas a empresa aceitou inicialmente estas condições, acreditando que "prós pesavam mais do que os contras", adiantou.

O conflito com o governo chinês emergiu em janeiro passado, quando a Google anunciou que a empresa e pelo menos 20 outras companhias foram alvos de "ciber-ataques" chineses, numa aparente tentativa de penetrar nas contas de correio eletrónico de ativistas de direitos humanos espalhados pelo mundo.

Oficialmente, o controlo do governo chinês sobre a Internet visa combater a pornografia e o terrorismo e manter a estabilidade social do país.

IN Lusa
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