Sendo verdade...
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12-09-2012, 10:32
Mensagem: #1241
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RE: Sendo verdade...
Então basicamente estamos na mesma página, embora eu não tenha sido tão eloquente, prosado e teórico como tu.
O que tu disseste, está bem correcto e serviria na perfeição para a tal disciplina que apregoas. O problema é a prática, pois está mais que provado que cá em Portugal as coisa funcionam praticamente ao contrário, e a história repete-se vezes sem conta. Será dos maus gestores que tinhamos antigamente? Neste momento, essa geração de maus gestores praticamente já não existe, mas boa gestão neste país é irrisória, e com o exemplo do nosso "adorado" governo talvez se entenda. Esta medida até nem é má pensada, mas a maneira que a querem implementar é que está errada. Cortar na TSU para as empresas sim, mas por exemplo uma boa medida era escalonar isto em relação a criação real de emprego: empregados novos teriam um desconto maior, progressivamente com o tempo de trabalho. Mas novamente, conhecendo o país, de 6 em 6 meses teríamos empregados novos nas empresas. E os antigos não teriam este desconto e consequentemente despedidos. E isto é a "rotação" de empregos que o governo pretende, ve-se lá fora e vai apregoando, o grande problema é novamente ser Portugal, as "coisas" não funcionam da mesma maneira. Quanto a tua frase final, correctíssimo, DINHEIRO GERA DINHEIRO, tão simples mas eles não entendem. |
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12-09-2012, 13:00
Mensagem: #1242
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RE: Sendo verdade...
Não creio que tenha sido teórico, os números estão lá e são corretos...no entanto como tu dizes e é tenho de concordar são os maus gestores...
Eles ainda hoje existem, esta nova geração de gestores são tão maus ou piores que os anteriores e assim continuará até que se caia na total "desgraça" e se consiga perceber que se tem de fazer as coisas de outra forma. Já aqui referi isto centenas de vezes e até quase me chamaram de maluco...mas aqui só conseguimos ver o lucro a curto prazo...seja empresas, funcionários, desempregados e até mesmo o Governo. Este é mais um exemplo disso, do género do vamos lá cobrar 18% ao invés de 11% aos funcionários para podermos tirar as empresas a mesma carga... Do ponto de vista do empresário que olha para o lucro a curto prazo, esta medida é excelente...afinal de contas vais poupar uns trocos com cada funcionário todos os meses...mas quando se aperceberem das consequências desse lucro a longo prazo... O mesmo se passa com todos nós, de uma forma geral e felizmente não sendo todos, o que importa é o hoje, o amanhã que se lixe. Do que referes de ser cá, não te preocupes que fora de Portugal é igual...só muda o idioma em alguns casos. Do ultimo comentário, eles perceber até percebem, só que a solução que nós falamos só vai dar lucro a médio/longo prazo. |
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12-09-2012, 13:17
Mensagem: #1243
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RE: Sendo verdade...
Subscrevo.
Estamos da maneira que estamos muito por causa do lucro rápido, querem ganhar tudo de uma vez e muitos estão agora na penúria. Isto viu-se muito bem quando entrou a moeda única: praticamente em todos os produtos o preço dobrou do que era em escudos, muita gente refugiando-se na ignorância da conversão que o povo fazia dobrou literalmente os preços. O caso mais flagrante e corriqueiro é o de um café/bica/cimbalino. No entanto, o dinheiro que entra nos bolsos não dobrou Esta suposta crise pelo menos tem uma coisa de positivo: coloca a vista esses fracos gestores e respectivas empresas "fracas" que vão á falência pelas razões ditas, e sobrevivem as poucas que tem bases sólidas estabelecidas. |
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12-09-2012, 14:59
Mensagem: #1244
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RE: Sendo verdade...
Sim isso acontece, e lembra-te também que em tempo de crise é que surgem as melhores oportunidades...é no momento em que tudo se inverte, ricos passam a pobres e vice-versa.
C'est lá vie. Outro dos problemas que temos, e que vem de encontro aquilo que referimos do lucro rápido, é o acesso ao financiamento... Quero comprar isto...não tenho dinheiro, não faz mal...peço um crédito... Amanhã posso pagar?Não importa, o que importa é que hoje tenho isto. A juntar a isto tens a questão das empresas que viviam através do financiamento...já deviam de ter falido a muito tempo mas houve sempre alguém que financiou a empresa em questão para que ela pudesse durar mais 2/3/5 anos... Agora isso também está a acabar, o acesso ao financiamento é cada vez mais difícil. |
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12-09-2012, 18:31
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 12-09-2012 18:36 por progster.)
Mensagem: #1245
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RE: Sendo verdade...
(11-09-2012 23:51)RaCcOn Escreveu:(11-09-2012 18:33)Progster Escreveu: Eu concordo com o @JPedrosa, e apesar de perceber o que queres dizer, para quem ganha e de acordo com o teu exemplo 100000€ é muito mais fácil de suportar do que quem ganha 1000€. Achas mesmo que ainda vivemos numa sociedade justa?... Não é isso que se vê pois não? Entre outras situações: - Quem tem baixos rendimentos vai perder bem mais do que um salário. - Quem está a recibos verdes vai passar a descontar ainda mais. Onde é que isto é justo? Qual é a qualidade de vida destas pessoas?. (11-09-2012 23:51)RaCcOn Escreveu: Baixar a carga de impostos que as empresas tem é excelente do ponto de vista económico, no entanto não é desta forma...deixam de pagar uns para pagar os outros... Pelas tuas próprias palavras não vivemos numa sociedade justa. (11-09-2012 18:59)LoRDByRon Escreveu: Pensam que os "anjinhos" das empresas grandes irão criar mais emprego e não meter ao bolso este "desconto". Que ingénuos... Definitivamente isto não vai criar emprego, muito pelo contrário. Progster |
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13-09-2012, 10:27
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 13-09-2012 10:28 por progster.)
Mensagem: #1246
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RE: Sendo verdade...
Economia portuguesa não sobrevive só com austeridade, avisa chefe da missão do FMI
Não foi por exigência da "troika" que o Governo decidiu aumentar a contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social e baixá-la para as empresas. O chefe da missão do FMI garante que a ideia foi do Executivo. Em entrevista ao Público, Abebe Selassie diz ainda que a economia não vai sobreviver se só houver austeridade e que a simples redução dos salários não vai resolver o problema da crise. "Sempre disse que era muito importante ter uma melhoria da produtividade e uma contenção salarial. Mas se houver apenas austeridade, a economia não vai sobreviver. É imperativo que tenhamos também reformas que melhorem a produtividade. Boa parte do esforço do programa é nesse sentido. Resolver o problema da competitividade simplesmente reduzindo os salários não vai resultar", afirmou. Abebe Selassie deslocou-se a Portugal no âmbito da quinta avaliação da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) ao plano de ajustamento da economia portuguesa, concluída na terça-feira, de que resultou um adiamento das metas para reduzir o défice. O Governo anunciou, entretanto, novas medidas de austeridade, incluindo a redução da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas e o aumento das contribuições dos trabalhadores para a segurança social. Na entrevista ao Público, Abbe Selassie negou que a redução da TSU tenha sido uma exigência da 'troika' para conceder mais um ano ao plano de ajuda a Portugal. Houve várias medidas orçamentais discutidas no âmbito do Orçamento do Estado (OE) de 2013. A Taxa Social Única foi uma delas. Mas, não, não foi nenhuma condição para mais nada. Foi uma ideia posta sobre a mesa. Achamos que é razoável e apoiamo-la", afirmou. Segundo Selassie, o Governo decidira anteriormente não avançar com o corte da TSU, mas a ideia foi retomada "na sequência da decisão do Tribunal Constitucional sobre os cortes dos subsídios". Selassie disse também que a 'troika' está convencida de que esta medida "irá suportar a procura de emprego", embora reconhecendo que terá impacto sobre os rendimentos disponíveis. "Imagino que esta seja uma das medidas mais difíceis que o Governo já tomou até aqui. E insisto: nesta conjuntura, qualquer outra medida que tivesse sido tomada teria gerado o mesmo debate", disse. O chefe da missão do FMI rejeitou que Portugal esteja a ser sujeito a uma experiência económica e disse que o ajustamento orçamental se deve aos "desequilíbrios perigosos que a economia portuguesa acumulou desde 2001". Sobre a possibilidade de o PS votar contra o Orçamento de Estado, Selassie disse que "a base alargada de consenso social e político é importante", mas que se trata de "uma questão de política doméstica interna". "Vemos o programa a correr bem até ao momento. Portugal ganhou credibilidade crescente pela forma como o programa foi implementado", acrescentou. Fonte:http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012...sao-do-fmi Cá está mais uma vez o dito por não dito... Progster |
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13-09-2012, 11:06
Mensagem: #1247
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RE: Sendo verdade...
Citar:Descobri este texto de uma portuguesa de 32 anos, uma cidadã que diz o que sente e pensa a partir da sexta-feira passada. É um texto impressionante, que vivamente recomendo. Leiam, por favor, até ao fim. Fonte |
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13-09-2012, 11:56
Mensagem: #1248
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RE: Sendo verdade...
Apoiado.
E sai uma vénia. Progster |
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13-09-2012, 12:08
Mensagem: #1249
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RE: Sendo verdade...
Parei de ler na parte de "Nunca fui a uma manifestação. Nunca me insurgi."
Agora que lhe apertam os calos é que diz alguma coisa. Mais do mesmo, falam falam, fazer alguma coisa tá quieto. Não que as manifs como são feitas em Portugal sirvam para alguma coisa. É apenas mais um "abutre" ou talvez "papagaio" que aparece com a crise e medidas que lhe tocam. Quando a poeira assenta, desaparecem. Estranho é o "género" do autor do texto: dizem que vem duma cidadã, trata-se no masculino, fala no feminino. |
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13-09-2012, 14:03
Mensagem: #1250
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RE: Sendo verdade...
Também apanhei esse pormenor, mas e em todo o caso... sai outra vénia.
Se verificares na fonte do artigo tens lá um link que te leva ao FB, e vês quem o escreveu. Progster |
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