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Um ensino à beira da falência
14-10-2011, 14:15
Mensagem: #1
Um ensino à beira da falência
Quero tentar perceber se estou a agir bem ou mal, já que todos vós partilham comigo o gosto pela tecnologia.

Hoje na aula de rádio o meu professor incentivava os meus colegas para fazer um trabalho de rádio num programa pago, depois explicava que tinham de usar o crak. Eu entrevi, disse que existia um software gratuito que fazia o mesmo que aquele, para o que era dava perfeitamente. Então os meus colegas interromperam, disseram que tínhamos na mesma de usar o crak. Eu acrescentei que a licença é free. Então começou a chacota, afirmavam que passado uns dias iria perder o programa, gozaram, nem deram espaço para me explicar. Com isto, apercebi-me que não sabiam o que era um software pago e um software gratuito, nem as licenças de cada um deles. Eu não sei na exaustão mas tenho uma ideia. Não continuei a conversa, deixei eles acreditarem no que diziam, porque vi que não valeria a pena, já que eles não estavam dispostos a ouvir, aliás estão sempre dispostos mas é para sair mais cedo das aulas. Fiquei com fama de ignorante diante de todos. O que me preocupa não é isso, o que me preocupa é saber que todos andamos no ensino superior, uma turma inteira não saber conceitos básicos nem sequer estarem dispostos a ouvir. Não me vou estender muito no que penso do ensino superior, mas fico desiludido e triste. Desiludido porque me acham "nerd" só por ter interesses e não sair para as bebedeiras, só porque tento fazer mais do que aquilo que a escola dá; triste por ver que o século xxi não tem pessoas mais modernas que os séculos passados, apenas existe uma evolução tecnológica o que cria fantasia de modernidade, porque as mentalidades não mudaram muito. Se vir-mos bem, todo o equipamento mais moderno tem utilização simplificada, mas as pessoas não pensam nisso, acham-se mais evoluídas do que as outras gerações só por saberem ligar o micro-ondas ou o pc, até um miúdo de 5 anos faz isso...

Quando não sei algo, pergunto, ouso, aprendo, informo-me. Se lerem as minhas questões aqui no forum, todas elas, procurem alguma que eu esteja a tratar mal quem me ajuda ou de alguma forma passar-lhe à frente. Se encontrarem digam-me que eu farei questão de pedir desculpa. Pior do que não saber, é não querer saber. Eu sou muito ignorante, não sou nerd nenhum, vejam as minhas perguntas e verão o tão básico que são, mas pergunto, porque me interesso. Existem assuntos que não tenho interesse, mas quando me explicam eu não atropelo a pessoa nem me armo em bom.

É a postura deles que me choca todos os dias. O desinteresse. Têm todos a oportunidade de aprender como se faz rádio, e mostram interesse nas palavras que dizem, mas depois nas aulas (n prática) não querem saber de nada. Usam as aulas de TV para imitar figuras publicas, tudo bem, se não fosse só isso resumidamente o que fazem. Eu gosto de rir, gosto de estar com pessoas, gosto de me divertir, mas também tenho interesses e objectivos definidos. É por isso que a minha postura é diferente, mas não é por isso que deixo de ter vida privada. Ainda não sei lidar com este tipo de situações, gostava de lhes dizer algumas palavras de insensitivo, mas como somos todos colegas, tenho receio que as minhas palavras sejam mal interpretadas.

Gostava de lhes dizer que conheço pessoas de 13 anos que trabalham com software muito avançado, que estão em rede (voz) para todo o mundo, a aprender em forums e plataformas avançadas, que desenvolvem saberes muito mais que todos nós juntos. Se não mudarmos de atitudes e desenvolver novos hábitos, ficaremos para trás, chega de imitar os outros, vamos agarrar no que de melhor se faz, ter como referencia mas não nos centrarmos só nisso, vamos criar algo novo. Para isso temos de trabalhar. Não peço que deixamos de viver, peço apenas algum empenho. Porque se sairmos assim como estamos agora para o mercado de trabalho, não teremos oportunidade, porque não vamos dar nada de novo.

Nós temos na nossa escola um programa pago da ADOBE (quero evitar falar em nomes) que devia ser para edição das peças de jornalismo e documentários, sabem como esse programa é usado? Da mesma maneira que o Movie Maker. Uma escola publica gasta bastante dinheiro na licença de software para separar video e inserir fontes? Está tudo louco! Pagam a um professor para ensinar alunos do ensino superior a utilizar o word e o excel, e não existe ninguém para ensinar a usar 1/3 do Adobe? Para quê então gastar tanto dinheiro? O Movie Maker faz isso!!! Existe tantos softwares free que fazem o mesmo, para o que é, bastava.

Eles pensam que o crak é algo que faz parte do programa, nem sabem que é uma aplicação pirata, que é ilegal... Nem se interessam por saber... Mas não é só nestes aspectos tecnológicos. As atitudes, a maneira de estar na vida. Acham-se evoluídos por terem uma vida de conforto moderno, repleto de consumismo, mas no fundo somos todos uma sociedade cada vez mais na beira do abismo, com um comportamento que sempre existiu nas sociedades anteriores. Tivemos uma cadeira de sociologia, o professor dizia sempre os problemas da sociedade, com o que estavamos a aprender nessas aulas, podíamos ter a oportunidade de mudar alguns hábitos que antes não notávamos. Nada disso, só falam que não conseguiram passar à cadeira, que não sabem porquê, que o professor é exigente... Não aprenderam nada. Um ensino à beira da falência, é isso que eu sinto.

Cada vez mais me pergunto, para que caminho nos estamos a dirigir... Cada vez são mais os que não querem saber. Cada vez são mais os que distorcem a realidade.

Tudo isto me deixa bastante triste e magoado. Como disse, ainda me custa muito lidar com este tipo de situações. Gostava de aprender... Pode ser com o tempo ganhe maturidade ...
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14-10-2011, 14:36 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 14-10-2011 14:37 por progster.)
Mensagem: #2
RE: Um ensino à beira da falência
Boa tarde.

(14-10-2011 14:15)redefoca Escreveu:  Quero tentar perceber se estou a agir bem ou mal, já que todos vós partilham comigo o gosto pela tecnologia.

Hoje na aula de rádio o meu professor incentivava os meus colegas para fazer um trabalho de rádio num programa pago, depois explicava que tinham de usar o crak. Eu entrevi, disse que existia um software gratuito que fazia o mesmo que aquele, para o que era dava perfeitamente. Então os meus colegas interromperam, disseram que tínhamos na mesma de usar o crak. Eu acrescentei que a licença é free. Então começou a chacota, afirmavam que passado uns dias iria perder o programa, gozaram, nem deram espaço para me explicar. Com isto, apercebi-me que não sabiam o que era um software pago e um software gratuito, nem as licenças de cada um deles. Eu não sei na exaustão mas tenho uma ideia. Não continuei a conversa, deixei eles acreditarem no que diziam, porque vi que não valeria a pena, já que eles não estavam dispostos a ouvir, aliás estão sempre dispostos mas é para sair mais cedo das aulas. Fiquei com fama de ignorante diante de todos. O que me preocupa não é isso, o que me preocupa é saber que todos andamos no ensino superior, uma turma inteira não saber conceitos básicos nem sequer estarem dispostos a ouvir. Não me vou estender muito no que penso do ensino superior, mas fico desiludido e triste. Desiludido porque me acham "nerd" só por ter interesses e não sair para as bebedeiras, só porque tento fazer mais do que aquilo que a escola dá; triste por ver que o século xxi não tem pessoas mais modernas que os séculos passados, apenas existe uma evolução tecnológica o que cria fantasia de modernidade, porque as mentalidades não mudaram muito. Se vir-mos bem, todo o equipamento mais moderno tem utilização simplificada, mas as pessoas não pensam nisso, acham-se mais evoluídas do que as outras gerações só por saberem ligar o micro-ondas ou o pc, até um miúdo de 5 anos faz isso...

Quando não sei algo, pergunto, ouso, aprendo, informo-me. Se lerem as minhas questões aqui no forum, todas elas, procurem alguma que eu esteja a tratar mal quem me ajuda ou de alguma forma passar-lhe à frente. Se encontrarem digam-me que eu farei questão de pedir desculpa. Pior do que não saber, é não querer saber. Eu sou muito ignorante, não sou nerd nenhum, vejam as minhas perguntas e verão o tão básico que são, mas pergunto, porque me interesso. Existem assuntos que não tenho interesse, mas quando me explicam eu não atropelo a pessoa nem me armo em bom.

É a postura deles que me choca todos os dias. O desinteresse. Têm todos a oportunidade de aprender como se faz rádio, e mostram interesse nas palavras que dizem, mas depois nas aulas (n prática) não querem saber de nada. Usam as aulas de TV para imitar figuras publicas, tudo bem, se não fosse só isso resumidamente o que fazem. Eu gosto de rir, gosto de estar com pessoas, gosto de me divertir, mas também tenho interesses e objectivos definidos. É por isso que a minha postura é diferente, mas não é por isso que deixo de ter vida privada. Ainda não sei lidar com este tipo de situações, gostava de lhes dizer algumas palavras de insensitivo, mas como somos todos colegas, tenho receio que as minhas palavras sejam mal interpretadas.

Gostava de lhes dizer que conheço pessoas de 13 anos que trabalham com software muito avançado, que estão em rede (voz) para todo o mundo, a aprender em forums e plataformas avançadas, que desenvolvem saberes muito mais que todos nós juntos. Se não mudarmos de atitudes e desenvolver novos hábitos, ficaremos para trás, chega de imitar os outros, vamos agarrar no que de melhor se faz, ter como referencia mas não nos centrarmos só nisso, vamos criar algo novo. Para isso temos de trabalhar. Não peço que deixamos de viver, peço apenas algum empenho. Porque se sairmos assim como estamos agora para o mercado de trabalho, não teremos oportunidade, porque não vamos dar nada de novo.

Nós temos na nossa escola um programa pago da ADOBE (quero evitar falar em nomes) que devia ser para edição das peças de jornalismo e documentários, sabem como esse programa é usado? Da mesma maneira que o Movie Maker. Uma escola publica gasta bastante dinheiro na licença de software para separar video e inserir fontes? Está tudo louco! Pagam a um professor para ensinar alunos do ensino superior a utilizar o word e o excel, e não existe ninguém para ensinar a usar 1/3 do Adobe? Para quê então gastar tanto dinheiro? O Movie Maker faz isso!!! Existe tantos softwares free que fazem o mesmo, para o que é, bastava.

Eles pensam que o crak é algo que faz parte do programa, nem sabem que é uma aplicação pirata, que é ilegal... Nem se interessam por saber... Mas não é só nestes aspectos tecnológicos. As atitudes, a maneira de estar na vida. Acham-se evoluídos por terem uma vida de conforto moderno, repleto de consumismo, mas no fundo somos todos uma sociedade cada vez mais na beira do abismo, com um comportamento que sempre existiu nas sociedades anteriores. Tivemos uma cadeira de sociologia, o professor dizia sempre os problemas da sociedade, com o que estavamos a aprender nessas aulas, podíamos ter a oportunidade de mudar alguns hábitos que antes não notávamos. Nada disso, só falam que não conseguiram passar à cadeira, que não sabem porquê, que o professor é exigente... Não aprenderam nada. Um ensino à beira da falência, é isso que eu sinto.

Cada vez mais me pergunto, para que caminho nos estamos a dirigir... Cada vez são mais os que não querem saber. Cada vez são mais os que distorcem a realidade.

Tudo isto me deixa bastante triste e magoado. Como disse, ainda me custa muito lidar com este tipo de situações. Gostava de aprender... Pode ser com o tempo ganhe maturidade ...

Só por curiosidade qual é o curso?

Quanto ao resto infelizmente é uma realidade, se reparares na secção da Conversa de Esplanada, eu e outros users temos debatido questões semelhantes em vários tópicos.

Ao fim e ao cabo, acho que é uma questão de mudarmos em nós aquilo que queremos ver mudado no mundo...

Com um pouco de sorte, talvez as próximas 3 ou 4 gerações começem a ver progressos.

Cumprimentos.

Progster
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14-10-2011, 15:10
Mensagem: #3
RE: Um ensino à beira da falência
Deixa para lá, isso acontece sistematicamente...
Quando nas aulas, ensinam a utilizar software pago através de cracks quer dizer que isto não anda bem...
Não devia antes de se ensinar os valores do trabalho e do respeito por quem trabalha?
Utilizando o software devidamente licenciado ou como tu disseste e muito bem, uma opção free?

Formação ética, humana e pessoal é uma coisa que falta por cá...
Só isso, iria melhorar muito o nosso país.
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14-10-2011, 15:41
Mensagem: #4
RE: Um ensino à beira da falência
(14-10-2011 15:10)RaCcOn Escreveu:  Deixa para lá, isso acontece sistematicamente...
Quando nas aulas, ensinam a utilizar software pago através de cracks quer dizer que isto não anda bem (...)

Lol...
É mesmo.

(14-10-2011 15:10)RaCcOn Escreveu:  Formação ética, humana e pessoal é uma coisa que falta por cá...
Só isso, iria melhorar muito o nosso país.

Não só... Wink

Progster
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14-10-2011, 22:27
Mensagem: #5
RE: Um ensino à beira da falência
(14-10-2011 15:41)Progster Escreveu:  Não só... Wink

Mas também Wink
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14-10-2011, 23:04
Mensagem: #6
RE: Um ensino à beira da falência
@redefoca:

Pareces-me bastante jovem e já com uma visão muito boa do que devia ser a sociedade. Infelizmente (ou felizmente) tens também ainda muito para aprender.

Pelo que dizes, a tua postura é do tipo que faz a diferença, mas a seu tempo. Pelo meio, vais-te decepcionar, não vais entender, etc. E aos poucos, se "abrires" os olhos, chegas lá.

Na fase em que estás dá-se mais valor à borga, pândega, ou o que lhe queiras chamar. E mais tarde muitos desses vão-se arrepender porque não vão ter onde se "agarrar" e outros vão ter os papás a arranjar-lhes "tacho".
Aqueles como tu hão-de ser reconhecidos pelo valor se souberem trabalhar e mostrar e "lidar" com tudo o resto.

O meu conselho para ti é:
Não tentes mostrar o que sabes, tenta absorver mais e transformar isso em produtividade.
Infelizmente a vida não se resume a uma frase...
Força rapaz. Animo! Wink
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14-10-2011, 23:24
Mensagem: #7
RE: Um ensino à beira da falência
(14-10-2011 23:04)Erre Escreveu:  O meu conselho para ti é:
Não tentes mostrar o que sabes, tenta absorver mais e transformar isso em produtividade.
Infelizmente a vida não se resume a uma frase...
Força rapaz. Animo! Wink

Erre, onde está o botão like?

[Imagem: like_face.gif]
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14-10-2011, 23:26
Mensagem: #8
RE: Um ensino à beira da falência
(14-10-2011 23:24)RaCcOn Escreveu:  
(14-10-2011 23:04)Erre Escreveu:  O meu conselho para ti é:
Não tentes mostrar o que sabes, tenta absorver mais e transformar isso em produtividade.
Infelizmente a vida não se resume a uma frase...
Força rapaz. Animo! Wink

Erre, onde está o botão like?

[Imagem: like_face.gif]

Lol...
Excelente comentário. Gostei de o ler.

Progster
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15-10-2011, 05:13
Mensagem: #9
RE: Um ensino à beira da falência
@ Erre

Não busco apoio neste tópico, mas obrigado pela força. Sou jovem sim, estou na casa dos 20 mas acho que não é por ser jovem e querer aprender a resolver problemas que homens de 50 anos ainda não sabem-o fazer. Vejam os casos dramáticos do ministro que fez "cornos" na assembleia por não conseguir reagir correctamente, existe muitos outros sem estarem ligados na politica, pessoas que estão ao nosso lado. Querer ter uma atitude correspondente ao que sentimos não é "coisa de jovens" devia ser coisa de todos nós...

Em relação ao que é a vida, acho que a "fase" que estou, não é assim tão prematura, não são as idades que traçam isso, é a nossa experiência de vida, os locais onde passados, as pessoas que abordamos. Quantas pessoas mais velhas conhecemos que parece que ainda não aprenderam nada...

Acho por fim que é possível fazer mais ... Seja como for acredito nas ultimas palavras que disseste "tenta absorver mais e transformar isso em produtividade" é isso que faço e acredito.

Mais uma vez agradeço pelas tuas palavras, pelas vossas palavras...
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15-10-2011, 09:49
Mensagem: #10
RE: Um ensino à beira da falência
Em relação à classe política é assim que eu a veja (mais a parte do governo):
Um bando de putos, betinhos mimados habituados a brinquedos caros a quem "deram" o brinquedo mais caro da vida deles (a nossa vida). Eles brincam, experimentam, F@dem esta m**** toda e no final o "castigo" que têm é ir para a "Europa" ganhar o triplo do que já "roubavam" cá, ou então reformam-se nos mesmos moldes. Sad

Em relação à experiência de vida não é coisa que se explique facilmente, mas tens razão, nem toda a gente atinge um grau elevado de maturidade por mais velho que se fique e sim, é possível ser-se maduro bastante cedo e sim, tem a ver com a experiência de vida. O que quero dizer é que vais ter que ver e passar por uma série de situações deste tipo até conseguires perceber que não vais "endireitar" o mundo, mas vais ser capaz de fazer a diferença "aqui e ali". E no fim, é a diferença que fizeste que vai importar.

Agora, há por aí muito troll que não vai merecer essa tua intervenção para a "diferença" e é aqui que entra a tal maturidade (ou se quiseres, sensibilidade de perceber onde vale a pena e onde não).

Wink
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