Facebook começa a dar mais dados aos utilizadores

[progster]

O Facebook vai passar a disponibilizar mais dados aos utilizadores quando estes pedirem informação sobre as suas actividades na rede social
O anúncio foi feito através de uma mensagem publicada no blogue oficial do Facebook dedicado às questões de privacidade, onde a rede social apresenta os detalhes da iniciativa.

De acordo com o post, os utilizadores vão passar a poder descarregar «um arquivo alargado do historial da conta do Facebook», com mais dados quando comparado com a informação disponibilizada através da funcionalidade «Download Your Information», lançada em 2010.

Inicialmente esta funcionalidade permitia ao utilizador efectuar o download de todas as fotografias, posts, mensagens, listas de amigos e conversas de chat.

Com o alargamento dos dados disponibilizados, o conjunto de informação vai também incluir aspectos como «nomes anteriores, pedidos de amizade feitos e os endereços de IP utilizados para fazer o login» na rede social, esclarece o site na mesma mensagem, que indica ainda que «esta funcionalidade vai ser alargada gradualmente a todos os utilizadores e mais categorias de informação vão estar disponíveis para download no futuro».

A medida foi bem recebida por alguns dos principais críticos da rede social, que mesmo assim consideram que a quantidade de informação disponibilizada pelo Facebook aos utilizadores do site ainda é insuficiente.

Um dos críticos é Max Schrems, um jovem alemão estudante de Direito que no ano passado começou uma cruzada em defesa do direito dos utilizadores da rede social poderem aceder aos seus dados pessoais, depois de ter pedido ao Facebook que lhe enviasse toda a informação que tinha publicado no site.

Ao receber um conjunto de ficheiros, alguns dos quais relativos a informação que tinha apagado, resolveu avançar com uma queixa junto da Comissão de Protecção de Dados da Irlanda, país onde se encontra a sede europeia do Facebook, acusando a empresa de armazenar dados pessoais que pensava terem sido apagados.

Citado pelo New York Times o estudante alemão afirma estar congratulado com o facto de «os utilizadores do Facebook poderem agora ter mais acesso aos seus dados, mas o Facebook ainda não está em concordância com as leis de protecção de dados europeias».

Max Schrems lamenta que «com estas alterações o Facebook apenas disponibiliza o acesso a 39 categorias de dados, apesar de guardar pelo menos 84 categorias [de informação] sobre cada utilizador».

Fonte:http://sol.sapo.pt/inicio/Tecnologia/Int...t_id=46664