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~~BladeRunner~~ · 07-02-2012, 23:22

Vítor Gaspar reduziu incentivos à poupança e agora queixa-se

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse hoje que a taxa de poupança em Portugal "é baixa quando comparada com a de outros países da zona euro", salientando que "os incentivos à poupança têm sido, até agora, insuficientes". No entanto, o Orçamento do Estado para 2012 de Gaspar é dos mais pobres em medidas de promoção do aforro: reduziu incentivos e aumentou a carga fiscal sobre depósitos e aplicações de poupança.

De facto, de acordo com dados da Comissão Europeia, a taxa de poupança bruta das famílias portuguesas (rendimento bruto em função do rendimento disponível) está ligeiramente abaixo da média europeia (num conjunto de 20 países com informação disponível para 2011). Cá a poupança ronda os 9,4% do rendimento disponível, mas a média europeia está em 10,6%.

A tendência dos últimos anos tem sido de redução da capacidade de poupança, mas a Comissão espera uma ligeira recuperação nos próximos anos. Até 9,6% em 2013.

As queixas de Vítor Gaspar contrastam com as medidas por si propostas no Orçamento e aprovadas pela maioria PSD/CDS-PP. Para além disso, a capacidade de poupar (que falta) a que se refere o ministro será tanto maior quanto mais rendimento as famílias tiverem, o que está seriamente posto em causa pelo aumento significativo dos impostos, pelas medidas de compressão salarial e pelo aumento de preços nas áreas da saúde e dos transportes, por exemplo.

A lista de medidas que travam a poupança que se segue foi elaborada recentemente pela PLMJ com base na análise à lei do OE. Quatro exemplos:

1. Aplicações a prazo

"Revogação dos benefícios fiscais atribuídos aos rendimentos de certificados de depósitos e de depósitos bancários constituídos por prazos superiores a cinco anos,
que não sejam negociáveis."

2. Poupança-reforma

"Foi, ainda, determinado que os benefícios fiscais previstos para a tributação das importâncias pagas pelos fundos de poupança-reforma fiquem sem efeito quando
o reembolso dos certificados ocorra fora das situações previstas na lei, passando o rendimento a ser tributado, autonomamente, à taxa de 21,5%."

3. Poupança-ações

"Determina-se que a diferença positiva entre o valor devido aquando do encerramento
dos planos de poupança em ações e as importâncias entregues pelo subscritor está sujeita a retenção na fonte à taxa liberatória de 21,5%, sem prejuízo da possibilidade
de englobamento, por opção do sujeito passivo, caso em que o imposto retido tem a natureza de pagamento por conta."

4. Rendimentos de depósitos e dividendos

"Prevê-se que a tributação de rendimentos de capitais (incluindo juros de depósitos e dividendos) e, bem assim, o saldo positivo entre mais e menosvalias
mobiliárias (categoria G) passem a estar sujeitos a uma taxa de 25%, em vez das anteriores taxas de 21,5% e de 20%, respectivamente."

FONTE: DinheiroVivo

~~BladeRunner~~ · 08-02-2012, 19:33

Um quarto da população portuguesa em risco de pobreza

O risco de pobreza ou exclusão social atingiu em 2010 25,3% dos portugueses, um número superior à média europeia, que é de 23,4%, indicam dados hoje divulgados pelo Eurostat.

De acordo com os números do gabinete de estatísticas da União Europeia (UE), há cerca de 115 milhões cidadãos europeus em risco de pobreza: perto de um em cada quatro.

Bulgária (42%), Roménia (41%) e Letónia (38%) são os países mais problemáticos a este nível. República Checa (14%), Suécia e Holanda (ambos com 15%) eram em 2010 os melhor cotados neste indicador divulgado hoje em Bruxelas.

Portugal, diz o Eurostat, viu a percentagem de pessoas em risco passar de 24,9% para 25,3% de 2009 para 2010.

FONTE: DN

~~BladeRunner~~ · 09-02-2012, 09:53

1,2 milhões de trabalhadores são pobres

A Eurostat conta dois milhões e 693 mil pobres em Portugal em 2010, mais 45 mil do que em 2009. A taxa de pobreza nos empregados por conta de outrem é a terceira maior da União Europeia. E está a subir. A par disto, cresce o desemprego e aumentam impostos.

Cálculos do JN/Dinheiro vivo, com base em dados do Eurostat e do INE, mostram que o número de trabalhadores pobres - que vivem com menos de 434 euros por mês - aumentou quase 12% entre 2009 e 2010. São mais 124 mil casos que engrossam este contingente total de 1,2 milhões de empregados pobres.

FONTE: JN

**progster**

(09-02-2012 09:53)BladeRunner Escreveu: 1,2 milhões de trabalhadores são pobres

A Eurostat conta dois milhões e 693 mil pobres em Portugal em 2010, mais 45 mil do que em 2009. A taxa de pobreza nos empregados por conta de outrem é a terceira maior da União Europeia. E está a subir. A par disto, cresce o desemprego e aumentam impostos.

Cálculos do JN/Dinheiro vivo, com base em dados do Eurostat e do INE, mostram que o número de trabalhadores pobres - que vivem com menos de 434 euros por mês - aumentou quase 12% entre 2009 e 2010. São mais 124 mil casos que engrossam este contingente total de 1,2 milhões de empregados pobres.

FONTE: JN

Como disse lá mais atrás e volto a repetir, não me parece que tenha sido aquilo que o "outro" queria dizer, mas e para evitar confusões não me interpretem mal, acho incrivél apesar de respeitar as opiniões de cada um, como é que haja quem "defenda" a ideia de que da mesma maneira como quem vive com muito se habitua a viver com esse valor, quem vive com pouco também se habitua a isso, como se houvesse diferença...

**progster**

http://www.tvi24.iol.pt/politica/prova-d...-4072.html

Não a discussão em si.

~~BladeRunner~~

(09-02-2012 12:28)Progster Escreveu:
(09-02-2012 09:53)BladeRunner Escreveu: 1,2 milhões de trabalhadores são pobres

A Eurostat conta dois milhões e 693 mil pobres em Portugal em 2010, mais 45 mil do que em 2009. A taxa de pobreza nos empregados por conta de outrem é a terceira maior da União Europeia. E está a subir. A par disto, cresce o desemprego e aumentam impostos.

Cálculos do JN/Dinheiro vivo, com base em dados do Eurostat e do INE, mostram que o número de trabalhadores pobres - que vivem com menos de 434 euros por mês - aumentou quase 12% entre 2009 e 2010. São mais 124 mil casos que engrossam este contingente total de 1,2 milhões de empregados pobres.

FONTE: JN

Como disse lá mais atrás e volto a repetir, não me parece que tenha sido aquilo que o "outro" queria dizer, mas e para evitar confusões não me interpretem mal, acho incrivél apesar de respeitar as opiniões de cada um, como é que haja quem "defenda" a ideia de que da mesma maneira como quem vive com muito se habitua a viver com esse valor, quem vive com pouco também se habitua a isso, como se houvesse diferença...

Progster... o problema não é esse.
Primeiro... para quem ganha 2,500 euros... a perda de x não tem o impacto que a mesma perda de x tem para quem ganha 600 ou 485 euros!
Segundo... quem ganha 600 ou 485 euros... já está no limite da pobreza, na realidade já o é, e mesmo um aumento de 2,5 euros num produto qualquer já faz imensa diferença! Para quem ganha 2,500 euros... ou 1,500 euros, aguenta muito melhor!
Porquê? Porque se quem tem menos tem ouvido a tese de que tem de se adaptar... então o mesmo serve para os que ganham mais e muito mais! Que se adaptem e se calem! E porquê, o calar? Porque mesmo com menos podem fazer frente à situação... os que pouco têm... já não o conseguem fazer!
Dai o impacto e a afronta que foram as declarações do emplastro do PR!
Aliás... ele tem mais rendimentos, várias contas de poupança, negócios escuros e bem rentáveis, imóveis de luxo, etc!
Está com dificuldades? Que venda a moradia de luxo...
Isto nesse caso... existem mais e muito mais!
Mas existe quem ache que este é o rumo certo! Cortar nos apoios sociais, aumentar impostos e retirar direitos, facilitar o despedimento, diminuir nos salários, aumentar a precariedade, ignorar a Economia e adorar a via fiscal... Austeridade mais Austeridade... os resultados estão à vista... e não é só cá...

(09-02-2012 14:34)Progster Escreveu: http://www.tvi24.iol.pt/politica/prova-d...-4072.html

Não a discussão em si.

Triste... mas é tique de direita! Já não é a primeira vez e não será a última!
Dele e de outros...

**progster** · 09-02-2012, 21:00

(09-02-2012 20:21)BladeRunner Escreveu: Progster... o problema não é esse.
Primeiro... para quem ganha 2,500 euros... a perda de x não tem o impacto que a mesma perda de x tem para quem ganha 600 ou 485 euros!
Segundo... quem ganha 600 ou 485 euros... já está no limite da pobreza, na realidade já o é, e mesmo um aumento de 2,5 euros num produto qualquer já faz imensa diferença! Para quem ganha 2,500 euros... ou 1,500 euros, aguenta muito melhor!
Porquê? Porque se quem tem menos tem ouvido a tese de que tem de se adaptar... então o mesmo serve para os que ganham mais e muito mais! Que se adaptem e se calem! E porquê, o calar? Porque mesmo com menos podem fazer frente à situação... os que pouco têm... já não o conseguem fazer!
Dai o impacto e a afronta que foram as declarações do emplastro do PR!
Aliás... ele tem mais rendimentos, várias contas de poupança, negócios escuros e bem rentáveis, imóveis de luxo, etc!
Está com dificuldades? Que venda a moradia de luxo...
Isto nesse caso... existem mais e muito mais!
Mas existe quem ache que este é o rumo certo! Cortar nos apoios sociais, aumentar impostos e retirar direitos, facilitar o despedimento, diminuir nos salários, aumentar a precariedade, ignorar a Economia e adorar a via fiscal... Austeridade mais Austeridade... os resultados estão à vista... e não é só cá

Exactamente o meu ponto de vista, o que me admira é que muita gente argumenta que quem vive de rendimentos mais baixos tem de se habituar, da mesma maneira que quem vive com grandes rendimentos também se habitua... como se houvesse diferença possível.

~~BladeRunner~~ · 09-02-2012, 23:37

E, entre fumadelas de marijuana... lá vão tendo uns vislumbres da realidade:

É verdade, nua e crua! É verdade e é factual, não pode ser desmentida, pois os factos assim o provam!

**progster** · 09-02-2012, 23:37

Olha outro coitadinho..................

Passos Coelho ao SOL: 'Não sou bem pago, mas não me queixo' [com vídeo]

Na segunda parte da entrevista exclusiva concedida pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho ao semanário SOL, sexta-feira nas bancas, o chefe do Executivo fala da vida privada e admite não ser bem pago, sem querer abrir um debate público sobre o tema. Leia o excerto.

Viaja em económica, mora na periferia de Lisboa, vai às compras ao supermercado, frequenta uma praia superlotada no Verão… Acha que é possível continuar a viver como uma pessoa comum?

Bem, faço isso menos, porque não tenho tanto tempo como antes. Neste ano que passou, as férias foram um simulacro de férias. Estive com a família cinco dias durante as férias. Mas é verdade que sou uma pessoa comum. Sou primeiro-ministro e isso não é comum, mas sou uma pessoa comum e, portanto, faço uma vida de acordo com as minhas disponibilidades e com aquilo que posso fazer. Não choro por causa disso. Vivo em Massamá porque foi para onde as minhas economias me conduziram. E a necessidade de ter um espaço adequado para a família, que era uma família grande. Vivo bem em Massamá, não tenho nenhum problema com isso, nem com a praia que frequento, nem com as compras que faço. Não vejo nenhuma necessidade de mudar as minhas rotinas, a não ser em aspectos muito contingentes, que não têm grande relevância.

Teve de mudar muito os hábitos quotidianos? Leva trabalho para casa?

A resposta é sim a tudo, mas isso não é novo. Tem muito a ver com a maneira como cada um de nós funciona. Quando estava nas empresas também levava trabalho para casa. Porque o dia era muito intenso e não permitia despachar um conjunto de matérias que necessitam de maior resguardo, menos telefonemas, menos despacho, mais reflexão. Isso é possível ter ao fim do dia em casa, à noite; não é possível ter num dia normal de trabalho. Isso não mudou, portanto. A forma como nos dedicamos às coisas tem que ver connosco, não tem que ver com os lugares.

(…)

Considera-se bem pago?

Não. Não creio que em Portugal os políticos que desempenham funções sejam bem pagos. Mas consideraria absolutamente inoportuno abrir-se essa discussão numa altura em que todo o país está a fazer sacrifícios e vive, de facto, com restrições muito grandes.[/b]Quando comparado com outros países europeus, não creio que os políticos portugueses sejam bem pagos, mas serão pagos ao nível daquilo que o país se pode permitir pagar nesta altura.

Mas ganha o suficiente para pagar as suas despesas…

Não vou fazer nenhum comentário a essa pergunta, porque iriam com certeza associar a resposta que eu desse a um episódio que ocorreu com uma declaração do Presidente da República. E eu não vou entrar nesse jogo...

Fonte:http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Inter...t_id=41127

Pronto, dá-me para rir...

LOL

Isto anda tudo maluco...., a "crise" anda a subir á cabeça de toda a gente.

~~BladeRunner~~

Sim, coitadinho! Não é bem pago!
Que dizer dos que ganham bem menos, e não têm as ajudas de custo, direito à reforma que o coitadinho vai ter...
Enfim... é um coitadinho!
O que revolta... é que nesta altura, de sacrifício, de pobreza galopante, de desemprego a aumentar, de usurpação de salários e direitos, vêm estes tipos com coisas destas.
São uns pobres coitados... ganham mal...
O pior... é que existe quem acredite e quem "emprenhe" pelos ouvidos!
Este "fedelho" devia era estar preocupado com o que OS PORTUGUESES ganham! E parece estar... muito preocupado, pois deve achar que ao contrário dele, coitadinho.. ganha mal, os restantes PORTUGUESES ganham muito e então, vai daí... mantém politicas de redução de salários e direitos! Aumenta a pobreza generalizada...
Já nem consigo escrever mais... "fedelho"...