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Apostar no mestrado compensa? - progster - 05-08-2012 13:46

Um estudo sobre a empregabilidade dos diplomados revela que o desemprego desce para um terço quando se tira o mestrado, e os salários sobem.

Está a acabar a licenciatura e não sabe se há-de continuar a estudar? Se a sua preocupação é arranjar emprego, saiba que tirar o mestrado aumenta substancialmente a sua possibilidade de conseguir entrar no mercado de trabalho. O primeiro estudo exaustivo sobre empregabilidade dos diplomados pré e pós-Bolonha, feito pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), apresenta dados inquestionáveis. Ter um mestrado reduz a um terço o risco de ficar desempregado.

Se entre os licenciados da UNL, a taxa de desemprego é de 10,2%, entre os mestres essa percentagem cai para 3,3%, um ano depois de concluirem a licenciatura (diplomados em 2008/09). Se dúvidas houvesse sobre a empregabilidade das novas licenciaturas de três anos, os resultados deste inquérito, que analisou as respostas de cerca de 2/3 dos diplomados da Nova, mostram que os licenciados têm o triplo da taxa de desemprego dos mestres, 12 meses depois de terminarem a sua graduação. Outro tendência confirmada é a subida do desemprego entre os diplomados. Se os diplomados em 2004/05, um ano depois de terminarem o curso, cerca de 96% dos licenciados já tinham emprego, esse valor desce para os 89% entre os que terminaram o curso em 2008/09. E o grande impacto da crise ainda não se reflecte neste inquérito.

O estudo da Universidade Nova de Lisboa, elaborado pelo Obervatório de Inserção Profissional dos Diplomados da Universidade Nova de Lisboa (OBIPNOVA), coordenado por Miguel Chaves e Mariana Gaio Alves, revela que a taxa de empregabilidade aumenta à medida que se vai subindo na escala dos graus académicos.

Se olharmos para a situação por áreas de saber, podemos concluir que no ‘top' das escolas da UNL com pleno emprego, um ano depois do fim dos cursos, surgem os diplomados da Faculdade de Ciências Médicas e o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa (ISEGI). Na lista das escolas com menos desemprego, um ano depois da conclusão da licenciatura, segue-se a Faculdade de Direito (8,6% de desempregados) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia (8,9% de desempregados) e a Nova School of Business & Economics (10% de desempregados) . No fim da lista, com quase um em cada cinco diplomados desempregados, surge a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Mas, curiosamente, na caso dos diplomados com o grau de mestre da FCSH, o desemprego desce a pique. Um ano depois de terminaram o mestrado, os diplomados em ciências sociais e humanas têm uma taxa de desemprego de 3,9%, enquanto nos diplomados da Faculdade de Ciências e Tecnologia esse valor chega aos 4,5%.

"Não há um problema de desemprego de mestres e doutores", sublinha Miguel Chaves, um dos coordenadores do estudo.

Mestres com salários mais altos
Para além de terem uma mais fácil inserção no mercado de trabalho, os mestres conseguem salários mais altos . Um ano depois de terminar o 2º ciclo, um mestre consegue um rendimento médio de 1.246 euros, enquanto um licenciado consegue apenas 894 euros. Já nos doutorados o rendimento chega aos 1.768 euros.

Mas a boa notícia é ainda a rapidez da progressão salarial. Se olharmos para os resultados do inquérito aos diplomados em 2004/05, verificamos que um ano depois de se licenciarem ganhavam 939 euros e, cinco anos depois, já estavam nos cerca de 1.359 euros. Este estudo, o primeiro desta dimensão realizado por uma universidade portuguesa, vai continuar, garante António Rendas, reitor da Universidade Nova de Lisboa.

O mercado está a reagir bem aos novos mestres, pós Bolonha, mantendo taxas de empregabilidade elevadas. Mas há novas estratégias dos alunos em "prolongar os estudos para o 2º ciclo, combinando-os com alguma experiência profissional", sublinha Mariana Gaio Alves, uma das autoras do estudo. O inquérito acaba com o mito de que "os licenciados estão a fazer trabalhos de caixas de supermercado", diz esta investigadora. E revela que a profissão que desempenham está adequada ao nível de formação académica", acrescenta.

Fonte:http://economico.sapo.pt/noticias/apostar-no-mestrado-compensa_147970.html


RE: Apostar no mestrado compensa? - Navyseal - 05-08-2012 14:25

Bla blabla bla

Depende das áreas, em cursos universitários é capaz de compensar, sobretudo nos que possuem autonomia, nos cursos politécnicos da saúde por exemplo, não compensa em nada, porque são profissões cujo nível de autonomia é baixo. Portanto é relativo à area que se fala, compensa ter um metrado na área de informatica/gestão/economia? Claro que sim.
Compensa ter um mestrado para quem seja de farmácia, analises clínicas, audiologia etc? Não, porque o mercado estagnou há imensos anos.


RE: Apostar no mestrado compensa? - progster - 07-08-2012 23:04

Como dizes, e sem generalizar como é óbvio, nos dias de hoje e em certas zonas do pais para certas áreas sem dúvida que compensa o mestrado (também ajuda imenso ter padrinhos Smile), mas atualmente e por exemplo um mecânico é capaz de ganhar mais do que um engenheiro eletromecânico, logo penso que a balança começa a igualar para ambos os lados, de resto penso que o artigo é mais propaganda do que outra coisa qualquer...