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Parlamento Europeu não quer que Internet seja gerida pelas Nações Unidas - Versão de Impressão

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Parlamento Europeu não quer que Internet seja gerida pelas Nações Unidas - progster - 24-11-2012 04:46

Pode a Internet continuar a ser uma rede criada por americanos que é gerida por uma entidade sedeada nos EUA? A Rússia e muitos outros países que não são propriamente aliados dos EUA querem que o controlo da Net passe para as Nações Unidas.

O Parlamento Europeu revelou ontem não concordar com as pretensões do grupo de países que querem tirar a gestão da Web do ICANN. Para os responsáveis do Parlamento da UE, a União Internacional de Telecomunicações (uma entidade das Nações Unidas, que é conhecida pela sigla ITU, na sigla em inglês) não é a entidade mais adequada para gerir a Web.

A tomada de posições tem como pano de fundo a conferência convocada pela ITU para o período entre 3 e 14 de dezembro, com o objetivo de formular um tratado que permita criar um novo modelo de gestão da Internet, que garanta a representatividade dos povos à escala global.

A ITU também já revelou estar a favor de um novo modelo de gestão da Internet, que garanta «a liberdade de circulação de informação no mundo, e promova um acesso com custos razoáveis e equitativos para todos e que suporte as bases de inovação e do crescimento do mercado», noticia a BBC.

O Parlamento Europeu não se mostrou convencido com a proposta da ITU e votou uma resolução com o objetivo de boicotar a alteração do modelo de governação atual, que tem na ICANN, uma entidade sedeada nos EUA, o principal suporte técnico e político.

Segundo a resolução do Parlamento Europeu, as propostas apresentadas pela ITU teriam um «impacto negativo na Internet» e nos conteúdos e negócios que dela dependem.

Fonte:http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2012/11/23/parlamento-europeu-nao-quer-que-internet-seja-gerida-pelas-nacoes-unidas#ixzz2D6lwfao5


RE: Parlamento Europeu não quer que Internet seja gerida pelas Nações Unidas - progster - 27-11-2012 21:07

Controlo da Internet pode dominar cimeira das telecomunicações

Poderá a Organização das Nações Unidas começar a regular globalmente a Internet? Ou o conceito de "Internet" livre deverá continuar a fazer parte da filosofia de regulamentação?

A questão do controlo da Internet por uma organização mundial, em contraponto à situação atual, deverá dominar a cimeira da União Internacional das Telecomunicações (UIT), que na próxima semana começa no Dubai, sob a égide da ONU.

Durante 12 dias, os 193 países que integram a UIT deverão esgrimir argumentos a favor e contra a regulamentação da Internet por parte de uma organização de âmbito global, consubstanciada num acordo em preparação, no âmbito das nações Unidas.

As posições de países e empresas são antagónicas: se os Estados ocidentais, a União Europeia e, sobretudo, os EUA não querem perder poder e grandes empresas como a Google, por exemplo, defendem a manutenção do cenário atual, já os países árabes, a Rússia ou a China defendem um controlo mais apertado da Internet.

Esse controlo é defendido através de várias práticas. A Rússia e a China, por exemplo, defendem que deverá ser atribuído a cada país a permissão para adaptar os conteúdos e a estrutura da Internet às suas fronteiras. Um grupo de 17 países árabes, por outro lado, havia já defendido em agosto a identificação universal dos utilizadores da Internet, numa proposta velada que teria em vista a identificação de atividades contra os próprios governos.

Por último, alguns países em vias de desenvolvimento e operadores de telecomunicações defendem que os fornecedores de conteúdos deveriam pagar pela utilização da infraestrutura da Internet, aludindo ao fim do tráfego não pago entre operadores, como forma de incentivar o crescimento do mercado.

É entre estas posições que a cimeira da UIT irá decorrer na próxima semana, embora não seja líquido o desfecho prático da proposta em discussão. Em entrevista recente à agência Reuters, o Secretário-geral da União Internacional das Telecomunicações, Hamadoun Touré, defendeu que apesar de ser possível fazer atualizações às regras em vigor com uma maioria simples dos votos, na prática apenas o consenso alargado entre os países permitirá introduzir alterações substanciais.

Fonte: T E K