Sendo verdade...
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11-09-2012, 18:34
Mensagem: #1231
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RE: Sendo verdade...
O que as empresas deixam de pagar ao estado, é basicamente o que os trabalhadores irão pagar, mais coisa menos coisa. Em termos de dinheiro que entra para o estado, não será o mesmo que actualmente?
Consequentemente, havendo menor poder de compra, menos compras serão feitas, logo IVA's e afins também irão baixar, logo menos dinheiro nos cofres do estado. Não se entende quem faz as contas por lá. Regra básica da "economia": dinheiro gera dinheiro, muito simples. |
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11-09-2012, 18:37
Mensagem: #1232
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RE: Sendo verdade...
(11-09-2012 18:34)LoRDByRon Escreveu: Não se entende quem faz as contas por lá. Mesmo... E ainda não vi como é que isto vai combater o desemprego. Progster |
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11-09-2012, 18:59
Mensagem: #1233
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RE: Sendo verdade... | |||
11-09-2012, 19:07
Mensagem: #1234
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RE: Sendo verdade...
Eu acho é que a única intenção foi esta:
"Troika" dá mais tempo a Portugal, mas não dá mais dinheiro País tem mais um ano para cumprir o défice. Pensões vão ser cortadas, escalões de IRS vão ser alterados e transferências do Estado para as fundações vão ser reduzidas. O ministro das Finanças revelou esta terça-feira que a "troika" acordou dar mais tempo a Portugal para cumprir as metas do défice. Vítor Gaspar detalha que o objectivo de 3% para é adiado por um ano e que as metas do défice orçamental passam a estar em 5% para 2012, 4,5% para 2013 e 2,5% para 2014. Apesar de aceder ao alargamento dos prazos, a "troika" não vai dar mais dinheiro. O ministro das Finanças referiu que "o aumento do desemprego e a composição do ajustamento interno", entre outros factores, "aumentaram o esforço necessário para atingir a prazo as metas". Por isso, precisou, "foi acordada a revisão dos limites do défice orçamental em percentagem do PIB". Vítor Gaspar anunciou ainda más notícias para quem ganha pensões. "Será aplicada uma redução adicional às pensões", disse. O ministro precisou também que o Executivo pretende introduzir regras mais exigentes no acesso às prestações sociais, como o subsídio de desemprego e o rendimento social de inserção. As medidas neste campo "serão ainda objecto de discussão com parceiros sociais ,em sede própria". "Racionalização" na função pública Quanto à redução da despesa pública, Vítor Gaspar referiu que o Governo irá "continuar o esforço de racionalização", salientando o "processo de racionalização dos funcionários públicos, que "será acelerado". "Em matéria de regimes laborais", disse o ministro, "procederemos à convergência do sector público com o privado", inclusivamente no que toca aos regimes de contribuição para a Segurança Social. O Governo quer "racionalizações significativas, tanto na Segurança Social como na Caixa Geral de Aposentações", assegurando que os "recursos escassos sejam direccionados para os realmente mais vulneráveis", defendeu o ministro. Redução dos escalões de IRS e cortes para as fundações Vítor Gaspar anunciou ainda a redução dos escalões de IRS, destacando que a taxa mais alta vai continuar a ser de 46,5%, à qual se acrescenta uma taxa de solidariedade de 2,5 pontos percentuais. "Salvaguarda-se a manutenção dos limites actuais para os escalões mínimos", assegurou Vítor Gaspar, e o "imposto mantém-se progressivo, o que vai permitir apoiar 2,6 milhões de famílias com rendimentos mais baixos". Vítor Gaspar afirmou também que "serão substancialmente reduzidas as transferências do Estado para as fundações". A este propósito, vão ser tomadas decisões no conselho de ministros desta quinta-feira, no sentido da "extinção de fundações, redução ou cessação de apoios". "Quanto às parcerias público-privadas", acrescentou Gaspar, "trabalharemos para diminuir os encargos públicos". "Já conseguimos uma poupança de mil milhões de euros através das negociações das subconcessões", precisou. "Até final de Dezembro", garante, "teremos uma estratégia para os restantes contratos". Fonte:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.asp...&did=76943 E uma das próximas é que já não é em 2013 o "principio do fim". Mais uma vez irá ser o dito por não dito. Progster |
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11-09-2012, 20:09
Mensagem: #1235
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RE: Sendo verdade...
Críticas à austeridade de Passos Coelho crescem dentro do PSD
Figuras do partido no poder estão descontentes com a dimensão das medidas do governo, reclamam a distribuição dos sacrifícios a outros setores da economia e confirmam que a diminuição da TSU não vai criar emprego. “Sinto uma grande revolta dentro do PSD, porque o primeiro-ministro foi longe demais. Estas medidas deviam ser as últimas a ser tomadas porque não se vê da parte do Governo vontade em acabar, por exemplo, com os benefícios fiscais das fundações”, adiantou um deputado social-democrata citado pela edição impressa de terça-feira do jornal Público. Já no domingo, Marcelo Rebelo de Sousa, antigo líder do PSD, acusou Passos Coelho, no seu habitual comentário na TVI, de ser um primeiro-ministro "impreparado" e de ter feito um discurso ao país "no mínimo descuidado e no máximo desastroso". A Juventude Social Democrata (JSD) exigiu na segunda-feira ao Governo que aumente a equidade na distribuição dos sacrifícios, sugerindo a aplicação de um imposto extraordinário às empresas beneficiadas por rendas excessivas, cortes na despesa e negociação das parcerias público-privadas no setor rodoviário. Já o conselho diretivo dos Trabalhadores Sociais Democratas (TSD) diz que as medidas anunciadas "transmitem a incómoda sensação de se onerarem os rendimentos do trabalho e, ao invés, desonerarem os rendimentos do capital. Tal sensação vem minar a indispensável confiança que tem de existir entre governantes e governados", escreve o jornal. As declarações destes dois órgãos ligados ao partido do governo surgem dias depois da comunicação do primeiro-ministro, na sexta-feira. Pedro Passos Coelho anunciou que todos os trabalhadores, dos setores público e privado, passarão a descontar 18 por cento para a Segurança Social, em vez dos atuais 11 por cento. Em contrapartida, descem as contribuições das empresas. A Taxa Social Única diminui de 23,75% para 18%, uma medida pedida pela Troika. Com isto, o governo espera compensar o chumbo do constitucional relativo ao corte dos subsídios da função pública em 2013 e, ao mesmo tempo, combater o desemprego. Entretanto, várias personalidades do PSD já confirmaram que a mexida na TSU não vai gerar emprego. Um deputado, que não é identificado pelo diário, declarou que o primeiro-ministro foi mal informado sobre os efeitos das medidas que anunciou, advertindo que a taxa acrescida de 7% não pode ser imposta. O deputado avisa que a medida tem de ser negociada em sede de concertação social, porque "não se pode delapidar e esmagar o poder de compra das famílias, massacrando-as". Fonte:http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/..._4805.html Olha, olha que as comadres ainda se zangam... Progster |
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11-09-2012, 21:26
Mensagem: #1236
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RE: Sendo verdade...
Nações Unidas contra aumento de impostos às famílias
A Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento é contra o aumento de impostos em tempos de crise. Defende, aliás, uma redução das contribuições A Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) mostrou-se hoje contra o aumento de impostos em tempos de crise e chegou mesmo a aconselhar uma redução das contribuições das famílias para reduzir as desigualdades e estimular o consumo. "Não aumentaria os impostos num momento de recessão, não é uma boa ideia aumentá-los, exceto talvez em certas taxas desde que não tenham impacto sobre a procura", disse o diretor da divisão de estratégias de desenvolvimento da UNCTAD, Heiner Flassbeck, numa conferência de imprensa. Heiner Flassbeck explicou que a redução dos impostos às empresas seria "a coisa mais estúpida", e que "os negócios não são determinados por impostos, mas pela procura", pelo que defendeu um corte de impostos às famílias já que esta medida "seria sim um grande benefício para as empresas e os governos". Fonte:http://visao.sapo.pt/nacoes-unidas-contr...z26C8rIO6k Progster |
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11-09-2012, 22:49
Mensagem: #1237
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RE: Sendo verdade...
"Medidas anunciadas são suficientes"
Ministro das Finanças disse hoje na SIC que o Orçamento para 2013 não trará "quaisquer surpresas". Vítor Gaspar sinalizou esta noite que do Orçamento para o próximo ano não constará medidas de austeridade além das anunciadas nos últimos dias. "Eu esperaria que o Orçamento para 2013 não traga quaisquer surpresas", assegurou o governante, reforçando que "as medidas que foram anunciadas hoje são suficientes para conseguir os efeitos esperados" e foram criadas para responder "a ventos contrários de grande relevância" relacionados "com as características do próprio processo de ajustamento, mas também com a crise global". Questionado sobre se apresentará a sua demissão se as medidas se revelarem insuficientes para chegar às novas metas - défices de 5% este ano, 4,5% no próximo e de 2,5% em 2014 - , Gaspar responde ser "grande partidário de assumir as minhas responsabilidades" mas sublinha ao mesmo tempo que "as previsões económicas são falíveis e não faz sentido colocar a questão nesses termos". Em entrevista à SIC, o governante saiu em defesa do corte da taxa social única (TSU), apelou às empresas para repercutirem essa poupança nos preços cobrados aos consumidores e reconheceu o atraso nas renegociações das Parcerias Público Privadas (PPP). Sobre o corte da TSU, Gaspar refutou que a medida foi uma exigência da ‘troika' como moeda de troca a mais um ano para cumprir as metas do défice - "não existe qualquer relação entre uma coisa e outra" -, e reiterou que será criado "um mecanismo de forma a ser garantido que estes recursos ficam na empresa e não são distribuídos aos seus accionistas e proprietários". Questionado sobre se a medida terá efeitos nos preços em bens como a electricidade, o ministro das Finanças replicou dizendo que "há sectores que não dependem directamente do governo" e deixou ainda um apelo, primeiro às empresas e depois aos reguladores, para que a poupança com a TSU tenha repercussões nos preços cobrados ao consumidor, uma diminuição que classificou de "crucial". Na mesma entrevista, Gaspar admitiu algum atraso na renegociação das PPP. "Deve-se actuar o mais depressa possível. Num mundo ideal teria sido possível realizar progressos mais rapidamente do que conseguimos. Queremos conseguir os resultados tão cedo quanto possível, não foi possível até agora avançar mais depressa", argumentou num assunto com relação directa com o Ministério de Álvaro Santos Pereira. Fonte:http://economico.sapo.pt/noticias/medida...51581.html´ Eu logo vi que tinha sido moeda de troca... Ainda me lembro do "...Portugal não precisa de mais tempo nem dinheiro...", enfim mais uma vez é o dito por não dito. Progster |
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11-09-2012, 23:51
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 11-09-2012 23:59 por RaCcOn.)
Mensagem: #1238
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RE: Sendo verdade...
(11-09-2012 18:33)Progster Escreveu: Eu concordo com o @JPedrosa, e apesar de perceber o que queres dizer, para quem ganha e de acordo com o teu exemplo 100000€ é muito mais fácil de suportar do que quem ganha 1000€. Verdade que pode, mas e porque vivemos numa sociedade justa, todos temos de contribuir exactamente da mesma forma, logo quer ganhes 1000 ou 1000000 deverás contribuir exactamente com o mesmo. Chamem-me maluco ou seja lá o que for, mas não é justo alguém pagar mais só porque ganha mais...seria o mesmo que ir fazer as compras ao hipermercado e escalonarem os preços dos produtos... O preço do leite seria: 10.000€ + - 1.30€ 5.000 até 9.999€ - 1.10€ 2.500€ até 4.999€ - 0.95€ e por aí fora... É justo?Não!Se todos usufruímos do mesmo na comunidade, devemos todos de contribuir com o mesmo. (11-09-2012 18:34)LoRDByRon Escreveu: O que as empresas deixam de pagar ao estado, é basicamente o que os trabalhadores irão pagar, mais coisa menos coisa. Em termos de dinheiro que entra para o estado, não será o mesmo que actualmente? Creio que a ideia seria baixar a carga de impostos que as empresas tem...coisa que se tem vindo a falar desde que me conheço e que nunca aconteceu... Baixar a carga de impostos que as empresas tem é excelente do ponto de vista económico, no entanto não é desta forma...deixam de pagar uns para pagar os outros... (11-09-2012 18:59)LoRDByRon Escreveu: Pensam que os "anjinhos" das empresas grandes irão criar mais emprego e não meter ao bolso este "desconto". Que ingénuos... Não tens mesmo a mínima das ideias do que é gerir uma empresa pois não?Tu e a maioria dos portugueses. Independentemente da empresa ser grande ou pequena, a situação é semelhante, não creio que andem aqui empresas a nadar em lucros avultados e o que muitas vezes se vê como um desconto brutal é uma forma de obter liquidez...ou pensas que se fazem promoções porque sim? |
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12-09-2012, 01:21
Mensagem: #1239
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RE: Sendo verdade...
RaCcon, que tem isto a ver com gestão de empresas? As empresas estão no mercado para lucrar, apenas e só isso. E é o que esta medida alimenta.
Esta medida na prática e segundo o governo é para fomentar a criação de emprego. Conhecendo a realidade portuguesa e das suas empresas, vai ser exactamente o contrário que irá acontecer, infelizmente, sendo eu gestor ou não, percebendo ou não, por isso não venhas com histórias. Daqui a uns meses voltas cá, lês o que eu escrevi e comparas os números de desemprego e verás a diferença. Tomando como exemplo o caso do PingoDoce com os pagamentos por MB, qual foi logo a redução de despesa que houve com essa medida? Foi para criar emprego? Certamente que não. Foi apenas mais uma forma de maximizar os lucros, por isso não venhas com histórias nem acusações cegas sobre a nossa realidade económica. |
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12-09-2012, 10:14
Mensagem: #1240
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RE: Sendo verdade...
LordByRon,
Por vezes pergunto-me se não seria melhor as pessoas terem obrigatoriamente uma disciplina de gestão financeira / gestão de empresas na escola para que consigam perceber como é que as coisas funcionam. Ora vamos lá ver, a ideia do governo não é má, retirar carga fiscal as empresas é bom...como tu que estás muito bem informado certamente deverás saber que as empresas levam com uma carga fiscal brutal comparada com qualquer outra entidade particular. Deverás ainda saber que na situação atual as empresas de uma forma geral não estão bem de saúde, e tudo isso devido a quê? - Carga de impostos elevada para eles próprios - Carga de impostos elevada para particulares - Concorrência desenfreada e quase descontrolada que faz baixar as margens de lucro brutalmente Basicamente serão estes os pontos principais... Ora se uma empresa tem de pagar muitos impostos, irá certamente ter de aumentar as margens de lucro, mas como a concorrência não deixa se não ficam sem mercado, pagam menos aos funcionários, funcionários esses que vão comprar na empresa e que como recebem menos, comprarão menos...logo darão menos lucro a empresa. Entendes? O que está mal no meio de tudo isto é efetivamente o aumentarem a carga de impostos incutida as empresas aos particulares de forma similar pois estes terão menos dinheiro no bolso, e consequentemente irão comprar menos, gerando menos lucro para a empresa e por aí fora. Como é óbvio, uma empresa que está a ultrapassar dificuldades ou pretende atingir determinada meta, irá cortar nas despesas...isto acontece também em nossa casa quando dizemos que pretendemos comprar aquele carro e que temos de juntar dinheiro para o mesmo ou quando as contas já são tantas que o orçamento que temos começa a apertar... E o que fazemos nós?Cortamos nas despesas superfulas e minimizamos nos essenciais... Pegando no caso do Pingo Doce... Certamente que o grupo estaria a necessitar de baixar os custos para aumentar os lucros, nesse caso há que tomar decisões. Uma delas é despedir funcionários colocando outros a fazer o trabalho dele e daqueles que foram despedidos, a outra é cortar nas despesas necessárias mas que podem ser cortadas... Ora no meio de tudo isto houve um carolas que se lembrou de que se apenas aceitassem pagamentos via multibanco com valores superior a 20€ iriam poupar imenso dinheiro não tendo a necessidade de despedir pessoas e possivelmente até poderiam contratar outras tantas ou até mesmo quem sabe abrir novas lojas e investir em campanhas novas. Ao mesmo tempo e como se não bastasse, matava dois coelhos de uma cajadada só, pois iria fazer pressão sobre a redeunicre para que as taxas cobradas(que são exageradamente altas para pagamentos de baixo custo) fossem renegociadas... Porreiro não? No final do ano, poupasse 5 milhões de Euros, não se despedem pessoas, tem-se dinheiro para novos investimentos e todos ficam a ganhar... Há que saber ver as coisas de outra prestativa, e não apenas a do "coitadinho" que trabalha 8 horas por dia e que tudo e todos estão contra ele... Concluindo, esta medida não vai trazer lucros para as empresas mas sim mais prejuízo, menos clientes, menos liquidez e consequentemente mais empresas a fechar e mais desemprego... Como empresário digo, espero bem que esta medida não seja aprovada. |
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