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Opinião: quem ganha a guerra entre Facebook, Google e Twitter?
16-05-2012, 19:41 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 16-05-2012 19:44 por progster.)
Mensagem: #1
Opinião: quem ganha a guerra entre Facebook, Google e Twitter?
Google, Facebook e Twitter estão protagonizar uma disputa aguerrida pelos dados dos utilizadores e pela liderança das redes sociais. Mário Valente explica o que distingue estes três gigantes da Web.

A Guerra das Identidades

Uma discussão que tenho tido com algumas pessoas nos últimos tempos é esta: qual é a razão da rivalidade entre o Google, o Facebook e o Twitter? O que é que a justifica? As valorizações do Facebook e do Twitter fazem sentido?

De facto, aparentemente, as três empresas não concorrem directamente: o Google é bom na pesquisa; a pesquisa do Facebook e do Twitter são horrendas; o Facebook é bom nas interacções em grupo, o Google e o Twitter são fracos; o Twitter é bom nas interacções e na informação em tempo real, o Google e o Facebook são fracos.

É de notar que cada uma destas empresas percebe muito bem as suas fraquezas. O que tem levado a que estas as tentem colmatar: o Facebook aposta na publicidade (com sucesso) e no email (um falhanço) para concorrer com o Google; o Google apostou na criação do Google+ para concorrer com o Facebook e o Twitter (ainda estamos para ver se com sucesso); o Twitter aposta também na publicidade (ainda com fracos resultados) e em melhorar as interacções em grupo (lists), para concorrer com o Facebook e o Google+.

Mas é esta a verdadeira guerra? Há algo mais que a justifique?

Há, na minha opinião: trata-se de ganhar a guerra da identificação de pessoas na Internet. Que pode render biliões.

O problema da identidade na Internet não é novo. Desde o início da sua popularização que ele existe. A questão do anonimato. A sua importância nas compras e nas transacções online. A sua relevância em problemas como a difamação ou a responsabilidade por actos ilegais ou criminais. Foram já tentados vários esquemas e sistemas, sempre com pouca adesão. A resolução desta questão pode render biliões. E é um jogo em que só ganha um. Aquele que tiver mais adesão obtém, para todos os efeitos, um monopólio.

Até há poucos anos, o uso de múltiplas identidades era normal. Cada um de nós tinha (e ainda tem) múltiplos usernames, um para cada serviço. Eu tento sempre apanhar o mvalente mas já falhei alguns: um malandro de um italiano chegou primeiro ao Gmail e eu tive de me contentar com o mfvalente. Para além dos usernames, as passwords para cada um (têm uma password diferente para cada serviço, certo?). E ainda o problema de ter de dar os usernames e passwords a alguns serviços, para a interacções entre os mesmos.

Serviços que foram criados para resolver estes problemas, como o OpenID ou o Oauth, não tiveram, para variar, grande adesão. Nem a Microsoft, com o Passport, actualmente chamado de Live ID, se safou.

Aquilo a que se tem assistido nos últimos 3 ou 4 anos é que cada vez mais os vários serviços na Internet aceitam o registo como utilizador usando apenas o identificador do Google, do Facebook ou do Twitter. Muitos permitem até usar qualquer um deles. Na minha opinião isso será sol de pouca dura e um ficará com a liderança e o potencial monopólio. O Facebook, pelo número de utilizadores atuais, é o que está mais bem posicionado.

Vamos assumir, por uma questão de facilidade de exposição, que é o Facebook. Daqui a 3 ou 4 anos ganhou a guerra e é usado em 99% dos serviços Internet. Usamo-lo para o email; para aceder ao Flickr; para aceder ao Pinterest; para aceder ao Last.FM. Ao Blogger, ao Spotify, ao Steam, à Amazon. A tudo e mais um par de botas...

E subitamente o Facebook decide passar a cobrar pelo serviço de identificação. Baratinho, um (1) euro por ano. Não aos utilizadores. Aos serviços Internet, os que usam o nosso Facebook ID para nos identificar.

Façam-se as continhas. O Facebook tem 900 milhões de utilizadores, são 900 milhões de faturação. Mas cada um de nós usa mais do que um serviço Internet. Digamos que a média são 10 serviços, para facilitar as contas. São 9.000 milhões de faturação (sem contar com as receitas de publicidade). O Facebook vai fazer um IPO de 10% das ações, num total de 10.000 milhões, estando a empresa avaliada em 100.000 milhões. Ou seja, a faturação anual do Facebook seria praticamente igual ao valor disperso em bolsa. Bate certo. Tomara muitas empresas grandes estarem nessa situação.

Se o Facebook resolvesse faturar 1 por utilizador por mês, é fazer as contas, basta multiplicar por 12.

Fonte:http://exameinformatica.sapo.pt/blogues/...z1v3kG8eM9

Progster
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