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Versão Completa: Sophie in’t Veld destroça estratégia de cibersegurança
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O esboço de projecto para uma estratégia de cibersegurança da União Europeia, veiculado recentemente. é incoerente, considera a deputada ao Parlamento Europeu.

A proposta para uma estratégia da Comissão Europeia, recentemente disseminada mas ainda por oficializar, é “incoerente e tem falta de enfoque”, disse Sophie in’t Veld, deputada holandesa ao Parlamento Europeu esta quinta-feira. A estratégia de cibersegurança deverá ser divulgada nas próximas semanas, mas existem já cópias do projecto a circular em Bruxelas.

Sophie in’t Veld é particularmente crítica sobre o que leu: “não parece haver qualquer estratégia real”. “Quase todas as direcções-gerais da Comissão parecem ter querido escrever a sua parte da estratégia. Incomoda-me que todas estas diferentes áreas políticas estejam a ser agrupadas num único documento. Ele abrange muita coisa, desde as fraudes na Internet e o download ilegal, à pornografia infantil e à segurança internacional”, explica.

A deputada também critica a intenção de consagrar uma nova categoria de crime, tal qual se pode ler num extracto da proposta: “incidentes de cibersegurança poderiam interromper o fornecimento de serviços essenciais que tomamos por garantidos, como os de fornecimento de água, electricidade, saneamento e redes de comunicação móvel. Existem ameaças desde muitas áreas diferentes, incluindo criminais, a ataques politicamente motivados ou terroristas. O aumento da espionagem económica e actividades no ciberespaço patrocinadas por Estados representa uma nova categoria de ameaças aos governos e empresas da União Europeia”.

In’t Veld discorda, dizendo que “o roubo, a fraude, a pornografia infantil e assim por diante, também ocorrem no mundo offline, e por isso não há necessidade de estabelecer uma nova categoria de crime”. A Comissão diz que a sua “visão” passa por fazer com que “o ambiente online da UE seja o mais seguro do mundo”. Mas, considerando a abrangência dos planos propostos, in’t Veld diz que estes não constituem “uma ciberestratégia, mas uma ‘cibermiscelânea’”.

A deputada refere-se, por exemplo, ao facto de a estratégia abranger a adição de políticas de ciberdefesa ao quadro da Política de Segurança e Defesa Comum, a explicação de valores, o fortalecimento do mercado único digital, a definição de normas de comportamento responsável, e o lançamento de um projecto para combater botnets.

“Há uma grande diferença entre sistemas de pagamento seguros, tornar os sistemas seguros e implantar uma defesa militar unificada. As linhas estão a ficar indefinidas, acho que estamos em terrenos muito escorregadios. Temos de salvaguardar os direitos fundamentais previstos para uma democracia e não ceder poderes desproporcionais à aplicação da lei”, considera in’t Veld.

O texto de esboço do projecto da Comissão diz que “as sinergias entre as abordagens civis e militares na protecção de activos digitais deve ser reforçada”. Acrescenta que a convenção de Budapeste sobre cibercrime deve servir como um modelo para futuros projectos.

Fonte:http://www.computerworld.com.pt/2013/01/...seguranca/
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