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Cidadania 2.0
27-10-2012, 01:18
Mensagem: #1
Cidadania 2.0
Brickstarter: o ‘simplex’ finlandês

Brian Boyer e a sua equipa não querem criar sites para discutir política pública, nem tão pouco gerar uma rede de micro financiamento de projetos através da internet. Os mentores da Brickstarter tencionam perceber porque é tão difícil passar das ideias à prática e desburocratizar a construção de uma cidade melhor.

“O que liga os tumultos de Londres que levaram dezenas de jovens às ruas e projetos de jardinagem urbana?”, começa Bryan Boyer por questionar. “Ambos desejam mostrar que os cidadãos não estão satisfeitos com o que a sua cidade é hoje”, conclui o empreendedor.

Cientes de que existem várias plataformas que promovem a discussão pública entre os cidadãos sobre as políticas governativas de uma cidade, o Brickstarter deseja ir mais longe e envolver as instituições no processo de construção de uma cidade à medida dos seus habitantes.

Ou seja, neste projeto de investigação, que procura perceber como as ferramentas sociais e as aplicações móveis podem ser usadas para ultrapassar a desconexão vivida em muitas cidades, “as instituições governativas têm de ser parte do processo, ou idealmente a origem do processo”, diz Bryan.

“A câmara de Helsínquia criou um site onde reunia as ideias dos habitantes para a cidade, mas as ferramentas utilizadas eram muito distantes daquelas que nos são naturais, como o facebook, a amazon ou o twitter”, exemplificou o empreendedor, acrescentando que “não basta ter a ideia, é preciso fazer diferente, construir sites que competem num nível superior”, conclui.

Por outro lado, o Brickstarter irá debruçar-se sobre a simplificação de processos que desmotivam o envolvimento social. “Por lei, em Helsínquia, sempre que se quer fazer um novo empreendimento é preciso perguntar à população se esta deseja a nova infraestrutura na cidade. Todavia, a consulta social só é feita quando todo o projeto de design está elaborado e já se gastou muito dinheiro. Isso cria imediatamente um confronto”, exemplifica Brian, defendendo que “é mais produtivo colocar os interesses do cidadão no início do processo".

Em súmula, o Brickstarter apresenta-se como a “ideia de uma plataforma que ligue as instituições governativas e os cidadãos, ajudando a desenvolver projetos diferentes e a simplificar processos”, diz Brian, acrescentando que isso passa por “ajudar os órgãos públicos a compreender que existem toneladas de recursos, interesse, entusiasmo e até dinheiro nas mãos dos cidadãos que não está a ser aproveitado devidamente”.

Ter uma palavra, a bem ou a mal!

“Acho que agora assistimos a um maior envolvimento das pessoas”, assume Brian, salientando que quando este processo é mal orientado pode dar origem a tumultos, como aconteceu no Reino Unido. “As pessoas estão a encontrar formas de agir por si mesmas: seja com violência, seja com projetos para hortas urbanas. Por isso mais vale encontrar uma forma produtiva de envolver os indivíduos, conclui Brian Boyer.

O projeto Brickstarter foi apresentado esta tarde na Conferência Cidadania 2.0, em Lisboa, onde se discute o papel das ferramentas sociais e da internet na promoção da cidadania.

O evento prolonga-se durante dois diase tem o objetivo de estimular novas formas de comunicação entre o Governo, Administração Pública, ONGs e cidadãos, através de exemplos concretos.

Fonte:http://noticias.sapo.pt/tec_ciencia/arti..._5108.html

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