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Twitter vai passar a reter conteúdos apenas nos países que pedem a sua eliminação

Fazendo uma comparação em termos médicos, o Twitter vai começar a amputar, em vez de praticar a eutanásia. Queremos dizer com isto que esta plataforma de microblogging vai começar a suprimir os tweets polémicos e proibidos apenas nos países que reclamam a eliminação destes, mantendo-os disponíveis para o resto do mundo.

Num comunicado intitulado Tweets still must flow [Os tweets precisam de continuar a circular], publicado no blogue oficial da empresa americana, o Twitter escreve que à medida que a empresa vai crescendo internacionalmente, vai entrando em países que “têm ideias muito diferentes acerca dos contornos da liberdade de expressão.

“Alguns países diferem tanto das nossas ideias que não seríamos capazes de existir lá. Outros têm ideias semelhantes mas, por razões históricas ou culturais, restringem certo tipo de conteúdos, como a França e a Alemanha, que banem conteúdo pró-nazi. Até agora, a única forma de podermos lidar com os limites nestes países era remover o conteúdo globalmente. A partir de hoje [ontem, quinta-feira] teremos a capacidade de reter o conteúdo dos utilizadores num país específico - mantendo esse conteúdo disponível no resto do mundo”, pode ler-se no comunicado.

Em termos práticos isto significa que se um dissidente iraniano publicar no seu Twitter uma mensagem considerada censurável e o regime iraniano obrigar a plataforma americana a remover essa mensagem do site de microblogging, a empresa pode eliminá-lo selectivamente, apenas no Irão, mas mantê-la disponível para o resto do mundo.

De cada vez que o Twitter eliminar algum conteúdo dos utilizadores compromete-se igualmente a avisar de forma clara o “censurado”: “Até agora ainda não usámos esta modalidade, mas se e quando formos obrigados a remover um tweet de um país específico, tentaremos avisar o utilizador e diremos claramente quando é que o conteúdo foi retido”.

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