Sendo verdade...
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13-02-2012, 17:21
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 13-02-2012 18:00 por BladeRunner.)
Mensagem: #753
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RE: Sendo verdade...
Administração e trabalhadores da Valadares chegam a acordo
A administração e os trabalhadores da Cerâmica de Valadares chegaram hoje a acordo e, segundo fonte sindical, do encontro entre as partes saiu a garantia de que o salário de Janeiro será pago até ao dia 20. Os portões da fábrica de Vila Nova de Gaia, que estavam bloqueados pelos trabalhadores há 15 dias, foram abertos para permitir a entrada e saída de materiais. Fátima Messias, da Federação Nacional dos Sindicatos da Cerâmica, disse que, após uma longa manhã negocial, houve "finalmente acordo" entre os intervenientes. "Ao fim de 15 dias e 15 noites, foi feito um acordo com a administração e assinado um compromisso de que o pagamento do mês de Janeiro será feito até ao dia 20", explicou. Raul Almeida, da comissão de trabalhadores, acrescenta ainda que a administração garantiu que “no fim de Fevereiro faria o estudo para pagar normalmente, para regularizar a situação”. A fábrica “em princípio” começa a laborar amanhã às 8h00, mas hoje já “estão a entrar camiões”. O “bloqueio foi desbloqueado”, sublinhou Raul Almeida. FONTE: RR Uma boa notícia, para todos os envolvidos. E a prova de que vale a pena lutar... "Grécia e Portugal deviam falir" Depois da aprovação das novas medidas de austeridade ontem pelo Parlamento Grego, o futuro do país parece cada vez mais negro. A austeridade matou a economia do país, a negociação com os credores privados para a reestruturação da dívida prolonga-se ad eternum, e sem este acordo estar fechado, a troika recusa-se a passar um novo cheque para a república helénica. O colunista Wolfgang Munchäu do Financial Times analisa de perto a situação do país e explica porque é que considera que a Grécia e Portugal deveriam entrar em falência. Porque é que a Grécia e Portugal deviam entrar em falência 1 – O jornalista acusa os líderes políticos europeus de falta de “experiência em lidar com crises financeiras”, e de “nem sequer” terem consultado outros países “que já tinham enfrentado crises nas décadas anteriores”. Assim, diz Munchau, “armados com ignorância e arrogância, acabaram a repetir os erros de todos os outros. Pensavam que estavam a ser espertos quanto tiveram a ideia de uma contracção orçamental expansionista. E pensaram que o envolvimento voluntário do sector privado poderia ajudar”. 2 – Wolfgang Munchau defende que alguns decisores políticos “estão agora a aprender por si próprios”, depois de terem falhado em aprender com os erros dos outros. “Em algumas capitais do norte da Europa, os decisores políticos estão a começa a entender que o programa grego foi um falhanço monumental. E perderam a confiança nas políticas gregas”. O PIB grego vai continuar a cair sob a austeridade imposta ao país, ao entrarmos no quinto ano de depressão. 3 – Os líderes europeus continuam a ser “avessos ao risco e com tendência a manter a mesma forma de actuação. Sentem que devem fingir que levam a sério o último programa de austeridade grego, enquanto simultaneamente dão a impressão de que salvaguardam os interesses dos seus contribuintes”, diz o colunista. 4 – A Alemanha pode ainda rejeitar o novo plano para a Grécia “à medida que a opinião pública na Alemanha está actualmente a ficar muito nervosa com a perspectiva de um programa inútil de 130 mil milhões de euros. Um período de calma vai ter lugar, mas após uns poucos meses vai-se tornar claro que os cortes nos salários gregos e pensões pioraram a depressão”, explica Munchau. O PIB helénico caiu 6% em 2011 e “continua a desacelerar a um nível semelhante este ano”, sendo de prever no futuro uma nova ronda de reestruturação da dívida. 5 – A Nova Democracia vai vencer as eleições em Abril. O colunista defende que Antonis Samaras vai vencer as eleições em Abril, e vai ficar tentado em ignorar o plano de ajustamento orçamental. “Para um novo primeiro-ministro que contempla um mandato de quatro anos, a tentação deve ser grande para deitar o plano por água abaixo e culpar o seu antecessor pela confusão. Depois vai ter quatro anos para reconstruir o país do zero após a saída da zona euro. Vai ser politicamente muito mais arriscado para Samaras agarrar-se a um programa que ele próprio diz não funcionar, e que vai manter o seu país em depressão durante o seu mandato, e possivelmente mais tempo ainda”. 6 – Vai Antonis Samaras cumprir o memorando de entendimento? “Mas para o argumento funcionar, pode-se assumir que Samaras vai manter-se fiel ao programa e que a armadilha da dívida pode ser evitada. Tudo corre como oficialmente planeado. Seria isto o fim da crise grega? Nesse caso a dívida grega iria cair dos actuais 160% do PIB para os 120% até 2020”. 7 – 120% continua a ser um valor muito elevado. “Devemos lembrar-nos que 120% é um número político que não tem justificação económica. Não é coincidência que isto seja um actual nível da dívida italiana. Se admitirmos que 120% não é sustentável para a Grécia, pode-se presumir que o mesmo seja verdade para Itália”. 8 – Itália e Grécia são duas situações distintas. “A Grécia viu a sua economia colapsar. Para se reconstruir, a Grécia precisa de ter uma infra-estrutura económica a funcionar, um moderno mercado de trabalho e um sistema político menos tribal. Só depois destas medidas entrarem em vigor é que os mercados podem voltar a confiar na Grécia. Mas isto pode estar à distância de décadas”. 9 – A sustentabilidade da dívida está longe de ser assegurada, mesmo se tudo correr conforme o plano para o país. “O rácio dívida-PIB deve deixar para um nível muito mais inferior – algo como 60% do PIB. Isto iria limpar a maior parte da dívida detida por estrangeiros, incluindo a dívida do sector oficial”. 10 – Munchäu discorda da ideia da Grécia sair da zona euro agora, e usar os fundos para salvar Portugal. “Pessoalmente acredito que o melhor é reconhecer o estado desolado de ambos os países, deixar os dois incumprir dentro da união monetária, e depois usar um fundo de resgate muito maior para ajudar os países a reconstruírem-se e para bloquear o resto dos problemas ao mesmo tempo. Isto vai ser muito caro. Mas ignorar a realidade durante mais dois anos vai ser desastroso”. FONTE: DinheiroVivo - Económico |
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