Empresa ensina professores a defenderem-se dos alunos

[progster]

A insegurança e casos de violência em contexto escolar motivaram os responsáveis de uma empresa do Porto a criar um curso de segurança pessoal para professores que hoje se realizou com a participação de quase duas dezenas de docentes.
A maioria dos participantes são professores em escolas do Ensino Básico e Secundário e alguns já passaram por situações «desagradáveis» na sala de aula.

Professora há 14 anos, de inglês/alemão, Isabel Almeida contou à Lusa que os problemas começaram logo no início da carreira.

«Eu era novinha e baixinha, eles eram adolescente, revoltados e estavam na escola contrariados. Foi muito difícil», admitiu, referindo que «as asneiras e os insultos» eram e são as situações mais frequentes com que depara na sala de aulas.

Nunca foi agredida fisicamente, mas esteve «muito perto». Em declarações à Lusa, Isabel Almeida relatou um caso já ocorrido este ano lectivo e que está a ser alvo de um processo disciplinar.

«Senti que [o aluno] estava prestes a pegar numa cadeira para me atirar. A minha tendência foi afastar-me, mas eu não podia fugir da sala de aula, tinha mais 20 alunos ali. Sabia que tinha de fazer qualquer coisa para tentar acalmá-lo, mas fiquei indecisa, sem saber o que fazer», admitiu.

Assim, quando teve conhecimento de um curso de defesa pessoal para professores, não hesitou. Como ela chegaram à SMD (Sistema Marcial de Defesa) outros colegas, uns já com histórias idênticas para contar, outros apenas para saber como agir perante uma eventual situação de violência, seja na escola ou no dia a dia.

A postura corporal, de autoconfiança e de autoridade, frases curtas e sem margem para discussões. São conceitos que os formadores (todos elementos de unidades especiais de forças policiais) não se cansam de repetir, ao longo da formação.

Da teoria passou-se à prática e os professores foram chamados a recriar situações de confronto, uns no papel de alunos indisciplinados, os outros na sua função habitual.

Os formadores Ricardo Lisboa, fundador do SMD, Nuno Horta e Hélder Pinto, vão ensinando os «truques simples, mas eficazes» que os docentes podem usar quando confrontados com situações «menos agradáveis».

Os três responsáveis ministraram já acções idênticas para profissionais de saúde e programam para breve uma outra para jornalistas.

O SMD resulta da pesquisa de várias artes marciais e métodos de defesa pessoal, como o Jiu Jitsu Brasileiro, Muay Thai, Boxe ou defesa pessoal policial e militar.

Na empresa são ministrados treinos para o cidadão comum, vítimas de violência, doméstica ou em contexto escolar, de ‘carjacking’, ‘homejacking’, e todas as situações de violência às quais a pessoa está exposta.

Professora, mas no Ensino Superior, Cristina Cunha, de 28 anos, nunca se confrontou com nenhuma situação de violência, mas quer conhecer 'os procedimentos' correctos. Viu a informação sobre o curso no site (http://www.smd-international.com) e decidiu participar para «saber como reagir perante determinados ‘ataques’. É uma mais valia».

Fonte:http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Inte...t_id=42453

[RaCcOn]

Se investissem mas é na formação pessoal dos alunos e dos pais, ao invés disto é que era.

[progster]

Tenho a impressão que em muitos casos, seria dinheiro desperdiçado.

[RaCcOn]

Na minha maneira de ver formar as pessoas para que consigam conviver em sociedade umas com as outras nunca será dinheiro desperdiçado...
Dinheiro desperdiçado para mim é a tentar ensinar os professores a defenderem-se dos alunos ao invés de tentar travar esse "fenomeno"...
Quer dizer que agora, passamos a ter alunos psicopatas e violentos, e professores que se sabem defender dos mesmos...
É de mim ou começo a olhar para uma sala de aulas como um campo de batalha?

[progster]

(25-02-2012 21:00)RaCcOn Escreveu:  Na minha maneira de ver formar as pessoas para que consigam conviver em sociedade umas com as outras nunca será dinheiro desperdiçado...
Dinheiro desperdiçado para mim é a tentar ensinar os professores a defenderem-se dos alunos ao invés de tentar travar esse "fenomeno"...
Quer dizer que agora, passamos a ter alunos psicopatas e violentos, e professores que se sabem defender dos mesmos...
É de mim ou começo a olhar para uma sala de aulas como um campo de batalha?

Olha que pelo que se vai ouvindo de tempos a tempos nas nóticias, fora aquilo que não se sabe, qualquer dia...

[RaCcOn]

Lol, estou a rir-me e a fazer piadas com isto mas não estou a ver muita piada no assunto.
Enfim.

Ainda reclamavam do pessoal da minha altura, não fazia sequer um terço do que fazem hoje e calava-me bem caladinho, caso contrário chegava a casa e arriscava-me a ir direito para o hospital com os beiços a sangrar...

Hoje, fazem asneira e os pais ainda os apoiam...

Não que ache os professores uns coitadinhos, mas que a miudagem de hoje em dia não tem respeito por nada nem por ninguém não tem.

Agora lembrei-me de uma situação comigo...

A uns tempos, quando trabalhava em loja, atrás entra-me pela loja dentro três miúdos com os seus 7 - 10anos de idade...lá vão eles para o expositor e o alarme activa-se.
Até aqui nada de anormal, as vezes basta pegarem num artigo mal alarmado e aquilo começa logo a tocar...
Lá fui eu verificar e desligar o alarme, e nada disse aos miudos que continuaram no mesmo local...
Viro costas, alarme outra vez...
Volto para trás desligo o alarme e disse-lhes que parassem quietos.
Viro costas, nem 5 minutos se passaram, alarme outra vez.
Vou lá desligar, e diz um dos miudos que tinha sido ele que tinha activado o alarme ao puxar um dos fios.
Disse-lhe para não voltar a fazer isso, e que se não parasse quieto que o metia lá fora.
Começam os miudos todos a virar-se a mim, a insultar e a dizer que faziam e aconteciam...
Peguei no que tinha dito que tinha activado o alarme(por me ter parecido o lider) peguei-lhe pela camisola e meti-o fora da loja.
Nem 20minutos depois, entra-me uma senhora com os seus 30anos pela loja dentro muito furiosa com o miúdo a apontar a dizer que tinha sido eu.
Lá me dirigi até a senhora, e devias de ver o raspanete que levei por ter metido o filho fora da loja...que o filho dela não era nenhum delinquente. LOl

Acabou por levar a resposta de que se, se preocupasse mais em dar educação ao filho do que arranjar o cabelo teria melhores resultados.


E isto infelizmente é o reflexo do que temos hoje em dia, sinceramente assusta-me que serão estes que vão ser a nossa sociedade daqui a uns anos...

[progster]

O que eu me ri com esta.

Respeito, mas qual respeito? Só o que eles fazem é que está bem, sabem tudo e mais ninguém sabe nada. Eles é que estão certos, e nós é que estamos errados.

E depois fazem-se de vítimas e dizem que nós é que olhamos para eles como “vagabundos”, e que aquilo que eles fazem é só um “confronto de gerações”…
Enfim...

[RaCcOn]

Na realidade é tudo um reflexo daquilo que as gerações anteriores fizeram...quiseram sempre dar uma melhor vida as gerações seguintes e agora isso está a reflectir-se pois já não há muita maneira de lhes dar uma melhor vida...
Já nascem endividados, etc etc etc...

O pior de tudo nem é eles acharem que estão correctos e os outros é que estão errados, o pior penso eu que seja mesmo o facto de acharem que tem direito a tudo e mais alguma coisa e esquecerem as obrigações.
Focam-se tanto nos seus direitos que se esquecem até que tem obrigações...

O que será deste país com esta gente que hoje ainda são demasiado novos e que um dia nos irá governar.

[Ruaben]

sou aluno, tenho 15 anos e tou nesse campo todos os dias, vejo a stora a tentar dar a aula e tudo a conversar, a por coisas a voar(mas tudo o que me acertar é meu ), a gozar com a stora na cara dela e ela é incapaz de defender-se, pq senão os papais e as mamaes vão a escola pra dizer que o seu filho é um anjinho e isso e aquilo e depois sai da escola(a stora) para o centro de emprego.
o problema é que os pais dão 1001 coisas e acima de tudo dão excesso de confiança ou ainda não gostam de ouvir realidades acerca dos filhos que tem. já vi colegas meus a mentir a pura e descarada e os pais acreditarem.
e depois os meus colegas vem-me dizer que não precisam dos pais pra nada... eu queria ver eles sem as ps3 e moveis top(é engraçado que tem esses moveis mas só usam para sms)... seria engraçado

[progster]

Apesar da educação que se recebe em casa ser uma parte fundamental da questão, as companhias, os idolos, etc..., também dão cabo de tudo, ou seja, por vezes e em certos casos basta "uma flor doente para infectar o jardim"...