S.O.P.A.

[JPedrosa]

Todos os estudos feitos, excepto os que foram pedidos pelas editoras, acabam sempre por comprovar que a piratisse ajuda ...

É incontornável.

O grande logro, é a a industria quer passar a ideia que se não fosse a piratisse ainda lucravam mais, quando na realidade, é o oposto, se não fosse a piratisse, mtos filmes n eram tão conhecidos e não tinham tantas idas ao cinema.

[RaCcOn]

Tanto os estudos feitos pelas editoras como os feitos por outros tem a mesma validade e o mesmo peso...

Não que não sejam verdadeiros, mas ambos pegam em coisas que lhes interessa...

As editoras pegam nos que deram prejuizo devido a pirataria, os outros pegam nos que deram lucro e dizem que são pirateados na mesma...

Qualquer das formas, na minha opinião, ao utilizar o trabalho de outros sem os remunerar por isso estou a abrir as portas para que utilizem o meu trabalho sem me remunerar também e eu não tenha moral sequer para reclamar esse facto, isto porque se não quero pagar, também não devo querer receber.
Just my opinion.

[xicofininho]

Na minha opinião, este tema, como muitas coisas na vida, tem os dois lados da moeda. Percebo que deves ser remunerado pelo trabalho que desenvolves, contudo, no meu entender isto permite que a cultura seja acessível a todos... Porque a verdade é que muitos que lhe recorrem não têm disponibilidade para adquirir o original.

[progster]

Isto é um tema que já deu, dá e vai continuar a dar muito pano para mangas.

[RaCcOn]

(26-12-2011 16:25)xicofininho Escreveu:  Na minha opinião, este tema, como muitas coisas na vida, tem os dois lados da moeda. Percebo que deves ser remunerado pelo trabalho que desenvolves, contudo, no meu entender isto permite que a cultura seja acessível a todos... Porque a verdade é que muitos que lhe recorrem não têm disponibilidade para adquirir o original.

Entendo, mas não consigo de forma alguma aceitar essa desculpa da cultura estar acessível a todos...
Se não houver remuneração, achas que um programador irá desenvolver seja lá o que for?
Se ele não desenvolver, onde fica a cultura?
Quem diz um programador, diz um realizador ou um músico...
Tudo na vida tem um preço, seja ele monetário ou não...neste caso é um preço monetário.

Quanto aos que não tem possibilidades de adquirir, a não muitos anos atrás, também era caro ter um computador, estava ao alcance de poucos...era justificação para os roubarem?

Eu gostava de ter um Ferrari, e agora com o 458 Italia então nem se fala...
Não tenho possibilidades de o ter(um dia irei ter, mas agora não), é isso uma justificação para o roubar?ou ver um na rua e ir dar umas voltas sem autorização do seu dono?
Não é sem margem para dúvidas.

A cultura está acessível a quem tiver possibilidades de aceder a mesma...seja psicológicas ou monetárias e por vezes até físicas, e quem escolhe se essa mesma cultura está acessível através do pagamento ou não de algo, é quem a desenvolve...
Sempre foi assim e é assim que deverá ser, caso contrário corremos o risco de parar no tempo.


Entendo como é obvio que as pessoas queiram aceder a conteúdos e não tenham dinheiro para os poder pagar no entanto não entendo como é que usam isso como justificação para piratear.

Eu trabalho, quero ser remunerado pelo meu trabalho, é um direito que tenho...bem como tenho liberdade para pedir aquilo que quiser e bem entender pelo meu trabalho.

E tu?Não queres ser remunerado pelo teu trabalho?Achas que o teu trabalho deve de ser pago da forma que os outros querem e bem lhes apetece?

Meu amigo, vivemos num mundo em que isto para andar para a frente é necessário dinheiro...
Dinheiro é a alavanca que faz girar o mundo.
Já pensei o contrário, e alguém em tempos conseguiu mostrar-me que eu estava errado...e efectivamente estava.

---

(26-12-2011 18:07)Progster Escreveu:  Isto é um tema que já deu, dá e vai continuar a dar muito pano para mangas.

Sem margem para dúvidas.
Agora fala-se mais, devido a massificação do acto em si, no entanto a pirataria já não é de hoje.

[progster]

Citar:

(26-12-2011 18:07)Progster Escreveu:  Isto é um tema que já deu, dá e vai continuar a dar muito pano para mangas.

Sem margem para dúvidas.
Agora fala-se mais, devido a massificação do acto em si, no entanto a pirataria já não é de hoje.

Sem dúvida alguma.

[JPedrosa]

RaCcon,
não vou discutir nada do que mencionas, porque naturalmente, tens razão.

No entanto , ainda outro dia ouvi num programa Português sobre inovação, uma coisa que me deixou a pensar.
Honestamente, não me lembro em que programa foi, mas a empresa era uma produtora de jogos para smartphones.
Quando questionados acerca do volume de downloads e da utilização do jogo, o entrevistado mencionou um número que não me ocorre, e de seguida disse logo algo semelhante a "mesmo a maioria, sendo piratas, é um número importante".
As palavras podem fugir um pouco, mas o sentido, garanto que não.

E é nisto que vale a pena pensar.
Por um lado um programador naturalmente é "roubado" quando alguém está a piratear o seu software.
Mas por outro, consegue uma série que questões que o favorecem. Em primeiro, a fidelização a um produto seu, que mais tarde ou mais cedo, vai dar em uma ou mais licenças pagas. Em segundo, a não utilização de um produto da concorrência. Em terceiro, o seu produto, começa a ser mencionado no importante "veiculo" de comunicação, designado de "passa a palavra".

E aqui, levanta-se a questão do equilibro.

A indústria do cinema, já foi contra as cassetes de video, mas depois lembraram-se dos clubes de video.
Acho que o principal motivo da luta da indústria do cinema, prende-se com um problema crónico deles.
A falta de capacidade em inovar, em estar à frente do consumo.
Podiam fazer maravilhas dos DVD's, mas limitam-se a pregar com uma monumental seca de imagens e/ou videos acerca do crime que se comete ao copiar um DVD, antes mesmo de se ver o dito filme. E no final, "pregam" com uns minutos de cenas cortadas do filme para encher o DVD.
Podiam explorar mais o formato.

No cinema, aperceberam-se que o 3D, limita muito o "gozo" de ver uma cópia pirata. E não lhes tem estado a correr mal.

E as editoras discográficas, a mesma coisa.

Vejam como exemplo, pelo oposto, o que é uma caixa do Álbum "Pulse" dos Pink Floyd, dá gosto comprar aquilo, só pela parte "física", ou das capas dos Blasted Mechanism com realidade aumentada.
Haja criatividade e ofereçam algo que a cópia pirata não pode oferecer.

[RaCcOn]

Concordo com o que dizes como é obvio, penso que não seja tema de discussão pois disseste efectivamente vários pontos válidos...mas...

Não podemos pensar em pirataria apenas como um só...
Temos de pensar na pirataria como um todo, música, software, cinema...

Eu não me importo que as minhas aplicações sejam pirateadas é verdade...até porque costumo oferecer um pouco mais do que a aplicação em si...o suporte a mesma.
Mas isto é tapar buracos, e as pessoas devem convencer-se de que ao piratear estão a não remunerar alguém pelo seu trabalho...e com isso estão a permitir que alguém usufrua do seu trabalho sem pagar por isso...

E do que vamos viver?

Achas que se fizer algo que não dê o lucro que pretendo vou continuar a desenvolver?a dar suporte?a evoluir?
Claro que não, nem eu nem ninguém...e aí ficamos parados...evolução passa a ser igual a zero e la se vai toda a cultura que dizem que tem de estar acessível a todos...

[BladeRunner]

(27-12-2011 00:52)JPedrosa Escreveu:  RaCcon,
não vou discutir nada do que mencionas, porque naturalmente, tens razão.

No entanto , ainda outro dia ouvi num programa Português sobre inovação, uma coisa que me deixou a pensar.
Honestamente, não me lembro em que programa foi, mas a empresa era uma produtora de jogos para smartphones.
Quando questionados acerca do volume de downloads e da utilização do jogo, o entrevistado mencionou um número que não me ocorre, e de seguida disse logo algo semelhante a "mesmo a maioria, sendo piratas, é um número importante".
As palavras podem fugir um pouco, mas o sentido, garanto que não.

E é nisto que vale a pena pensar.
Por um lado um programador naturalmente é "roubado" quando alguém está a piratear o seu software.
Mas por outro, consegue uma série que questões que o favorecem. Em primeiro, a fidelização a um produto seu, que mais tarde ou mais cedo, vai dar em uma ou mais licenças pagas. Em segundo, a não utilização de um produto da concorrência. Em terceiro, o seu produto, começa a ser mencionado no importante "veiculo" de comunicação, designado de "passa a palavra".

E aqui, levanta-se a questão do equilibro.

A indústria do cinema, já foi contra as cassetes de video, mas depois lembraram-se dos clubes de video.
Acho que o principal motivo da luta da indústria do cinema, prende-se com um problema crónico deles.
A falta de capacidade em inovar, em estar à frente do consumo.
Podiam fazer maravilhas dos DVD's, mas limitam-se a pregar com uma monumental seca de imagens e/ou videos acerca do crime que se comete ao copiar um DVD, antes mesmo de se ver o dito filme. E no final, "pregam" com uns minutos de cenas cortadas do filme para encher o DVD.
Podiam explorar mais o formato.

No cinema, aperceberam-se que o 3D, limita muito o "gozo" de ver uma cópia pirata. E não lhes tem estado a correr mal.

E as editoras discográficas, a mesma coisa.

Vejam como exemplo, pelo oposto, o que é uma caixa do Álbum "Pulse" dos Pink Floyd, dá gosto comprar aquilo, só pela parte "física", ou das capas dos Blasted Mechanism com realidade aumentada.
Haja criatividade e ofereçam algo que a cópia pirata não pode oferecer.

Um aparte...

Vejo um DVD... levo com avisos anti pirataria que duram ene, que são obrigatórios (?), não me deixam avançar, etc.
Vejo o mesmo DVD, pirata... maravilha!
Em casa, porque é legal... faço cópias, de segurança, sem esses avisos intrusivos.
Não levem tanto por música e filmes... já têm lucro suficiente! Querem mama? Levem com a pirataria, bem dita seja!
A ganancia leva a isso!
E, como o JPedrosa diz... existem edições que eu só quero original... porque será?

[RaCcOn]

Se o canalizador vem a minha casa para reparar a canalização, ele tem o direito de cobrar aquilo que quiser e bem lhe apetecer pelo seu trabalho..Seja com muito ou pouco lucro...

Eu como comprador do serviço, tenho o direito de achar ou não caro, ou mesmo o preço abusivo...mas não tenho o direito de usufruir do trabalho desse mesmo canalizador e no final do mesmo dizer que não lhe pago porque acho o valor muito alto...

Defendo não os lucros das editoras, bandas, programadores, realizadores, produtores etc etc etc...
Defendo o trabalho deles e que os mesmo poderão cobrar aquilo que quiserem e bem entenderem pelo seu trabalho...

Defendo acima de tudo que quem trabalha tem de receber a sua respectiva remuneração, foi assim que fui educado e será assim que sempre irei continuar a pensar, com respeito por todos aqueles que desenvolvem qualquer tipo de trabalho.