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Sendo verdade...
17-09-2012, 00:06
Mensagem: #1261
RE: Sendo verdade...
Nada justifica um acto destes, colocou a sua vida e integridade física em risco tal como a de todos as outras pessoas que lá estavam.
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17-09-2012, 12:05
Mensagem: #1262
RE: Sendo verdade...
"Quem está fora não racha lenha", penso que é esta a expressão. Wink ...

Apesar de ontem ter "apanhado" numa reportagem já não sei em que canal, que a pessoa em questão tinha "malhado" uns bons copos, não se sabe o que se passa com a(s) pessoa(s), para chegarem aqueles pontos.

Progster
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17-09-2012, 13:17
Mensagem: #1263
RE: Sendo verdade...
Os meios não justificam os fins...

O que é que ele ganhou com aquilo?Apareceu na TV?

Agora vai ficar com marcas para o resto da vida, e que?Achas que alguém se importa?

Podia ter deixado marcas em muitas outras pessoas que nada tem a ver com os problemas dele, é correto isso?E se fosses tu que estivesses lá ao lado e ele ateasse fogo a tua roupa...ias apoiar e dizer a mesma coisa?

Epah, fazer coisas sem pensar já anda este país cheio...aquilo na minha opinião chama-se estupidez...por pior que seja a situação dele.
Ou agora cada coisa que me corre mal, incendeio-me e vou para o meio da multidão a correr?
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17-09-2012, 14:12
Mensagem: #1264
RE: Sendo verdade...
Mais uma vez digo que penso ter sido explicito acerca daquilo que queria dizer.

Sim, fiquei "impressionado" pois independentemente de estar ou não com os copos, independentemente de ter sido ou não uma coisa estúpida de se ter feito, não se sabe o que o desespero pode fazer. Wink



Empresários admitem dar poupança na TSU a trabalhadores

Os empresários do calçado defendem que a redução da contribuição das empresas para a Segurança Social e o agravamento para os trabalhadores é uma medida injusta, admitindo distribuir a poupança alcançada pelos seus funcionários.

"O dinheiro que eu ganhar será diretamente para os trabalhadores", garantiu o empresário de calçado Luís Onofre, na feira calçado em Milão, rejeitando que a proposta do Governo de reduzir a Taxa Social Única (TSU) conduza à criação de emprego.

O empresário explicou que distribuir a poupança conseguida com a redução da TSU "é uma forma de motivar" os 52 funcionários que emprega na fábrica em Oliveira de Azeméis, considerando que "se a ideia é aumentar a produtividade nacional, esta medida vai no sentido contrário".

"Este apoio às empresas não vai criar mais emprego. Eu não vou criar mais emprego", declarou.

O empresário Carlos Santos, dono da empresa de calçado Zarco, adiantou que a redução da TSU "não significa muito para as empresas já que os salários representam cerca de dez por cento do custo de produção", considerando que "chegou a uma altura em que há limites para os cortes salariais".

Foi nesse contexto que, no ano passado, deu um prémio aos mais de 100 trabalhadores, que representou cerca de um terço do ordenado: "Se puder, este ano voltarei a compensar os trabalhadores, porque quero vê-los satisfeitos e tenho a certeza de que há muitos empresários que vão fazer o mesmo".

Salvaguardados pelo facto de mais de 90 por cento da produção se destinar à exportação, Luís Onofre e Carlos Santos não destacam o impacto que a medida poderá ter no consumo interno, que é uma das maiores preocupações da Evereste, que vende metade da produção no mercado português.

"Psicologicamente as pessoas vão ficar ainda mais retraídas. Esta política está a atrofiar a economia em Portugal", afirmou António Carlos, administrador da Evereste, que receia também uma maior pressão sobre os preços por parte dos clientes internacionais.

No primeiro dia da feira de calçado, em Milão, o empresário contou que "a notícia de uma redução dos custos, se não for motivo para baixar os preços pelo menos será motivo para não aumentar. Já ouvi esse argumento".

Amílcar Monteiro, sócio-gerente da Kyaia, o maior grupo português de calçado, considerou "difícil" que a redução da TSU "sirva o objetivo proposto de criação de emprego", realçando o impacto sobre a quebra no consumo por via da perda de poder de compra.

"No dia a seguir ao anúncio do primeiro-ministro sentiu-se logo um novo abrandamento nas vendas", disse o empresário, presente na feira com a marca Fly London, considerando que "tirar sucessivamente dinheiro da economia está a criar um fosso maior".

Considerando que há "várias pontas soltas" sobre a medida, a Associação de Industriais de Calçado (APICCAPS) considera que "ainda é cedo para tecer um comentário sustentado sobre as medidas anunciadas pelo Governo".

"Temos de conhecer em detalhe todas as medidas apresentadas e, em especial, o que está relacionado com a descida da TSU, mas consideramos que há medidas mais urgentes, como a dificuldade no acesso ao crédito e o atraso no reembolso do IVA às empresas, que deveriam merecer atenção redobrada por parte do Governo português", disse aos jornalistas o porta-voz da APICCAPS.

Ainda assim, realçou, "tem de se ter uma preocupação muito grande de ter os trabalhadores ao lado das empresas neste esforço de aumento de competitividades das empresas e do país".

O Governo pretende reduzir a TSU em 5,75 pontos percentuais para as empresas -- dos atuais 23,75 por cento para 18 por cento - e aumentar em sete pontos percentuais - para 17 por cento - para os trabalhadores.

Fonte:http://www.dn.pt/inicio/economia/interio...73&page=-1

Estes senhores estão de parabéns.

Progster
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17-09-2012, 23:49
Mensagem: #1265
RE: Sendo verdade...
Passos encurralado?

Aquilo que começou por ser uma fase negra da coligação, transformou-se num período de convulsão generalizado. Pedro Passos Coelho vai ter agora de lidar com o lado social-democrata do seu próprio partido. E talvez com o Tribunal Constitucional, com a oposição, o povo, os patrões, os sindicatos e até com a internet...

A primeira vez que pactuou com um pacote de austeridade, Passos Coelho pediu desculpa aos portugueses. "Peço desculpa, não por me sentir responsável pela situação internacional que justificou estas medidas, mas porque são medidas duras", disse o então líder do PSD, em maio de 2011, horas depois de o Governo PS ter aprovado medidas adicionais ao Programa de Estabilidade e Crescimento. Desta vez, depois de anunciar 7% de aumento nos descontos para a Segurança Social, Passos Coelho escreveu no Facebook que tinha feito "um dos discursos mais ingratos que um primeiro-ministro pode fazer". A seguir, foi assistir a um concerto de Paulo Carvalho, onde o fotografaram a cantar e a sorrir. O primeiro-ministro pode ter acalmado os ânimos na coligação - pelo menos para troika ver -, mas assanhou o povo, a oposição, as redes sociais, os sindicatos e o próprio partido.

Passos Coelho parece seguir cada vez mais sozinho no caminho escolhido por si e alguns membros do seu Governo. É certo que foi defendido por Miguel Relvas, Luís Montenegro, Guilherme Silva, Jorge Moreira da Silva, Pedro Mota Soares ou Carlos Abreu Amorim - e outros haveria -, mas há uma divisão cada vez menos silenciosa e mais ideológica que ameaça o PSD. De um lado, estão os liberais, do outro, os sociais-democratas que se reveem no programa do partido defendido por Francisco Sá Carneiro.

"Estas medidas pré-anunciam o divórcio entre Passos Coelho e os portugueses, mas também entre Passos Coelho e o PSD", afirma à VISÃO um ex-dirigente do partido. Este social-democrata, que já apoiou líderes como Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes ou Durão Barroso, está preocupado com as consequências das medidas de austeridade na estabilidade do País. "Depois de criada uma dinâmica social de contestação, incompreensão e desconfiança, um mau resultado eleitoral nas autárquicas pode conduzir à queda do Governo e a uma crise política", antecipa.
Divisões internas
Apesar de algumas individualidades do PSD manterem o silêncio - não por muito tempo, ao que a VISÃO apurou - outras deixam clara a sua posição sobre os últimos desenvolvimentos. "É inaceitável sujeitar o País ao experimentalismo social - isto é fazer experiências com a economia nacional - a mando da troika o que se traduz num profundo desrespeito pelos portugueses", afirmou Alexandre Relvas, que até aqui se mantinha distanciado da vida política.

Ao dizer-se preocupado com o "impacto social" da austeridade, Relvas deu voz ao grupo dos sociais-democratas sá-carneiristas que também já foram cavaquistas. "Isto não tem nada a ver com 'ismos'", diz outro antigo dirigente do partido. "Isto é uma questão ideológica. Há dois caminhos para ultrapassar a crise e Passos Coelho está a escolher o rumo que vai fazer com que fique isolado."

A ideia precisa de explicação. "A Europa", diz aquele social-democrata, "é a pátria das grandes mudanças as quais foram sempre efetuadas no sentido da inclusão social, de trazer mais gente para a mesa, nunca da exclusão. O Cristianismo vingou, porque se desenvolveu em nome dos mais pobres. A Revolução Francesa vingou, porque pôs em causa os privilégios dos nobres e dos burgueses, baseando-se nos princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Inclusão." A tese continua: "Neste momento, há duas Europas, a da senhora Merkel, que quer manter os privilégios das castas e das elites e a do Hollande e dos gregos e dos espanhóis, que querem romper com esse regime e distribuir melhor os rendimentos. Ao ficar ao lado de Merkel, Passos Coelho é o soldado de infantaria de uma guerra perdida que é o capitalismo financeiro. Está em contraciclo com a mudança em curso na Europa."

O contexto atrás descrito explica, na opinião da mesma fonte, as declarações de George Soros, que apelou à benevolência dos alemães e afirmou: "Liderar ou abandonar é uma decisão legítima, que a Alemanha tem de tomar. Ou entrega a sua fé ao resto da Europa, assumindo o risco de nadarem ou naufragarem juntos, ou abandona o euro, porque, se saísse, os problemas da Zona Euro ficariam melhor", disse, em entrevista ao Financial Times.

Sem referir cisões ideológicas, mas aludindo a "descuidos" que podem criar uma situação de "rutura psicológica" do País com o primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa criticou a impreparação de Passos, que foi concreto "para o mexilhão" e vago "para as outras espécies mais sofisticadas". A saída: "Um ou dois dias depois desta comunicação, devia anunciar uma remodelação no Governo. Assim, as pessoas percebiam que isto toca a todos." O tema logo originou a comentários que davam como certa a mudança de alguns secretários de Estado.
Mau tempo na coligação
A juntar a tudo isto, o clima piorou, no seio da AD, desde que Paulo Portas escreveu aos militantes do CDS, em julho, dizendo que há limites para o aumento de impostos. Seguiram-se os casos de divergências relativamente a medidas que implicariam grande concertação entre CDS e PSD, como o das leis eleitorais autárquicas ou o da concessão da RTP. E o mal-estar tornou-se público quando Portas disse ao Expresso: "Em matéria de RTP, vai ser preciso fazer um esforço para recuperar o sentido de compromisso que PSD e CDS demonstraram quando negociaram o acordo de Governo. Estamos cá para isso."

"Numa altura em que a coesão devia ser a nossa maior mais-valia, essa declaração foi reveladora de um estado da coligação, que é mau", considera o centrista Ribeiro e Castro. "Os líderes não falam entre si pelos jornais, se falam, é porque a relação de confiança foi abalada." Diogo Feio, eurodeputado, discorda. "Estamos perante uma forma de transparência na vida política, que é bem-vinda. Não é pelo facto de termos a troika que os partidos deixam de ter opinião própria."

A presença da troika, fonte aparente de todas as medidas indesejadas, amaciou as relações entre PSD e CDS, mas não o suficiente para deixar os sociais-democratas descansados. No interior do PSD, teme-se que Portas esteja a fazer o seu caminho, algo distanciado, para romper a aliança de Governo em 2013.

"Não acredito que a coligação sobreviva a um mau resultado nas autárquicas. Nessa altura, se a derrota do PSD for grande, o CDS quer estar suficientemente afastado para poder romper, por altura da discussão do OE. E aí dirá que há muito tempo se afastou das decisões do Governo, o que é verdade", analisa um deputado. "Ele tem estado sempre com um pé dentro e outro fora da aliança, nunca põe em causa o PSD, mas há sempre alguém pronto a mostrar o desagrado do CDS."

Desta vez, coube a Bagão Félix criticar o que considera ser um verdadeiro imposto. "Deu-se a machadada final no regime previdencial. Não estou a dizer na Segurança Social, estou a dizer no regime previdencial, que é aquele em que há uma relação direta entre o esforço que os trabalhadores fazem e os benefícios que têm", declarou, mesmo depois de Pedro Mota Soares, ministro da tutela, ter defendido a medida, explicando que "não significa um aumento da carga fiscal, nem um imposto adicional".

De regresso do estrangeiro, Paulo Portas invocou, na terça-feira, 11, o seu "patriotismo" para justificar o silêncio a que se tem remetido e convocou os órgãos do partido para ouvir a opinião dos dirigentes sobre as recentes decisões do Governo. A mãe do ministro, Helena Sacadura Cabral, essa, escreveu no blogue Delito de Opinião: "Fazer trocadilhos com as palavras escolhidas para as decisões tomadas não resolve o problema. Ou estes senhores que nos governam entendem que a classe média trabalhadora, os reformados e pensionistas dessa mesma classe média não aguentam mais sacrifícios, ou o caldo vai entornar."
Ataques da oposição
Independentemente do estado de saúde da coligação, Passos Coelho vê o cerco apertar-se por parte da esquerda. E não só. Do lado socialista, António Costa foi duro e claro, ao dizer que o PS deve "votar contra" o Orçamento do Estado (OE). "As novas medidas de austeridade vão agravar a recessão, porque vão diminuir claramente o consumo interno", acrescentou. Seguiu-se Pedro Silva Pereira a exigir o chumbo do Orçamento.

António José Seguro também reagiu, assim como vários outros socialistas, sem falar concretamente do OE, mas dando sinais de impaciência. "É tempo de separar as águas de um modo mais nítido. Avisei várias vezes que a austeridade do 'custe o que custar' está a aumentar a pobreza", disparou, antes de pedir uma audiência "com caráter de urgência" a Cavaco Silva. Ferro Rodrigues falou nas mudanças "mais selvagens" de sempre.

Quanto à fiscalização da constitucionalidade do OE, um fantasma agitado, desde logo, pelo social-democrata Jorge Bacelar Gouveia, vários socialistas ameaçaram dar seguimento a essa intenção, mas a direção nacional, pela boca de Miguel Laranjeiro, explicou que tudo tem um tempo. "O OE para 2013, em bom rigor, ainda não foi apresentado. Até à primeira quinzena de outubro, o Governo terá a obrigação de o apresentar. Como tal, só perante um documento em concreto, com as medidas em concreto, é que se poderá fazer uma avaliação profunda sobre essa matéria", avisou.

Mesmo no meio da sua crise, determinada pela sucessão do líder, o BE não perdeu a oportunidade de agitar consciências e apontar a solução: "Correr com o Governo", porque "nestes casos não se pode continuar em silêncio à espera que aconteça alguma coisa", disse o ainda coordenador do BE, Francisco Louça.

E Jerónimo de Sousa avisou que "é preciso pôr um ponto final" nesta política de ruína. "A economia não pode servir só os ricos", criticou.
UGT pode "rasgar" acordo
Os sindicalistas endurecem, entretanto, as suas posições. A CGTP, que já havia anunciado um Dia Nacional de Luta para 1 de outubro, reuniu a comissão executiva para propor ao conselho nacional "uma grande jornada de luta a ter lugar ainda durante o mês de setembro", quiçá sob a forma de greve geral. Três semanas depois, a 5 de outubro, haverá uma vigília pacífica em Massamá, pelas 19 horas, junto da casa do primeiro-ministro.

A UGT também adensou a onda de contestação, quando ameaçou rasgar o acordo tripartido de concertação social. Mas, mais tarde, João Proença disse que, para já, "a estratégia passará por pedir a intervenção do Presidente da República". A ideia agradou a patrões e sindicatos e, ao final da tarde de terça-feira, 11, depois de Vítor Gaspar ter exposto os fundamentos da nova austeridade, soube-se que a UGT e as confederações patronais vão pedir uma "audiência conjunta" a Cavaco Silva. "Nem as grandes empresas agradecem", frisou Francisco van Zeller, ex-líder da CIP, sobre as mudanças previstas.

Os mais recentes anúncios do Governo não deixaram ninguém indiferente. Nem a Igreja, nem a tropa. D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, sempre crítico, revelou-se escandalizado com a falta de justiça social. "Estou em discordância total com o sistema governativo que existe, neste momento, em Portugal. (...) A estrada fica juncada de cadáveres, isso é uma vilania, uma insensibilidade, uma insensatez", resumiu. "É altura de dizer basta!" Martins Pereira Garcel, presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, não calou a revolta dos militares e assumiu que, solidários, podem até vir para a rua. "Vamos discutir a situação."

Pedro Passos Coelho, que parece estar cada vez mais encurralado, em Portugal e até na Europa, vai estar na RTP hoje, dia 13 de setembro, pelas 21 horas, para explicar as medidas e a austeridade que o seu Governo continua a defender.
Passos & Portas: Como comunicam os líderes?
O primeiro-ministro e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros mantêm uma "relação cuidada e cordial" e uma "ligação constante", conforme explicou à VISÃO uma fonte do Executivo. Paulo Portas é um dos pilares do Governo, apesar de, ao contrário do que aconteceu noutras coligações entre PSD e CDS, não ter sido convidado para ministro de Estado. Como Portas passa muito tempo no estrangeiro - já esteve várias vezes no Brasil, já foi a Cabo Verde, a Angola, a Moçambique, a Bruxelas, à Venezuela, etc. - as conversas entre os dois cabecilhas da coligação têm de ser muitas vezes telefónicas. Foi o que aconteceu agora, durante a negociação das novas medidas de austeridade (Vítor Gaspar e Pedro Mota Soares também tiveram papéis preponderantes, sobretudo a nível técnico). Mas quando Paulo Portas está por Lisboa, com quartel montado no Palácio das Necessidades, os encontros com Passos Coelho são frequentes. Portas gosta de ir a São Bento depois do horário de expediente, antes ou depois de jantar, e por vezes os dois líderes até partilham uma refeição. Os encontros são habituais durante a semana, mas já aconteceram ao fim de semana.
Tribunal Constitucional: Treze juízes à espera de uma queixa
Desde que declarou, por uma clara maioria (9 contra 3), a inconstitucionalidade da "suspensão" dos subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos e pensionistas, a 5 de julho último, o Tribunal Constitucional mudou de composição. Na altura dessa decisão, já o quórum do palácio Ratton tinha uma baixa: o juiz José Borges Soeiro, que saíra em 2011 e deixara a cadeira vazia. Em meados de julho passado, saíram dois dos homens que votaram pela inconstitucionalidade da proposta do Governo: Gil Galvão e Carlos Pamplona de Oliveira. Para os lugares vagos entram três novos juízes: Maria José Rangel Mesquita (indicada pelo PSD), Fátima Mata-Mouros (pelo CDS) e Fernando Ventura (pelo PS). Mantêm-se os restantes dez juízes, entre os quais os três que votaram contra a decisão do acórdão 353/2012. Se as novas medidas agora anunciadas pelo Governo (aumento da comparticipação dos trabalhadores na TSU e corte de subsídios para funcionários públicos e pensionistas) chegarem ao Constitucional, talvez a maioria expressiva da primeira decisão se não repita. Mas o alerta dos juízes continua a pairar sobre a proposta de Orçamento do Estado: "Quanto maior é o grau de sacrifício imposto aos cidadãos para satisfação de interesses públicos, maiores são as exigências de equidade e justiça na repartição desses sacrifícios."

Fonte:http://visao.sapo.pt/passos-encurralado=...z26loA1Xxx

Progster
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18-09-2012, 01:17
Mensagem: #1266
RE: Sendo verdade...
(17-09-2012 14:12)Progster Escreveu:  Mais uma vez digo que penso ter sido explicito acerca daquilo que queria dizer.

Sim, fiquei "impressionado" pois independentemente de estar ou não com os copos, independentemente de ter sido ou não uma coisa estúpida de se ter feito, não se sabe o que o desespero pode fazer. Wink



Empresários admitem dar poupança na TSU a trabalhadores

Os empresários do calçado defendem que a redução da contribuição das empresas para a Segurança Social e o agravamento para os trabalhadores é uma medida injusta, admitindo distribuir a poupança alcançada pelos seus funcionários.

"O dinheiro que eu ganhar será diretamente para os trabalhadores", garantiu o empresário de calçado Luís Onofre, na feira calçado em Milão, rejeitando que a proposta do Governo de reduzir a Taxa Social Única (TSU) conduza à criação de emprego.

O empresário explicou que distribuir a poupança conseguida com a redução da TSU "é uma forma de motivar" os 52 funcionários que emprega na fábrica em Oliveira de Azeméis, considerando que "se a ideia é aumentar a produtividade nacional, esta medida vai no sentido contrário".

"Este apoio às empresas não vai criar mais emprego. Eu não vou criar mais emprego", declarou.

O empresário Carlos Santos, dono da empresa de calçado Zarco, adiantou que a redução da TSU "não significa muito para as empresas já que os salários representam cerca de dez por cento do custo de produção", considerando que "chegou a uma altura em que há limites para os cortes salariais".

Foi nesse contexto que, no ano passado, deu um prémio aos mais de 100 trabalhadores, que representou cerca de um terço do ordenado: "Se puder, este ano voltarei a compensar os trabalhadores, porque quero vê-los satisfeitos e tenho a certeza de que há muitos empresários que vão fazer o mesmo".

Salvaguardados pelo facto de mais de 90 por cento da produção se destinar à exportação, Luís Onofre e Carlos Santos não destacam o impacto que a medida poderá ter no consumo interno, que é uma das maiores preocupações da Evereste, que vende metade da produção no mercado português.

"Psicologicamente as pessoas vão ficar ainda mais retraídas. Esta política está a atrofiar a economia em Portugal", afirmou António Carlos, administrador da Evereste, que receia também uma maior pressão sobre os preços por parte dos clientes internacionais.

No primeiro dia da feira de calçado, em Milão, o empresário contou que "a notícia de uma redução dos custos, se não for motivo para baixar os preços pelo menos será motivo para não aumentar. Já ouvi esse argumento".

Amílcar Monteiro, sócio-gerente da Kyaia, o maior grupo português de calçado, considerou "difícil" que a redução da TSU "sirva o objetivo proposto de criação de emprego", realçando o impacto sobre a quebra no consumo por via da perda de poder de compra.

"No dia a seguir ao anúncio do primeiro-ministro sentiu-se logo um novo abrandamento nas vendas", disse o empresário, presente na feira com a marca Fly London, considerando que "tirar sucessivamente dinheiro da economia está a criar um fosso maior".

Considerando que há "várias pontas soltas" sobre a medida, a Associação de Industriais de Calçado (APICCAPS) considera que "ainda é cedo para tecer um comentário sustentado sobre as medidas anunciadas pelo Governo".

"Temos de conhecer em detalhe todas as medidas apresentadas e, em especial, o que está relacionado com a descida da TSU, mas consideramos que há medidas mais urgentes, como a dificuldade no acesso ao crédito e o atraso no reembolso do IVA às empresas, que deveriam merecer atenção redobrada por parte do Governo português", disse aos jornalistas o porta-voz da APICCAPS.

Ainda assim, realçou, "tem de se ter uma preocupação muito grande de ter os trabalhadores ao lado das empresas neste esforço de aumento de competitividades das empresas e do país".

O Governo pretende reduzir a TSU em 5,75 pontos percentuais para as empresas -- dos atuais 23,75 por cento para 18 por cento - e aumentar em sete pontos percentuais - para 17 por cento - para os trabalhadores.

Fonte:http://www.dn.pt/inicio/economia/interio...73&page=-1

Estes senhores estão de parabéns.

Os meus parabéns pela atitude Luis, afinal de contas és mais um dos empresários de ultima geração Wink
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18-09-2012, 12:06 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 18-09-2012 12:08 por progster.)
Mensagem: #1267
RE: Sendo verdade...
[Imagem: 1z5kzzs.jpg]



Um bom exemplo para tantos outros.



O desabafo do povo e o problema de Passos

Pedro Passos Coelho e o Governo de coligação têm mais um problema entre mãos: o país saiu ontem à rua para mostrar um cartão vermelho à política de austeridade que tem sido seguida nos últimos tempos - justificada ao abrigo do plano de resgate internacional - e ordenou para que não seja a troika do FMI, BCE e Comissão Europeia a ditar as regras em Portugal.
Ao todo, segundo números avançados pela organização ao final da noite de ontem, terão saído à rua em Lisboa cerca de 500 mil manifestantes para gritar a quem de direito ‘Que se lixe a troika. Queremos as nossas vidas’. Ao longo de um percurso que pareceu mais longo do que é na realidade, com partida da Praça José Fontana em direcção à Praça de Espanha, os manifestantes deram conta do cansaço e da falta de capacidade para tolerar quaisquer outras medidas que penalizem os orçamentos familiares e pediram um recuo nas que já foram apresentadas. Sob pena de a luta continuar na rua.

A manifestação era apartidária e espontânea. Nasceu nas redes sociais e ganhou grande impulso depois de o primeiro-ministro ter anunciado, há umas semanas e numa comunicação ao país, que o contributo dos trabalhadores para a Segurança Social vai aumentar em 7%. Seguiu-se Vítor Gaspar, ministro das Finanças, a reforçar o cardápio com outras tantas medidas alegadamente para garantir que os objectivos previstos no memorando de entendimento sejam cumpridos e para assegurar que a troika não chumbava a quinta avaliação. Do outro lado de uma barricada que tem oposto o Governo e o povo português, com especial incidência nos últimos dias, estava dado o mote para o acentuar do descontentamento popular que iria trazer a rua até aqueles que nunca nela se fizeram ouvir.

Faltavam poucos minutos para a hora marcada, 17 horas, e na Praça José Fontana já se sentia que a coisa era séria e estava a entrar para a história. Foi um dos maiores protestos de sempre em Portugal, classificava a SIC na abertura do Jornal da Noite.

Francisca Abreu, 68 anos, reformada da Função Pública, estreou-se ontem no protesto de rua. «Eu vivi o 25 de Abril, sonhei, como todos os da minha geração, com um país governado por nós, por quem nós elegemos através do voto, e não submisso a interesses que vêm de fora e que nos estão a matar», justifica. Veio à manifestação com o marido e o filho, Tiago Abreu, 31 anos, licenciado em Design de Comunicação sem trabalho. «É este o país que temos hoje: desiludido, deprimido e sem esperança quanto ao futuro», constata enquanto o olhar conduz o repórter para Tiago que prefere não falar à reportagem do SOL.

O receio sobre o presente e o futuro desceram de mãos dadas a Avenida da República. À medida que a manifestação avançava na enorme avenida que tem por nome a palavra que denomina a forma de governo na qual o chefe de Estado é eleito pelos cidadãos, estes mesmos cidadãos gritaram palavras de ordem contra o primeiro-ministro, contra o Governo de uma forma geral, e contra o FMI. Aliás, à passagem pela delegação do Fundo Monetário Internacional em Lisboa, os ânimos alteravam-se. A porta do edifício 57 estava protegida por elementos do corpo de intervenção da PSP. Nada mais apetecível para os grupos organizados marginais infiltrados na manifestação. O perímetro de segurança, garantido por cerca de 20 elementos da polícia de choque, acabou por ser alargado enquanto eram arremessados tomates, petardos e garrafas de cerveja em direcção à porta. «A nossa luta é na Praça de Espanha», recordava um dos membros da organização a partir de um megafone. Não foi a tempo de evitar a detenção de um indivíduo por polícias à paisana.

A grande maioria que preferiu seguir as indicações da organização - uma marcha pacífica e que repudia qualquer tipo de violência física - continuou avenida a baixo exibindo a sua causa pública que era transversal a todos os manifestantes. «Esta é a marcha do desespero», comentava ao SOL João Gourlart, 57 anos, taxista, enquanto aguardava no separador central da Avenida da República o momento certo para ser fazer literalmente ao protesto e integrar a manifestação por dentro. Consigo trazia um letreiro onde questionava o Governo para a data em que o memorando vai deixar de vigorar em Portugal. Os temas, de resto, inscritos nos cartazes que imprimiam um colorido à manifestação e que permitiam, de imediato, a construção da narrativa do protesto, eram o mais abrangentes possível: troika, austeridade, dívida, saúde, educação, banca, licenciatura de Miguel Relvas, submarinos de Paulo Portas, só para nomear alguns.

Ontem saiu à rua em Lisboa, como no resto do país, a frustração, a revolta, a raiva e o desejo de mudança. Protestavam góticos e rastafaris, betos e nerds, doutores e precários, figuras mais ou menos públicas, com mais ou menos responsabilidades, da extrema direita à extrema esquerda e apartidários. Desfilava também Maria e Carlos Santos. Ela 31 anos e ele 34. Decidiram vir à manifestação no próprio dia. «Começamos a pensar que fazia sentido vir para a rua gritar contra isto que nos estão a fazer. Não podemos continuar neste sufoco sem fazer nada», admite a auxiliar de educação de infância. O casal está no meio da manifestação com os dois filhos: Pedro, 7 anos, e Lara, 4 anos, «porque falta-me esperança quanto ao futuro destas duas crianças e de tantas outras que já vi por aí». Queixam-se da «falta de dinheiro e da dificuldade que sentimos para que eles possam continuar com os seus estudos e ainda mais agora que o meu marido foi despedido. Só temos um salário em casa e há muito que o nosso orçamento ultrapassou o limite normal da sobrevivência», reconhece.

Já na Avenida de Berna eis um daqueles raros momentos. Uma senhora de avançada idade, muito provavelmente traída pela mobilidade, tira partido da varanda do terceiro andar de um prédio - com uma agência do Deutsche Bank (Banco alemão) nos rés-do-chão e aguarda com uma panela os manifestantes que estão prestes a chegar à Praça de Espanha. O sinal de solidariedade deu origem a uma ovação por parte dos manifestantes que sorriam e acompanhavam, com as suas próprias panelas, o ritmo que ela própria ditava do alto da varanda. «Quer melhor exemplo de que o descontentamento é geral e transversal a todas as idades e que estamos todos juntos nesta luta pela dignidade que este Governo nos está a tirar? Este Governo perdeu o povo. Até aquele que votou nele. Mas nós também os vamos tirar de lá. Acredite.», admite Joana Martins, 28 anos, que não conteve as lágrimas ao ver a multidão a apontar o olhar em direcção à varanda.

A Praça de Espanha era o destino final e simbólico. Em Espanha, outras centenas de milhares de manifestantes protestavam contras as políticas do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. Os manifestantes começaram a dispersar. Mas a iniciativa de alguns grupos de levar o protesto até São Bento levou a que alguém subisse a um escadote para usar um outdoor da JSD no local como mensageiro: 'Todos a S. Bento'. Disparou o aplauso. O desafio, escrito com uma lata de graffiti, foi aceite por alguns. Os que ficaram pela Praça de Espanha, como Margarida Pereira, 65 anos, professora, entregaram-se ao descanso depois de um protesto que «foi um momento muito bonito de união dos portugueses. Cabe agora ao Governo perceber o que está em causa. Atingimos o nosso limite», garante.

Fonte:http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Inte...t_id=59188

Progster
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18-09-2012, 13:37
Mensagem: #1268
RE: Sendo verdade...
Vamos ver o que irá mudar nos próximos dias...
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18-09-2012, 14:09
Mensagem: #1269
RE: Sendo verdade...
Para não variar não vai mudar nada, às tantas e pelo andar da carroça devem é estar já a preparar mais austeridade, ou então estão no "controlo de danos".

Progster
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18-09-2012, 14:19
Mensagem: #1270
RE: Sendo verdade...
E então fazendo um balanço desta manifestação podemos concluir que a mesma não serviu de nada a não ser para perder tempo.

Certo?
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