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vamos longe ,vamos! - Versão de Impressão

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RE: vamos longe ,vamos! - progster - 22-09-2011 15:20

Governo propõe despedimento por incumprimento de objetivos ou quebra de produtividade

Lisboa, 22 set (Lusa) - O Governo vai propor hoje aos parceiros sociais a alteração do conceito de despedimento com justa causa, introduzindo a possibilidade de o trabalhador ser despedido por não cumprir os seus objetivos ou ser menos produtivo.

Na proposta enviada aos parceiros sociais, que servirá de base de discussão ao grupo de trabalho sobre Políticas de Emprego e Reforma da Legislação Laboral, a que Agência Lusa teve acesso, o Executivo defende a alteração da figura do despedimento por inadaptação de modo a que o recurso a esta modalidade de despedimento não fique dependente da introdução de novas tecnologias ou de outras alterações no local de trabalho.

A proposta governamental vai também permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores que não atinjam os objetivos que acordaram com o empregador.

A introdução de uma nova modalidade de despedimento por inadaptação, em estudo, irá permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores cuja prestação decresça em termos de produtividade ou de qualidade.

Atualmente a legislação laboral apenas permite o despedimento de quadros de empresas pelo não cumprimento dos objetivos previamente combinados e o despedimento por inadaptação tem a ver com a introdução de alterações tecnológicas e obriga a entidade patronal a colocar o trabalhador num lugar compatível.

A proposta do Governo vai no sentido de eliminar esta obrigatoriedade.

O Governo pretende fazer várias alterações ao Código do Trabalho para cumprir o que ficou definido no Memorando da 'troika' para flexibilizar o mercado de trabalho.

A flexibilização do tempo de trabalho, com a aplicação do banco de horas, é outra das apostas previstas no documento enviado aos parceiros, que abre a possibilidade de bancos de horas individuais.

A possibilidade de bancos de horas existe na atual legislação mas com a obrigatoriedade de serem negociados através da negociação coletiva.

A proposta governamental prevê ainda a redução do pagamento do trabalho suplementar para metade dos valores atualmente praticados.

A legislação em vigor obriga ao pagamento a 100 por cento do trabalho em dia de descanso, nomeadamente feriados, embora esse pagamento seja superior em muitas empresas devido ao que está estabelecido nos Acordos de Empresa ou nos Contratos Coletivos de Trabalho.

As horas extraordinárias são acrescidas do pagamento de 50 por cento, na primeira hora, e de 75 por cento, a partir da segunda hora.

Na reunião de hoje em sede de concertação social, o Governo vai ainda apresentar um plano para reformar o regime do subsídio de desemprego, que levará à redução do valor do mesmo e do seu tempo de atribuição, tal como foi determinado no Memorando.

Neste âmbito, pretende reduzir a duração do subsídio de desemprego para um máximo de 18 meses e limitar esta prestação a 2,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais.

No documento, o Executivo promete ainda apresentar uma proposta para alargar o subsídio de desemprego "a categorias claramente definidas de trabalhadores independentes, que prestam serviços regularmente a uma única empresa".

Fonte: http://noticias.pt.msn.com/politica/governo-prop%c3%b5e-despedimento-por-incumprimento-de-objetivos-ou-quebra-de-produtividade-1

Incrível... Isto quase que dá vontade de rir, é aumentos atrás uns dos outros por tudo e mais alguma coisa, seja impostos, electricidade, transportes, etc., é o outro a tentar passar a brasa pois a "dívida dele não é nada comparada com a do continente", o que se resume em mais despesa para todos nós, mas pronto está tudo bem, exige-se cada vez mais das pessoas, exige-se os "sacrifícios" e o "apertar do cinto", obrigando-as a "desenrascarem-se" como podem, arregaçando as mangas e tentando todas as possíveis ofertas de emprego, seja em que condições miseráveis forem, independentemente de ser ou não dentro da respectiva área, só para depois passado algum tempo de se começar a trabalhar vir outra vez para o olho da rua, com a "desculpa" de que não se atingiu os objectos, ou por inadaptação... Isto só visto...

Parece que andam é a gozar com as pessoas. Quer dizer em vez de se dar oportunidades para a produtividade assegurando ás pessoas entre outras coisas a segurança da continuação do posto de trabalho, e de se investir nos recursos humanos, não sai mais barato, os despedimentos e a "contratação" de mais carne para canhão, e assim lá se vai "ocultando" os verdadeiros números do desemprego, e de tempos a tempos surgir uma noticia a dizer que o número de desemprego baixou, como se com isto pensassem que "colocam" palas nos olhos das pessoas.


RE: vamos longe ,vamos! - BladeRunner - 22-09-2011 17:12

E eu saliento isto:

"Atualmente a legislação laboral apenas permite o despedimento de quadros de empresas pelo não cumprimento dos objetivos previamente combinados e o despedimento por inadaptação tem a ver com a introdução de alterações tecnológicas e obriga a entidade patronal a colocar o trabalhador num lugar compatível.

A proposta do Governo vai no sentido de eliminar esta obrigatoriedade."


Agora o Patronato vai ter a faca e o queijo nas suas mãos!
Pode mover o trabalhador para uma posição não compatível, de modo a despedi-lo!
Isto vai criar emprego? Parece é que vai facilitar o chico-espertismo para despedir alguém sem justa causa...


RE: vamos longe ,vamos! - progster - 22-09-2011 17:33

É aumentar, aumentar e mais aumentar, mas não dão condições ás pessoas para acompanhar os aumentos, depois é a pouca vergonha em conforme o desemprego diminuiu..., para além de que muitos se vão é aproveitar da "mão de obra barata", e ao fim dos 3,6,... meses mandam-nos ir dar uma volta.


RE: vamos longe ,vamos! - BladeRunner - 22-09-2011 18:30

Precariedade... facilitação no despedimento... congelamento de ordenados (baixa efectiva face à inflação galopante)... possível aumento de carga horária... aumento do IVA em tudo (incluindo produtos essenciais, menos no golfe, que baixou)... aumento do desemprego (real... visto os números andarem a refletir quem já não recebe, de forma a contornar as estatísticas)... redução do tempo e dos valores para o subsídio de desemprego (será esta a melhor altura para o fazer?)... redução e eliminação de escalões nos abonos... o roubo descarado nos direitos adquiridos...

E há quem concorde e ache bem...


RE: vamos longe ,vamos! - progster - 22-09-2011 18:33

É mesmo caso para dizer "vamos longe,vamos!", isto realmente está cada vez melhor, está está...


RE: vamos longe ,vamos! - BladeRunner - 22-09-2011 20:27

Será que isto também os inclui... aos políticos? Aos governantes?
Duvido... LOL

É muito bonito legislar abortos destes... para os outros!
Eles, por mais que errem nos números de Emprego criado, da Inflação, da Economia, das Finanças etc... por mais incompetentes que sejam... Não são despedidos no imediato, nem depois!
Mas para o real trabalhador... esse sim. Embora lá facilitar os despedimentos desses... malandros!
Agora eles...


RE: vamos longe ,vamos! - progster - 22-09-2011 22:47

[Imagem: 2n0q0ps.jpg]

Fonte:http://pararir.com/imagem-dia-politicos-recibos-verdes/

Andava eu a "vadear" pela net, quando encontrei esta imagem e não resisti. Wink

LOL...


RE: vamos longe ,vamos! - RaCcOn - 23-09-2011 01:04

(22-09-2011 15:20)Progster Escreveu:  Governo propõe despedimento por incumprimento de objetivos ou quebra de produtividade

Lisboa, 22 set (Lusa) - O Governo vai propor hoje aos parceiros sociais a alteração do conceito de despedimento com justa causa, introduzindo a possibilidade de o trabalhador ser despedido por não cumprir os seus objetivos ou ser menos produtivo.

Na proposta enviada aos parceiros sociais, que servirá de base de discussão ao grupo de trabalho sobre Políticas de Emprego e Reforma da Legislação Laboral, a que Agência Lusa teve acesso, o Executivo defende a alteração da figura do despedimento por inadaptação de modo a que o recurso a esta modalidade de despedimento não fique dependente da introdução de novas tecnologias ou de outras alterações no local de trabalho.

A proposta governamental vai também permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores que não atinjam os objetivos que acordaram com o empregador.

A introdução de uma nova modalidade de despedimento por inadaptação, em estudo, irá permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores cuja prestação decresça em termos de produtividade ou de qualidade.

Atualmente a legislação laboral apenas permite o despedimento de quadros de empresas pelo não cumprimento dos objetivos previamente combinados e o despedimento por inadaptação tem a ver com a introdução de alterações tecnológicas e obriga a entidade patronal a colocar o trabalhador num lugar compatível.

A proposta do Governo vai no sentido de eliminar esta obrigatoriedade.

O Governo pretende fazer várias alterações ao Código do Trabalho para cumprir o que ficou definido no Memorando da 'troika' para flexibilizar o mercado de trabalho.

A flexibilização do tempo de trabalho, com a aplicação do banco de horas, é outra das apostas previstas no documento enviado aos parceiros, que abre a possibilidade de bancos de horas individuais.

A possibilidade de bancos de horas existe na atual legislação mas com a obrigatoriedade de serem negociados através da negociação coletiva.

A proposta governamental prevê ainda a redução do pagamento do trabalho suplementar para metade dos valores atualmente praticados.

A legislação em vigor obriga ao pagamento a 100 por cento do trabalho em dia de descanso, nomeadamente feriados, embora esse pagamento seja superior em muitas empresas devido ao que está estabelecido nos Acordos de Empresa ou nos Contratos Coletivos de Trabalho.

As horas extraordinárias são acrescidas do pagamento de 50 por cento, na primeira hora, e de 75 por cento, a partir da segunda hora.

Na reunião de hoje em sede de concertação social, o Governo vai ainda apresentar um plano para reformar o regime do subsídio de desemprego, que levará à redução do valor do mesmo e do seu tempo de atribuição, tal como foi determinado no Memorando.

Neste âmbito, pretende reduzir a duração do subsídio de desemprego para um máximo de 18 meses e limitar esta prestação a 2,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais.

No documento, o Executivo promete ainda apresentar uma proposta para alargar o subsídio de desemprego "a categorias claramente definidas de trabalhadores independentes, que prestam serviços regularmente a uma única empresa".

Fonte: http://noticias.pt.msn.com/politica/governo-prop%c3%b5e-despedimento-por-incumprimento-de-objetivos-ou-quebra-de-produtividade-1

Incrível... Isto quase que dá vontade de rir, é aumentos atrás uns dos outros por tudo e mais alguma coisa, seja impostos, electricidade, transportes, etc., é o outro a tentar passar a brasa pois a "dívida dele não é nada comparada com a do continente", o que se resume em mais despesa para todos nós, mas pronto está tudo bem, exige-se cada vez mais das pessoas, exige-se os "sacrifícios" e o "apertar do cinto", obrigando-as a "desenrascarem-se" como podem, arregaçando as mangas e tentando todas as possíveis ofertas de emprego, seja em que condições miseráveis forem, independentemente de ser ou não dentro da respectiva área, só para depois passado algum tempo de se começar a trabalhar vir outra vez para o olho da rua, com a "desculpa" de que não se atingiu os objectos, ou por inadaptação... Isto só visto...

Parece que andam é a gozar com as pessoas. Quer dizer em vez de se dar oportunidades para a produtividade assegurando ás pessoas entre outras coisas a segurança da continuação do posto de trabalho, e de se investir nos recursos humanos, não sai mais barato, os despedimentos e a "contratação" de mais carne para canhão, e assim lá se vai "ocultando" os verdadeiros números do desemprego, e de tempos a tempos surgir uma noticia a dizer que o número de desemprego baixou, como se com isto pensassem que "colocam" palas nos olhos das pessoas.

Como tudo, isto é um pau com duas pontas...
Uma delas a entidade patronal que com a mentalidade que tem actualmente vai aproveitar para establecer objectivos incansáveis e com isso aproveitar para o despedimento de quem quer e bem lhe apetece de uma forma simples e fácil, bem como vai servir para ameaças...infelizmente esta é a mentalidade da maioria das entidades patronais, gerentes e directores...

Do lado do funcionário, com o aumento dos objectivos, com as ameaças vai haver uma baixa de produtividade...

Se a mentalidade fosse diferente em ambos os lados, tanto na entidade patronal como nos funcionários isto seria óptimo...
Definição de objectivos alcançáveis através de "negociação" entre entidade patronal e funcionários.
Compromisso do funcionário em atingir esses objectivos.
Prémios apetecíveis por atingir os objectivos...

Estive hoje numa grande superficie, onde tem um serviço espécie de PCClinic dentro da loja, e em conversa com o funcionário que lá estava fiquei a aperceber-me de algumas coisas...

Trabalho desempenhado = Técnico de Informática
Categoria na folha de salário = Operador de loja????(Ilegal não?)
Salário base = Pouco mais de 500€
Prémios = 10% da Facturação do sector caso este atinja o valor de 1000€ s/Iva.

De referir que a média de facturação por loja que tem esse serviço é de 500€/Mês...

É assim que querem crescer?A oferecer 10%????
Pouco mais que o salário mínimo?Meus caros existem tabelas salariais para cada área...



Porque não oferecer 10% da facturação a mais no salário desde a facturação 0€?
Assim incentivava todas as lojas a facturar não?

"Não trabalho" por migalhas, mas também não ofereço migalhas...

O que quero dizer com isto, é que a medida era bem vinda, caso a mentalidade das pessoas fosse diferente...patrões ou funcionários...tudo tem de mudar...de uma forma geral claro.


RE: vamos longe ,vamos! - progster - 23-09-2011 02:07

Compreendo onde queres chegar, mas e apesar de ser sempre mais uma ajuda para pagar as contas, acho que não é com mais uns €, que se vai "comprar" a produtividade de um funcionário, penso que com esse "incentivo" iria era aumentar entre outros factores, a preocupação de atingir ou pelo menos tentar atingir os objectivos propostos pela entidade patronal, o que por sua vez mais cedo ou mais tarde poderia prejudicar não só o funcionário (Eventuais acidentes de trabalho, entre outras possibilidades), como o produto final e também a empresa.

Penso que se certas garantias fossem asseguradas, a "coisa" poderia correr muito melhor, entre várias, e apesar do conceito de trabalho a longo prazo pertencer cada vez mais ao passado, se a segurança ou pelo menos se uma relativa segurança do posto de trabalho fosse assegurada, já o funcionário trabalharia relativamente "descansado", beneficiando assim não só a produtividade, mas também o desenvolvimento do produto final, e até a imagem da empresa sairia a ganhar.

Agora estes tipos vêm com esta de facilitar ainda mais os despedimentos... Mad

Então mas isto anda tudo maluco ou que???. E é que é logo o governo a fazer esta proposta, mas não tá quieto..., é como está explicito na imagem anterior que aqui deixei, não se vê nenhum deles nem a dar o exemplo, nem muito menos a recibos verdes, é só aumentar, aumentar e mais aumentar, e qualquer dia até a roupa do corpo pedem.


RE: vamos longe ,vamos! - BladeRunner - 23-09-2011 16:56

[Imagem: 31702110150393966961873.jpg]

[Imagem: 9187855r7snj.jpg]
Com isto dos objectivos alcançados... vai ser bonito, nos shoppings, nas lojas que têm objectivos irreais. Vai ser um carrossel de saída e entrada de pessoal todos os meses...
É que nem 5% das lojas atingem os objectivos... mas agora a culpa poderá passar de ser dos clientes que não compram, para os funcionários... que não apontam uma arma ao cliente e o obrigam a comprar!

LOL