Sendo verdade...
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26-12-2011, 14:28
Mensagem: #561
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RE: Sendo verdade...
O ano em que o céu nos caiu nas cabeças. Felizmente
Não há nada que irrite mais os puristas da política e os idealistas de todas as estações do que recordar-lhes algumas verdades essenciais que qualquer dona de casa conhece. De resto, a simples evocação do termo “dona de casa” deixa-os fora de si. Com razão: as donas de casa fazem contas e conhecem as dificuldades do fim do mês, os fala-barato dos grandes projectos têm tendência para ignorar essas realidades comezinhas. Ora, para compreendermos os que se passou em Portugal no último ano, temos de perceber que, ao fim de muitos anos de desvario, os portugueses voltaram a fazer contas. E começaram a fazê-lo antes do seu próprio Governo. Há um ano, para quem já não se recorde, ainda vivíamos num mundo irreal. O primeiro-ministro de então abriu a semana antes do Natal com uma ida a Castelo Branco inaugurar uma Loja do Cidadão, prosseguiu com uma cerimónia no CCB com as IPSS e terminou sentado, pela sexta vez, ao volante do automóvel eléctrico que traria para Portugal a fábrica de baterias que afinal não veio. A ministra da Saúde passou a semana a contradizer-se sobre a dimensão do buraco orçamental do sector. O ministro das Obras Públicas inaugurou mais dois troços de PPP-alcatrão, daqueles que só acabaremos de pagar lá para 2050. Entretanto os jornais anunciavam que o fecho das contas de 2010 ameaçava ser problemático (foi ainda pior), que a Moody”s poderia cortar o rating de Portugal (cortou mesmo) e que o salário de Dezembro não chegou a tempo a todos os juízes. Aprecie-se mais ou aprecie-se menos, já não vivemos neste desvario, apesar de muitas pessoas (como o deputado Pedro Nuno Santos) terem sinceramente saudades dessa época. O último grande líder político que não tinha medo de assumir que, nas contas públicas, se devia ter o mesmo tipo de preocupação de uma dona de casa foi – poderia deixar de ser? – uma mulher. Margaret Thatcher, é claro. Logo na primeira campanha eleitoral em que participou, em 1949, trinta anos antes de chegar a primeira-ministra, recomendou às suas eleitoras que “não se assustassem com a linguagem complicada dos economistas e dos ministros, antes pensassem na política tal como pensam nos seus problemas domésticos”. Isso para defender que não se deve gastar para além do que se ganha – em casa ou no país. Quando a “Dama de Ferro” chegou ao poder, no final da década de 1970, uma época de dívidas crescentes e inflação descontrolada, continuou a invocar a mítica dona de casa para lembrar que o endividamento não torna as pessoas mais livres, antes mais dependentes, e que a dependência é uma forma de degradação pessoal e social. E que é fatal para a soberania nacional. Portugal teve a noção clara do que significava a dependência no dia em que aterraram em Lisboa os enviados da troika. Como “cobradores do fraque”, eles entraram pela nossa casa adentro, vasculharam as contas, ditaram regras, disseram o que podíamos fazer e o que tínhamos de deixar de fazer. Portugal, como acaba de confirmar aEconomist Intelligence Unit no seu índice Index of Democracy 2011, deixou nessa altura de ser “uma democracia plena” para ser apenas uma “democracia com falhas”. Porquê? Porque os portugueses deixaram de poder decidir livremente sobre aspectos essenciais da sua vida colectiva. Porque perdemos soberania. Antes de o país, e de o Estado, se ver nesta lamentável situação, já muitos portugueses tinham começado a sentir, nas suas economias domésticas, as consequências de anos de vida desvairada. O primeiro choque chegou ainda antes da crise internacional: veio na forma da subida das taxas de juro sentida nos primeiros meses de 2008, momento a partir do qual começaram a chegar a muitos empregadores notificações para reterem parte dos ordenados de alguns trabalhadores, retenção feita a favor dos seus credores. Se olharmos para o índice de confiança dos consumidores do INE, confirmamos que é nessa altura, há mais de três anos, que os portugueses começam a desacreditar. Para muitos portugueses aquilo que o Governo está a fazer agora – apertar o cinto, e muito – é o que eles já começaram a fazer há bastante tempo. A linguagem simples e directa de Vítor Gaspar não lhes é estranha. Pelo contrário. Mesmo assim, em Portugal, continua a ser tabu considerar que o Estado se deve comportar com a probidade e o rigor de uma dona de casa. Isso ainda é visto como um insulto. Mas tal não impediu que uma parte da linguagem doméstica dos lares com dificuldades no fim do mês tivesse ganho foros de alforria: “Não há dinheiro.” Tal como um pai que recusa mais um pedido de um filho, o ministro das Finanças começou por repetir aos seus colegas, e estes agora repetem ao país a mais dura das verdades: o dinheiro acabou. Foi esta a realidade com que todos (ou quase todos, há sempre uns irredutíveis proponentes de novos “investimentos”) fomos confrontados em 2011. Foi este o céu que nos caiu em cima da cabeça. E por muito duro que tal seja, ainda bem que sucedeu. Mais tempo passasse e mais peso teríamos de suportar, mais difícil seria sacudirmos a dependência. Durante muitos anos, em Portugal, na Europa, no mundo ocidental, um optimismo esfuziante permitiu que se chegasse ao poder com base em lemas do tipo “as coisas só podem ficar melhores”, como sucedeu com Tony Blair em 1997. Não parecia mais necessário realizar escolhas dolorosas ou ter de fazer sacrifícios: o progresso chegaria naturalmente, bastavam as boas intenções da famosa “Estratégia de Lisboa” (lembram-se? Era a que faria da Europa, em 2010, a economia mais dinâmica do mundo…) e manter viva “a confiança” dos eleitorados. Nessa época – a época de Blair e de Clinton, de Guterres e de Schroeder, de Prodi e de Jospin – o mapa político da Europa pintava-se de cor-de-rosa e havia “um amigo na Casa Branca”. A ideia thatcheriana de que se devem enfrentar os problemas em vez de os varrer para debaixo do tapete, esperando que se resolvam por si, parecia coisa de um passado longínquo. Cruel engano, terrível desilusão. Dez anos depois o mapa político da Europa não podia ser mais diferente. Neste momento 97 por cento dos europeus são governados por executivos de centro-direita e a crise não parece estar a abrir caminho a um eventual regresso do centro-esquerda. Pior: sem dinheiro, sem capacidade de endividamento ilimitada, até os governos de centro-esquerda estão obrigados a políticas que antes execravam. Para socialistas e sociais-democratas, terem colocado os seus países e a Europa na mão dos credores correspondeu a um suicídio político de consequências ainda difíceis de prever. Sobretudo pelos que ainda pensam que pagar as dívidas é uma ideia de criança… Público, 23 Dezembro 2011 In Blasfémias |
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26-12-2011, 18:28
Mensagem: #562
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RE: Sendo verdade...
Para sair da crise, é preciso “romper com a troika” e obrigá-la a “renegociar a dívida”
O politólogo e professor universitário belga esteve recentemente em Lisboa para ajudar a lançar a Iniciativa por uma Auditoria Cidadã à Dívida Pública. Experiência não lhe falta. É presidente do Comité para Anulação da Dívida do Terceiro Mundo e fez parte da equipa que realizou, entre 2007 e 2008, a auditoria sobre a origem e destino da dívida pública do Equador, ao serviço do novo Governo de esquerda do país, num processo que levou ao julgamento de vários responsáveis políticos e à decisão unilateral de não pagar parte da dívida equatoriana. Acredita que o mesmo pode acontecer na Europa. Mas isso implica romper com as exigências da troika. Depois das decisões que saíram da última cimeira europeia, acha que a crise da dívida está próxima do fim? Esta é uma crise que vai durar 10 ou 15 anos, porque o problema fundamental não é a dívida pública, mas sim os bancos europeus. E não estou a falar dos pequenos bancos portugueses ou gregos. O problema é que os grandes bancos – Deutsche Bank, BNP Paribas, Credit Agricole, Société Generale, Commerzbank, Intesa Sanpaolo, Santander, BBVA – estão à beira do precipício. Isso é muito pouco visível no discurso oficial. Só se fala da crise soberana, quando o problema é a crise privada dos bancos. Está a referir-se à exposição dos bancos à dívida pública de alguns países do euro? Não, não é a exposição à dívida soberana, mas sim a derivados tóxicos do subprime [crédito de alto risco]. Está a ocultar-se que todo o conjunto de derivados adquiridos entre 2004 e 2008 continuam nas contas dos bancos, porque são contratos a 5, 10 ou 15 anos. Somente quando o contrato chegar ao fim é que se vai descobrir a amplitude da toxicidade e das perdas, visto que as contas actuais dos bancos mostram esses derivados avaliados, não ao valor de mercado, mas ao valor facial, do contrato. Foram, aliás, esses problemas com os activos tóxicos que geraram os da dívida soberana. Em 2008, quando os bancos deixaram de conceder crédito entre si, o investimento mais seguro era comprar títulos da dívida soberana e os mais rentáveis eram da Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. Então, os bancos compraram muitos títulos para substituir os derivados que tinham. Agora, têm os dois, porque não conseguiram desfazer-se dos primeiros. Mas é totalmente falso dizer que o problema actual é a dívida soberana. É a soma dos dois. Há, contudo, uma crise da dívida, que obrigou a Grécia, Portugal e a Irlanda a pedir ajuda. Como é que avalia a resposta que foi dada para estes países com os planos da troika? Esses planos vão piorar a situação desses países, isso é absolutamente claro. A redução maciça das despesas públicas e do poder de compra da maioria da população vai diminuir a procura e as receitas fiscais e provocar ainda mais necessidade de o país se endividar para pagar a dívida. Tanto a política da troika na Grécia, Irlanda e Portugal, como a política da Comissão Europeia e dos países do Centro, como a Alemanha e a França, vai provocar mais recessão. A própria Alemanha vai ter problemas, porque precisa de ter quem compre os seus produtos. Qual seria a solução? Uma reestruturação da dívida? Em Portugal a reestruturação está muito na moda, mas não gosto dessa palavra. Na história da dívida, a reestruturação corresponde a uma operação totalmente controlada pelos credores. Quando o devedor quer tomar a iniciativa, tem de suspender os pagamentos da dívida, para obrigar os credores a sentarem-se à mesa e discutir condições. Uma reestruturação é o que a troika vai fazer na Grécia, impondo um corte de 50% na dívida dos bancos privados, em troca de mais austeridade no país. Contudo, sem redução da dívida à troika, que se tornou o maior credor da Grécia e, ainda por cima, privilegiado, este tipo de reestruturação só alivia de maneira conjuntural o pagamento da dívida. Não é uma solução de verdade. Que solução seria essa? Sei que esta ideia está fora do debate público, mas, para mim, se um país quiser sair desta crise, tem de romper com a troika. Tem de dizer: senhores, as condições que nos impõem são injustas e não nos servem a nível económico. Mas se Portugal ou outro país disser isso, não terá de sair da zona euro? Não acho que seja automático, mas é claro que é complicado. A Alemanha beneficia com o euro, pelas suas exportações e inclusive pelos empréstimos a Portugal. Quando vai financiar-se ao mercado, a Alemanha paga 1%, mas empresta a Portugal a 5%. Não é generosidade, é um bom negócio para a Alemanha. O que Portugal precisa é de uma política soberana em que o Estado declarasse não querer sair da zona euro, mas dissesse que as condições impostas pela troika são inaceitáveis para os cidadãos e para o interesse do país. Caso contrário, a troika só fará mais exigências, que não permitirão ao país sair da situação em que se encontra. Se Portugal disser não à troika, esta seria obrigada a sentar-se à mesa e renegociar a dívida e as condições que impõe. E não me parece que a troika queira a saída de um país do euro. Como se insere neste processo a auditoria à dívida pública? A auditoria é um processo promovido sobretudo por cidadãos para romper o tabu da dívida soberana, que nunca se discute nem se analisa. Até pode ser má, mas há que pagá-la, porque uma dívida paga-se sempre, quando, na realidade, tanto ao nível de um particular, de uma empresa ou de um Estado, uma dívida ilegítima, ilegal ou imoral é uma dívida nula. E há toda uma vasta história de anulação e suspensão dessa dívida. O que é uma dívida ilegítima? A ilegitimidade é um conceito cuja definição não se encontra no dicionário. É a forma como os cidadãos interpretam, de forma rigorosa, o respeito aos princípios da nação, da construção do país e do direito interno e internacional. Uma dívida ilegítima é, por exemplo, uma dívida contraída porque o Estado favoreceu uma pequena minoria, reduzindo impostos sobre as grandes empresas multinacionais ou as famílias mais ricas, que assim diminuíram a sua contribuição para as receitas fiscais, obrigando o Estado a endividar-se. Esta contra-reforma fiscal aconteceu em toda a Europa e também nos EUA, com o anterior presidente, George W. Bush. Os resgates aos bancos são outro exemplo. O custo de ajudar os banqueiros, que foram totalmente aventureiros, desviando os depósitos dos seus clientes para investir no subprime, implicou um aumento da dívida soberana, que é totalmente ilegítimo. Não podiam ter sido resgatados dessa forma, os grandes accionistas não deviam ter sido indemnizados. A dívida à troika também é ilegítima? Sim. Foi uma dívida contraída para impor um desrespeito aos direitos económicos e sociais da população. Há uma chantagem da troika, que dá crédito para pagar aos credores, que são eles próprios e os bancos dos países do Centro europeu, e, em contrapartida, exige austeridade. Não há dúvida: é uma dívida ilegítima. Organizou uma auditoria à dívida do Equador... O que Portugal poderia retirar desse exemplo? É uma situação diferente. No Equador, o novo presidente tinha sido eleito com o mandato de fazer uma auditoria da dívida pública, de modo a definir que parte era ilegítima e não seria paga. Vê possibilidade de isso acontecer na Europa? Com uma mudança de Governo, sim. Não pode ser um Governo que defende os acordos com a troika a fazer uma auditoria à dívida. O descontentamento das populações pode abrir caminho a isso, mas não sei quando é que uma mudança desse tipo pode ocorrer na Europa. Os latino-americanos viveram 15 a 20 anos de neoliberalismo e de aceitação do pagamento da dívida soberana. Espero que não demoremos 20 anos na Europa. FONTE: http://economia.publico.pt/Noticia/para-...da-1526489 |
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26-12-2011, 19:39
Mensagem: #563
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RE: Sendo verdade...
Citar:Que solução seria essa?Blade, sabes que o que o senhor está aqui a dizer, e na realidade está correcto ... é negociar os juros, certo? Ele não fala uma única vez em não pagar a dívida. Menciona, claro, que para se chamar os credores à negociação, se tem que interromper o pagamento, mas, repara aqui no "catch" ... para dizer que as condições são injustas, e não que, não se reconhece a dívida. |
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27-12-2011, 00:35
Mensagem: #564
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RE: Sendo verdade...
Blade,
achei piada a uma resposta a esse texto que meteste. Aqui vai: Pergunta inocente Quando certos activistas nos são apresentados nas secções de Economia como sendo alguém a quem “não falta experiência” na avaliação de dívidas públicas, porque será que não esclarecem também que a sua especialidade é ciência política (não economia) e que é militante da 4ª Internacional, trotkista? Ou será que revelar que o senhor pertence à mesma organização a que está ligado Francisco Louçã compometia o impacto a entrevista? In Blasfémias De facto, tem algum sentido. |
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27-12-2011, 12:48
Mensagem: #565
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RE: Sendo verdade...
Novo ataque contra portagens na Via do Infante
Ataque aconteceu esta madrugada.Caixa do sistema informático foi incendiada entre Olhão e Tavira.Foram incendiados cabos informáticos das portagens da Via do Infante, no Algarve. O incidente deu-se ao final da madrugada, entre Olhão e Tavira. Ao que tudo indica tratou-se de uma nova acção contra o pagamento de portagens, que entrou em vigor no dia 8. O ataque aconteceu entre as 5h00 e as 6h00. A caixa de cablagem do sistema informático foi incendiada entre Olhão e Tavira nesse sentido da A22 perto do quilómetro 99, segundo fonte da GNR. Os cabos incendiados são aqueles que estão instalados ao longo da Via do Infante e servem para enviar a informação dos pórticos à central de processamento de cobrança de portagens. A Polícia Judiciária esteve no local a recolher indícios para a investigação. Depois do reforço policial junto dos pórticos da auto-estrada, os criminosos optaram por este tipo de acções como forma de protesto contra as portagens. Acções com as quais a comissão de utentes da Via do Infante não se revê e já tem condenado. Este é já o quarto ataque do género aos pórticos de cobrança de portagens na auto-estrada algarvia. Fonte:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.asp...&did=44215 Progster |
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27-12-2011, 17:33
Mensagem: #566
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RE: Sendo verdade...
(27-12-2011 00:35)JPedrosa Escreveu: Blade, Isso não invalida a sua experiência nem o trabalho feito e provas dadas... pois não? Ok. A mim, pouco me importa se, ao contrário do Louçâ, este é competente mas fuma uns charros como ele... Tem experiência e provas dadas através de muito trabalho! |
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27-12-2011, 17:38
Mensagem: #567
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RE: Sendo verdade...
Portugueses receiam motins
Os portugueses temem a ocorrência de motins violentos no País e receiam que as forças de segurança não tenham capacidade de resposta para lidar com este tipo de situações, revela uma sondagem CM/Aximage. O inquérito concluiu que 45% dos portugueses acreditam que, nos próximos tempos, aconteçam motins violentos em Portugal. No entanto, a maioria dos entrevistados (52%) não prevê ocorrências no País semelhantes às que tiveram lugar no Reino Unido, no passado mês de Agosto. E 3% dos inquiridos não têm opinião. De qualquer modo, entre os 45% de portugueses que apostam num cenário de distúrbios em Portugal, 26,7% pensam que as forças de segurança nacionais não estão preparadas nem equipadas para lidar com este tipo de situações. Há, no entanto, 14,4% que acreditam nas capacidades dos agentes nacionais e 3,9% não têm opinião formada. A percepção dos portugueses relativamente à possibilidade de ocorrência de situações de violência no País tem vindo a aumentar nos últimos três meses, ainda que as flutuações sejam pouco significativas. Se em Dezembro 45% já acreditam nessa possibilidade, em Novembro apenas 37,6% dos inquiridos tinham respondido afirmativamente. Já em Outubro, a percentagem era ligeiramente superior, de 38,2%, mas inferior à actual convicção dos portugueses, entre os quais cresce o receio de motins. POLÍCIAS ESTÃO EM ALERTA Polícias e agentes do Serviço de Informações de Segurança (SIS) estão em alerta para eventuais tumultos sociais, em particular a partir de 2012, quando os portugueses irão sentir mais na pele os apertos impostos pela troika. O Ministério da Administração Interna, tutelado por Miguel Macedo, quer "antecipar e prevenir riscos" de eventuais situações de violência. Fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notici...iam-motins Progster |
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27-12-2011, 17:42
Mensagem: #568
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RE: Sendo verdade...
(26-12-2011 19:39)JPedrosa Escreveu:Citar:Que solução seria essa?Blade, Sei... e eu não sou contra! Mas alguém dúvida da ganancia dos envolvidos? Mas aquilo é uma ajuda? Claro que não é! É um aproveitamento da situação... é ganancia pura, em busca de lucros pornográficos! Mas olha que a Argentina fez isso... não pagou a dívida... e continua lá, não morreram nem desapareceram! E exportam... os mercados não se fecharam! "A recognised middle power, Argentina is Latin America's third-largest economy, with a "very high" rating on the Human development index. Within Latin America, Argentina has the fifth highest nominal GDP per capita and the highest in purchasing power terms. Analysts have argued that the country has a "foundation for future growth due to its market size, levels of foreign direct investment, and percentage of high-tech exports as share of total manufactured goods", and it is classed by investors as an emerging economy. Argentina is a founding member of the United Nations, Mercosur, the Union of South American Nations, the Organization of Ibero-American States, the World Bank Group and the World Trade Organization, and is one of the G-15 and G-20 major economies. FONTE: http://en.wikipedia.org/wiki/Argentina Logo... apesar de todos os cenários de catástrofe, que nos querem impingir, as coisas não são bem assim. O não pagar a dívida não é o fim... talvez até seja o início de algo melhor! |
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27-12-2011, 18:00
Mensagem: #569
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RE: Sendo verdade...
Portugueses perdem 5,4% de remuneração
Os portugueses vão perder 5,4 por cento de remuneração real em 2012, o valor mais significativo dos 27 países da União Europeia e o mais baixo desde 1985, alertou hoje o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE). A redução dos salários em simultâneo com a subida dos preços e dos impostos serão "uma combinação explosiva para muitos trabalhadores do sector público", vincou o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), acrescentando que "as medidas drásticas para os trabalhadores da administração pública vão provocar uma perda real da remuneração dos funcionários públicos e pensionistas, a partir de um vencimento bruto de 1.100 euros, de 14,3 por cento em termos nominais, a que acresce 3,1 por cento da taxa de inflação prevista". De acordo com as contas da estrutura sindical, "as remunerações reais por trabalhador para o total da economia deverão apresentar uma quebra de 5,4 por cento em 2012, representando o valor mais baixo desde 1985, o que constitui a quebra mais significativa do conjuntos dos 27 países da União Europeia e da zona euro". A redução do salário [decorrente da suspensão dos subsídios de férias e de natal] em simultâneo com a subida de preços e dos impostos, num contexto de elevado endividamento das famílias portuguesas, tenderão a ser uma combinação explosiva para muitos trabalhadores do setor público", alertou. Com o título "é isto que se quer para Portugal?", o sindicato dirigido por Bettencourt Picanço mostra que "é preciso regressar aos anos de 1983 e 1984 para se visualizar descidas tão importantes nos salários reais para o total da economia em Portugal", realçando que "o grande contributo para a perda de poder de compra dos trabalhadores em Portugal, em 2011 e 2012, deriva do elevado esforço feito pela generalidade dos trabalhadores da administração pública". O STE, aliás, já pediu ao Presidente da República que solicite a fiscalização preventiva da constitucionalidade dos cortes de subsídios aos funcionários públicos previstos no Orçamento do Estado para 2012. Fonte:http://www.dn.pt/inicio/economia/interio...id=2208018 Progster |
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27-12-2011, 18:23
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 27-12-2011 18:59 por BladeRunner.)
Mensagem: #570
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RE: Sendo verdade...
(27-12-2011 17:38)Progster Escreveu: Portugueses receiam motins Já aqui tinha dito que as forças de segurança tinham planos de contingência, e que as ordens, emanadas de muito acima, são de prevenção. Sejamos realistas... isto vai piorar, apesar da lenga-lenga do Pedro Passos Coelho, 2012 não vai ser o último ano de esforço e sacrifício! Eles venderam-nos... a troco de poder! Nada mais fazem a não ser medidas de austeridade. Nada para fomentar a Economia... e ainda vem mais austeridade e dificuldades... logo, sabem que correm o risco de conflitos sociais. Neste caso... os empregados deles são a PSP e mais alguns, que até baterem uns nos outros batem, como no tempo em que o emplastro deste presidente era primeiro ministro. Não contem é com os militares para os ajudar a "controlar" o povo, nem mudando as chefias, como estão a fazer! A 11 de Julho de 2011: Passos Coelho quer "Boys" de Sócrates fora... Depois de na campanha eleitoral, Pedro Passos Coelho ter garantido que não iria levar “boys” para o Executivo, agora o primeiro-ministro quer expulsar os “boys” socialistas. A 6 de Dezembro de 2011: Administradores hospitalares ligados ao PS substituídos por gestores do PSD e CDS A história repete-se. Em algumas das mais recentes nomeações para conselhos de administração de centros hospitalares voltou a acontecer a tradicional dança de cadeiras, apesar das recomendações da troika: saíram gestores do PS, entraram gestores com ligações ao PSD e ao CDS. E, noutras nomeações ainda em preparação, fervilham as movimentações partidárias para a escolha de militantes ou simpatizantes dos partidos no poder. |
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