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Alemanha, Áustria, Finlândia e Holanda devem sair do euro - Versão de Impressão

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Alemanha, Áustria, Finlândia e Holanda devem sair do euro - RaCcOn - 03-09-2011 00:36

Citar:Hans-Olaf Henkel foi sempre um apoiante entusiástico do euro, mas diz hoje que esse foi o “maior erro profissional” que alguma vez cometeu.

Num artigo de opinião hoje publicado no “Financial Times”, o antigo presidente da BDI, a confederação das Indústrias alemã, considera que a crise do euro ameaça a Europa e que a única solução capaz de salvaguardar o projecto europeu passa pela saída da Alemanha, Áustria, Finlândia e da Holanda do euro.

Estes quatro países, todos com “rating” máximo e endividamento controlado, criariam uma nova moeda, verdadeiramente à imagem do velho marco alemão, e “deixariam o euro, tal como ele está”, agora com a França ao leme.

A nova moeda do norte da Europa “não se deveria chamar marco”, mas seria gerida por um banco central sedado no Bundesbank presidido “preferencialmente por um não-alemão”, com base na tradicional ortodoxia monetária e orçamental do norte da Europa, à qual os países do sul nunca se habituaram. Em artigos anteriores, Henkel tem sugerido que esta moeda fique aberta à adesão do Reino Unido, Suécia e, no limite, integre também a Irlanda, vítima da “política absurda seguida pelos bancos e não de derrapagens orçamentais”.

Já França ficaria no centro do actual euro, agora reduzido aos países do sul, que poderão voltar a usar a receita que no passado lhes alimentou a competitividade: desvalorizações e inflação.

Henkel, que foi um dos 50 empresários que desafiaram a legalidade do empréstimo europeu à Grécia junto do Tribunal Constitucional alemão, diz que esta solução – que terminaria com o eixo franco-alemão que foi sempre o motor das principais etapas da integração europeia – precisa sobretudo da “coragem da Senhora Merkel”. Paradoxalmente, acrescenta, a maior ajuda poderá vir do sul da Europa, onde os eleitores “estão fartos das lições da chanceler sobre o que deve ser feito”.

Já o “bilhete de saída” – escreve – está pago, na medida em que antecipa que boa parte do empréstimo à Grécia e a Portugal nunca será reembolsado.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=503601