Porque silenciam a ISLÂNDIA?
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06-04-2011, 01:42
Mensagem: #1
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Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Hoje recebi por email este artigo e lembrei-me de partilhar com todos vós, assim serão muitos mais a ler e a ter que pensar nesta, como dizia um italo numa novela qualquer " Porca Miséria " esta.
Porque silenciam a ISLÂNDIA? Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra. Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse. Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele. Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise. Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão protecionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usuárias que o FMI lhe impôs para a ajudar. Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exatamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal. A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar). País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria. Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês. Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos acionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos. O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efetuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI. Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições. Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha. Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objetivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental. Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado. As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais. Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do atual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010. O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado. Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos. Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo. O atual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez. Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo. Artigo escrito por:Francisco Gouveia, Eng.º A única alteração que teve foi a correção ao abrigo do "famigerado" acordo ortográfico. |
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06-04-2011, 10:49
Mensagem: #2
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
A malta jovem deste país tem de se mexer, tem de expulsar esses políticos corruptos dos locais de decisão e gestão deste país, têm de pensar em evoluir, em vez de estarem à espera do tacho, da cunha, dos jobs.... a malta jovem deste país tem de sair da pasmaceira.
Estes jovens de hoje estão atordoados, estão acomodados... não entendo! |
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06-04-2011, 11:03
Mensagem: #3
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
No nosso Portugal, será muito difícil. Repare-se no menino P.P.C. que nunca foi sequer deputado e já se mexe como se fosse 1º ministro, porque sabe que este povinho vai fazer o que melhor sabe: o mesmo de sempre. Votar nos "outros"... Daqui a uns 4 ou 6 anos, vira o disco e toca o mesmo, aparece outro paladino da verdade, desta vez de camisola cor-de-rosa e o povinho voltará a fazer o mesmo: Votar nos "outros"...
É sempre assim e enquanto não mudar, nada mudará. Não basta mudar de políticos pois apenas estes se mudam mas as politicas mantêm-se, há que mudar as mentalidades e pensar porque razão é sempre a mesma M€RDA! |
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06-04-2011, 14:11
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 06-04-2011 14:12 por aFriend.)
Mensagem: #4
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Portugal é rico em pesca, agricultura... entre outras coisas mais e tem isso tudo dependente da comunidade Europeia... depois ainda anda à procura do fundo Europeu e FMI para sair da crise!
Isto era correr com o FMI, com a Europa... viver com aquilo que é nosso, produzir, exportar! Criar riqueza própria, deixar outros países a precisar de nós e comprarem o nosso produto! Já mediram bem a nossa costa?! Tomara um país BEM GOVERNADO a ter! Estamos num ponto do mundo altamente benéfico para que tudo funcione! Temos tudo para ser grandes e somos pequenos por causa desta mentalidade! Acordem...acordem! Os bancos sobre endividaram-se! Que se lixe! Problema o deles, emprestaram mais do que tinham...! Nós não temos que pagar essa factura! Eu não tenho emprestimos, nunca quis nada com eles e agora tenho que pagar algo que nunc fiz?! Para quê? Para um novo Aeroporto, TGV e Submarinos que não fazem falta alguma só porque a Merkle os incutiu para ganhar dinheiro na venda deles?!?!?!... Epá.. ACORDEM! Faliram, faliram... melhor ainda, esses banqueiros corruptos não fazem cá falta, para quê salva-los?!?!?! Vamos mas é salvar a nós próprios e lutar... tal como a Islândia o fez!!! Chega de viver à sombra do passado dos "Descobrimentos" e .. "fomos grandes" ... temos que pensar no agora e erguer o orgulho no presente, para então pensarmos... FOMOS GRANDES e continuamos a SER! |
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06-04-2011, 18:11
Mensagem: #5
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
(06-04-2011 11:03)Lápis Azul Escreveu: No nosso Portugal, será muito difícil. Repare-se no menino P.P.C. que nunca foi sequer deputado e já se mexe como se fosse 1º ministro, porque sabe que este povinho vai fazer o que melhor sabe: o mesmo de sempre. Votar nos "outros"... Daqui a uns 4 ou 6 anos, vira o disco e toca o mesmo, aparece outro paladino da verdade, desta vez de camisola cor-de-rosa e o povinho voltará a fazer o mesmo: Votar nos "outros"... Completamente de acordo, as eleições em Portugal só têm o Lado A e B, ninguém arrisca em mudar de disco. 6 anos de PS: não se gosta -> vota-se PSD passado 6 ou 8 anos não se gosta. Em quem se vota: PS (os portugueses têm memória curta...) e a roda continua a girar, e os barões não se importam, porque a cada 8 anos é a vez deles. Que tal pararem para ver que quem agora está bem, foi quem enterrou este país há anos atrás (Cavaco incluído e muito!). O Tuga não tem confiança nem nele próprio. |
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09-04-2011, 16:05
Mensagem: #6
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Eu voto sempre em pequenos partidos, de cada vez que há eleições, vejo todos os candidatos como igual e leio as suas propostas. À excepção do PS, PSD e CDS que nem é preciso ler nada, com tanta publicidade que obtêm na tv.
Fica aqui a lista de todos os partidos politicos portugueses: http://www.cne.pt/index.cfm?sec=0506010100 |
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31-08-2011, 16:00
Mensagem: #7
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
E viva la revolution! Lol...
Progster |
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06-09-2011, 15:14
Mensagem: #8
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
os islandeses puseram nos tribunais os principais culpados do estado do país deles... se isso acontecesse por aqui, ficávamos sem PRESIDENTEs, sem GOVERNOs, sem PARTIDOs POLITICOs....
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06-09-2011, 16:10
Mensagem: #9
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Esqueceste-te dos outros, assim como os Islandeses. Uma grande parte, +80% do povo dos países em crise também são culpados, só que não admitem.
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06-09-2011, 17:25
Mensagem: #10
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RE: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Boa tarde.
(06-09-2011 15:14)cpardelinha Escreveu: os islandeses puseram nos tribunais os principais culpados do estado do país deles... se isso acontecesse por aqui, ficávamos sem PRESIDENTEs, sem GOVERNOs, sem PARTIDOs POLITICOs.... Não defendo, nem estou a favor da classe politica, e muito menos sou ou quero ter a ver alguma coisa com a politica em si, mas este género de comentários quase que me revolta. Pronto eles são os culpados, blá,blá,blá..., então mas quem é que vota neles??? Será que supostamente quem os coloca lá, pois aparentemente ainda vivemos num regime democrático, não será também culpado de alguma coisa??? Cumprimentos. Progster |
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