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Versão Completa: Software livre "domina" computadores em Vieira do Minho
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A Câmara Municipal de Vieira do Minho continua a investir em software livre. A autarquia acaba de anunciar que todo o seu parque informático passou a funcionar com o pacote de produtividade LibreOffice. O Writer para escrever, o Calc para fazer contas ou o Impress para criar apresentações multimédia são agora algumas das ferramentas disponíveis.

"Este tipo de software possibilita o uso dos mais variados sistemas operativos para uso das diversas ferramentas, tem sido adotado a nível internacional com resultados muito positivos e encorajadores", refere a autarquia minhota num comunicado.

Destaca-se também a "possibilidade de importar/exportar diversos formatos proprietários" e a "criação nativa de ficheiros PDF", assim como o facto de o software ser "integralmente em português e possuir ferramentas ortográficas também em português".

Em paralelo, a autarquia faz saber que a gestão do correio electrónico também se passou a fazer com software livre, neste caso através do programa Thunderbird.

Com estas mudanças a Câmara Municipal de Vieira do Minho quer demonstrar que a adoção de software livre "em variadíssimas áreas da Administração Pública", não só é desejável como "fundamental para uma Função Pública mais moderna e financeiramente mais sustentável".

"Mudámos neste momento 135 postos de trabalho. Se fizermos as contas, um pacote do Microsoft Office básico tem um custo associado de 250 euros, segundo o sítio da Microsoft", referiu Marco Candeias, adjunto do presidente da Câmara, em declaração ao TeK, afirmando que esta fase do projeto se traduz, assim, na poupança de 33.750 euros.

Já os custos de implementação associados praticamente não existem, por serem absorvidos pela "formação e implementação 'in house'".

A aposta em soluções de sofware livre na autarquia minhota não é nova. Muito recentemente foi implementado um Sistema de Informação Geográfica (SIG) baseado em tecnologias abertas, através do qual se pretendes disponibilizar os dados relacionados com os Instrumentos de Gestão do Território do concelho.

Para já está disponível para consulta através da Internet o Plano Director Municipal, o Plano de Ordenamento da Albufeira da Caniçada e o Plano de Urbanização das Cerdeirinhas, prevendo-se para breve acesso a informação geográfica sobre roteiros municipais, equipamentos e dados estatísticos.

A adoção de tecnologias abertas esteve também na base de um projeto de desmaterialização das reuniões municipais, implementado em setembro de 2011 com o objetivo de reduzir a utilização de papel.

A transição para o software livre tem sido "suave", diz Marco Candeias. "Os funcionários da autarquia têm sido ao longo dos anos bastante tolerantes com a adopção de novo software. Por isso, o que lhes interessa é que se trabalhe com qualidade. Não querem saber se é software proprietário ou se é livre".

No entanto, não se depreenda que a adaptação foi um "mar de rosas". "São normais as resistências à mudança pois são normais as dificuldades sentidas. No entanto, os funcionários entendem que como entidade pública temos de implementar gradualmente normas abertas e, se possível, sem custos financeiros significativos para a organização, mantendo sempre a qualidade de serviço ao cidadão".

Fonte:http://tek.sapo.pt/noticias/computadores...27002.html
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