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Sendo verdade...
15-05-2012, 01:09
Mensagem: #1041
RE: Sendo verdade...
Ninguém disse que eram todos, disseram para uma esmagadora maioria.
Não percebo porque ficas-te ofendido com isso.
Existem pessoas que não se encostam, mas infelizmente uma maioria encosta-se...tal como referi anteriormente, por essa mesma razão é que acho que o método como são aplicados os subsidios de desemprego deveriam de ser diferentes...bem diferentes.


Não se trata de grandes cidades ou aldeias, nas aldeias as pessoas não são tão consumistas, tem na realidade uma cultura completamente diferente, talvez por estarem mais envelhecidas e estarem habituadas a trabalhar no duro a vida toda...
Nunca contraíram e é impensável contrair um financiamento para pagar uma casa a 40anos...constroem eles e a medida que podem...
Mais uma vez, não dizendo que são todos...a esmagadora maioria de nós vive bem acima do que pode, aliás o próprio país vive acima do que pode...


Acredita que nem toda a gente tem tempo para reclamar...
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15-05-2012, 11:55
Mensagem: #1042
RE: Sendo verdade...
(15-05-2012 01:09)RaCcOn Escreveu:  Ninguém disse que eram todos, disseram para uma esmagadora maioria.
Não percebo porque ficas-te ofendido com isso.

A maneira como a "coisa", foi dita é o que dá a entender.
Quanto ao "ofendido", não foi no sentido literal da palavra, mas já também já expliquei o "porque".

Progster
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16-05-2012, 22:46
Mensagem: #1043
RE: Sendo verdade...
Governo diz que aumento do salário mínimo pode colocar em risco postos de trabalho

Documento enviado pelo Governo aos parceiros sociais cita dois estudos que referem que há poucas vantagens no crescimento da remuneração mínima para 500 euros, sobretudo ao nível da manutenção do emprego dos trabalhadores com baixos salários.

"O aumento do salário mínimo tem um efeito negativo no emprego de trabalhadores com salários baixos." Esta é uma das conclusões apontada pelo Governo no documento sobre a actualização da remuneração mínima para 2012, enviada aos parceiros sociais para discutir esta sexta-feira, em concertação social.

O texto refere dois estudos que sustentam, segundo o Governo, que há poucas vantagens no crescimento da remuneração mínima para 500 euros, sobretudo ao nível da manutenção do emprego dos trabalhadores com baixos salários. Os pequenos ganhos para os trabalhadores não compensam, segundo os estudos, as consequências na manutenção de empregos existentes.

Os trabalhos citados pelo Governo têm duas origens distintas: um dos estudos foi desenvolvido conjuntamente pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e pelo Núcleo de Investigação de Políticas Económicas da Universidade do Minho, ao passo que o Banco de Portugal é responsável por um outro trabalho.

A equipa do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Economia reconhece que o valor da actual remuneração mínima portuguesa - 485 euros - é inferior à de todos os países da Zona Euro, assim como Malta e Eslovénia.

Reconhece também que os trabalhadores por conta de outrem portugueses com mais de 18 anos estão mais expostos aos riscos de pobreza e exclusão social: 10,7% contra os 9,9% da média dos 27 Estados-membros e os 8,6% da Zona Euro.

As centrais sindicais reivindicam um aumento do salário mínimo para mais de 500 euros e o Executivo, apesar de reconhecer que é baixo em relação à média da União Europeia, cita estudos que mostram poucas vantagens num aumento.

Um em cada dez portugueses recebe o salário mínimo
O documento que os parceiros receberam prevê três cenários para a actualização do salário mínimo, que vão desde um decréscimo de 5% até a um crescimento de 3%.

Neste momento, 10,5% dos trabalhadores portugueses recebem 485 euros, uma percentagem que tem vindo aumentar há quatro anos. Em 2007, eram apenas 6%. As mulheres são quem mais recebe o salário mínimo e sobretudo em sectores como o têxtil.

No âmbito do acordo celebrado em 2006 entre o Governo e os parceiros sociais, a remuneração mínima passou de 403 euros em 2007 para 426 em 2008, 450 em 2009, 475 em 2010 e em 2011 deveria ter-se fixado em 500 euros, mas acabou por ficar nos 485.

A CGTP reivindica um aumento de 30 euros e a UGT considera que ainda este ano se podem passar os 500 euros.

Fonte:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.asp...&did=62594

LOL Ai o que eu me ri..., é sempre a mesma história.

Progster
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17-05-2012, 22:14
Mensagem: #1044
RE: Sendo verdade...
Então diz-me lá no teu ponto de vista o que deveriamos de fazer?

Aumentar os salários a desvairada aumentando ainda mais os custos para as empresas?
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17-05-2012, 22:50 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 17-05-2012 22:50 por progster.)
Mensagem: #1045
RE: Sendo verdade...
(17-05-2012 22:14)RaCcOn Escreveu:  Então diz-me lá no teu ponto de vista o que deveriamos de fazer?

Aumentar os salários a desvairada aumentando ainda mais os custos para as empresas?

EEK! ..., não me parece que um aumento de 15€ seja considerado um aumento "à desvairada", para ti podem ser cêntimos, para muita boa gente faz a diferença ao fim do mês.

Desde que me lembro, sempre se ouviu o dito por não dito, dizer que o salário mínimo iria aumentar, para depois "aparecer" sempre a mesma desculpa com palavras diferentes. Enfim...

P.S.: Não te esqueças de que o mundo não gira à volta das empresas. Wink

Progster
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17-05-2012, 23:42
Mensagem: #1046
RE: Sendo verdade...
Lá estamos nós, em caso algum disse que 15€ não faziam falta a ninguém, a mim também fazem claro...não sou mais nem menos que ninguém.

15€ por funcionário faz muita diferença as empresas e pode ser um factor decisivo entre o manter as portas abertas ou fechar...ou então entre manter um funcionário ou despedir o mesmo.

Relativo ao mundo girar a volta das empresas, lembra-te que quem te dá trabalho são empresas...não particulares.
Quem te paga um salário ao final do mês, são empresas...
Quem paga mais impostos neste país, são empresas...

O mundo não gira a volta de empresas, mas se não forem elas a economia estagna... Wink
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18-05-2012, 12:14
Mensagem: #1047
RE: Sendo verdade...
É mesmo, "lá estamos nós"..., em caso algum disse que se não forem as empresas a economia estagna Wink, e tu percebeste bem o que eu queria dizer, mas... por qualquer eventualidade, quando começo por falar nas pessoas que são as engrenagens da "empresa", (sem elas a "empresa" nem sequer existiria), falas quase sempre nas empresas como se as pessoas nem sequer fizessem parte do todo, era aqui que queria chegar...

Quando se fala num aumento de uns míseros 15€, é o caos autentico para as empresas, é os custos, custos e mais custos, e a velha questão "assustadora" (dirigida ao trabalhador) do manter o posto de trabalho, agora quando é a empresa (sem generalizar) a "pedir" aos trabalhadores para literalmente trabalharem para aquecer com a história da "sobrevivência" da empresa, da "segurança" do posto de trabalho, etc,etc,etc..., ai já está tudo bem. Enfim...

Sim..., quem me dá trabalho são as empresas, quem me paga o "salário" são as empresas, quem paga mais impostos até podem ser as empresas, mas o mesmo não lhes dá o direito (sem generalizar), de "andarem com o chicote na mão", de "antagonizarem" os trabalhadores acerca da segurança do posto de trabalho, etc,etc,etc...

Progster
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18-05-2012, 15:02
Mensagem: #1048
RE: Sendo verdade...
Atenção que em caso algum defendi que se ameace os funcionários com despedimentos e afins...

O que estou aqui a dizer é que se são tão importantes 15€ para o trabalhador para a empresa também o são, e que esses mesmos 15€ multiplicados por não sei quantos funcionários pode ser um factor decisivo entre manter portas abertas ou não, ou despedir ou não.
Repara que eu sempre fui e continuo a ser apologista da empresa pagar e pagar bem a um funcionário, mas nisto estamos a falar de empresas que se encontram bem de saúde...não quer dizer que quem paga o salário mínimo esteja mal de saúde mas na maioria dos casos deverá ser assim.

Nem vou dizer que se as pessoas querem receber mais tem de ser mais produtivas, se não voltamos a conversa de que somos todos produtivos e que se tem de criar condições para que se possa ser mais produtivos...

Simplesmente, creio que com o modelo actual de impostos que são aplicados ás empresas não existe sequer hipótese de pensarmos num aumento do salário mínimo pois isso seria o descalabro total.
Ou aumentavam os preços dos produtos, deixando de haver competitividade e baixando ainda mais o poder de compra do povo, ou fechavam portas mandando mais uns milhares para o desemprego...
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18-05-2012, 15:42 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 18-05-2012 15:43 por progster.)
Mensagem: #1049
RE: Sendo verdade...
Sem generalizar, ainda mais produtivos???. Nem vou mais longe e dou-te o meu exemplo, eu em 4 horas tenho de fazer o trabalho que se fazia em 8 horas..., não que me esteja a queixar do trabalho, muito pelo contrário. Agora tira a tua conclusão.

Ah! E mais eu nem o salário mínimo recebo. Wink

Progster
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18-05-2012, 17:15
Mensagem: #1050
RE: Sendo verdade...
Não vou mais longe, a uns tempos uma pessoa minha conhecida no ramo imobiliário decidiu medir a produtividade das pessoas que trabalhavam com ele durante um mês inteiro...

Durante esse mesmo mês fez as respectivas medidas e foi realizando relatórios diários acerca de cada uma das pessoas em questão...

A brilhante conclusão a que chegou é que a pessoa mais produtiva da equipa, apenas era produtiva durante 2 horas por dia em média...isto de 8 horas de trabalho contabilizados.

Outro exemplo,

Em tempos fui até uma loja de uma cadeia de lojas bastante conhecida, estive lá no meio da loja na conversa com o gerente e até cheguei a falar com alguns dos colaboradores...enquanto esperava por um documento e mais umas coisas reparo num dos funcionários a arrumar um linear de MP3.
A tarefa era mudar o linear em questão de lugar dentro da loja de modo a torna-lo mais atractivo...
Então o funcionário em questão, pegava em 3/4 caixas e lá ia ele percorrer cerca de 5/10metros até ao novo local, voltava para trás e pegava em mais 3/4 caixas e lá ia ele outra vez...
Entretanto vem o gerente, vê aquilo e pede a mais um funcionário para o ir ajudar pois ainda haviam bastantes caixas para levar para o outro lado...

Onde está o mal perguntas tu?

Porque é que ao invés de as pessoas pegarem numa tarefa e "Vamos fazer" não pensam antes?
Sugeri então eu que fossem buscar um porta-paletes com uma palete vazia em cima, colocavam as caixas praticamente todas de uma só vez lá em cima e levavam para o novo local...
Em menos de 10 minutos uma única pessoa fez uma tarefa que ia demorar pelo menos 1 hora a duas pessoas...

Quanto ao resto, não se trata de uma questão de queixar do trabalho ou assim...todos nós sem excepção achamos sempre que fazemos muito...

Se alguém tiver um trabalho em que estejas a fechar caixas e te sejam dadas 50caixas por hora para fechar, essa pessoa vai achar que é muito trabalho para apenas uma pessoa...entretanto baixam a carga para 30caixas/hora, ao inicio até nem diz nada mas algum tempo depois já acha que é muito para uma pessoa só...
Baixam então a carga para 10caixas por hora, e possivelmente continuará a reclamar...
Se entretanto aumentarem a carga para 50caixas novamente, vai ser um Deus nos acuda...pois vai ter a ideia de estar a fazer o trabalho de 5 pessoas...

E já agora, produtividade é diferente de trabalhar muito...podes trabalhar muito e não ser produtivo e podes trabalhar pouco e ter uma produtividade muito alta...
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