Sendo verdade...
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03-02-2012, 19:48
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 03-02-2012 20:08 por BladeRunner.)
Mensagem: #727
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RE: Sendo verdade...
CGTP apelou à intervenção do Governo na Valadares
O secretário-geral da CGTP revelou, esta sexta-feira, que questionou o ministro da Economia no final da reunião de quarta-feira da concertação social sobre o problema da Cerâmica de Valadares, sem que tenha obtido resposta afirmativa. "No final da reunião da concertação social nós confrontámos o ministro da Economia com o problema da Valadares e dissemos-lhe claramente que o ministro da Economia, mais do que andar a propagandear que tem 1500 milhões de euros para financiar as empresas, o que tem é que responder objectivamente aos problemas com que os trabalhadores estão a ser confrontados e, particularmente, os trabalhadores da Valadares", afirmou o dirigente da CGTP, Arménio Carlos, num encontro com trabalhadores da fábrica. Mais tarde, questionado pelos jornalistas acerca da intervenção junto do Governo, Arménio Carlos declarou que o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, "disse que tinha um gabinete de crise, que não gostava de divulgar, mas que estava a acompanhar este processo há quatro meses". Para o dirigente sindical, é incompreensível que o processo da Cerâmica de Valadares esteja a ser acompanhado pelo ministro há quatro meses e que "neste momento estes trabalhadores tenham dois meses de salários em atraso", sem que haja sinais de progressos. Arménio Carlos lembrou que a solução que propôs para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo na manhã desta sexta-feira, de recorrerem à nova linha de crédito PME Crescimento, que tem uma dotação de 1,5 mil milhões de euros, também pode ser aplicada para a Valadares. "Se se confirmar que não há gestão danosa, porque se houver não vale a pena meter dinheiro num buraco sem fundo. Primeiro, tem que se ver se a gestão é correcta e em segundo lugar desbloquear as verbas", disse o secretário-geral da CGTP. A administração da Cerâmica de Valadares garantiu, quinta-feira, estar "a fazer de tudo" para pagar os salários de Dezembro até ao final da semana, apesar de considerar "não ter qualquer obrigação de o fazer" face à recusa da sua proposta pelos trabalhadores. A administração está "a fazer de tudo para pagar o mês de Dezembro até esta sexta-feira [hoje], apesar de não ter qualquer obrigação de o fazer nessa data, uma vez que os trabalhadores recusaram a proposta de os salários serem pagos de forma faseada", afirmou o administrador da empresa. Para Galvão Lucas, "ainda não há certeza da possibilidade de pagar o mês de Dezembro na sexta-feira, mas os esforços estão todos a ser feitos" FONTE: JN Isto fica perto de minha casa, passo lá quase diariamente. Aliás, conheço pessoas que lá trabalham. Esta situação é anedótica... pena é que os jornalistas não vão a casa dos administradores e donos, pois assim teriam a noção da realidade! E dizem que não têm qualquer obrigação de pagar o mês de Dezembro... porque os trabalhadores não o aceitam de forma faseada! Mas... isto cabe na cabeça de alguém? Têm, neste momento, dois meses em atraso (o de Janeiro entrará em atraso daqui a dias)... e ainda são prepotentes! Existem pessoas em risco de perder casa, carro... além de muitas já comerem mal... É triste... A Banca, que tem fundos, nossos, disponíveis... diz que não tem como financiar as empresas. Mas o Estado continua a apoia-la. Ora, uma condição fulcral, imposta pelo governo que tanto gosta de impor coisas aos portugueses... seria a imposição de ajuda às empresas em dificuldades. Que... no caso da Cerâmica de Valadares, até é mais simples... é só para curto prazo, para os pagamentos a fornecedores, pois encomendas não faltam, e até exporta bem. A empresa só precisa de fazer face aos 30, 60 e 90 dias a que recebe dos clientes. Mas não... e assim assiste-se ao matar de mais uma empresa de sucesso e ao fim de muitos empregos! Esta é a verdadeira politica deste governo! Teste ao euro Olhemos para a Grécia. Com a dívida pública descontrolada (163% do PIB) e o produto em recessão profunda (-5,2%), só se vislumbram duas saídas possíveis: o perdão ou a bancarrota. E o perdão está muito difícil. Mas a Grécia é um pequeno país, incapaz de por si só ameaçar a estabilidade do euro. A solução deverá passar por uma saída controlada, para minimizar eventuais contágios, logo seguida da entrega ao FMI. Vai ficar em boas mãos. Ao lado da Grécia está a Itália, a terceira maior economia da zona euro. E aqui tudo fia mais fino. A Itália enfrenta um cenário explosivo: grande endividamento (121% do PIB), altas taxas de juro (à volta de 6%) e crescimento na vizinhança de zero (0,5%). Mas há duas armas que jogam a seu favor: de um lado, Mario Monti, primeiro-ministro; do outro, Mario Draghi, presidente do BCE. Enfim, a Itália é demasiado grande para se deixar cair. À Itália segue-se a Espanha, em dimensão e em problemas. O país tem uma dívida pública aceitável (70% do PIB), mas também um crescimento paupérrimo (0,6%) e uma taxa de desemprego angustiante (23% da população activa). A diferença é de natureza subjectiva: os mercados ainda acreditam na Espanha e noutros países não. Em tudo o resto é igual à Itália: demasiado grande para falir, suficientemente forte para arrastar o euro atrás de si. Falemos agora de Portugal. Ao dobrarmos o ano de 2012, vamos encontrar-nos em recessão profunda, com uma dívida ingerível e com as agências de ‘rating' a classificarem-nos como lixo. Sem outra saída que não seja avançar para a reestruturação, com perdão ou sem ele, como é que os mercados vão reagir? Só vejo duas hipóteses: ou recusam financiar-nos ou admitem fazê-lo a taxas de juro proibitivas. E lá teremos nós de acompanhar a Grécia. Estou a ser racional. Este é o cenário mais provável. Mas nada impede que os senhores do euro acordem um dia destes bem-dispostos e, por uma vez, decidam emitir ‘eurobonds', financiar sem limites os países endividados e pôr finalmente a economia a crescer. A Europa rejuvenescia. Fica então a promessa: na minha próxima ida a Fátima, vou acender uma vela gigante e esperar que esta chama ilumine a cabeça híbrida e casmurra de Merkozy. Seria o milagre do século. FONTE: Económico |
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