Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
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29-01-2012, 04:24
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 29-01-2012 04:27 por s3rra.)
Mensagem: #1
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Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
Boas,
Tenho mais uma pergunta que, caso possível, seria bom que alguém por dentro do assunto me pudesse explicar. No Manual ITED, no que concerne ao tipo de cabo retardante à chama, menciona o seguinte: Citar:Composto livre de halogéneos, retardante à chama e com reduzida opacidade de fumos, para aplicações em interiores de edifícios que recebem público. Em primeiro, o que quer isto dizer? Referem-se apenas a interiores tipo sala, etc? Ou também a espaços "plenum" (condutas de ar; espaço entre um teto falso e teto estrutural; espaço entre um piso elevado)? Eu julgo que não se referem aos espaços "plenum". O tipo de cabo que o Manual ITED refere, livre de halogénios, salvo erro, não é o recomendado para os espaços que eu mencionei. Para esses espaços existem os cabos "plenum", que julgo serem constítuidos por FEP. Em Portugal, usa-se este tipo de cabo? E, já agora, cabos para ligações de piso (falsos pisos entre andares) - os cabos "riser"? Não vejo qualquer referência no Manual ITED; a não ser que me tenha escapado. # Já agora, no Manual ITED eles fazem referências às categorias de cabo de par entrançado 5, 6 e 7. Não fazem referência à categoria 5e e muito menos à categoria 6a, pois a categoria 7 é anterior à categoria 6a; esta última que acabou por substituir a categoria 7. Aliás, tanto quanto sei a categoria 7 não é norma/especificação apoiada pela EIA/TIA. Sabem de o Manual ITED de 2009 é o mais recente? |
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30-01-2012, 12:59
Mensagem: #2
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
Boas,
1) LSZH (Low Smoke Zero Halogen, Limited Smoke Zero Halogen 2) CMP (Plenum Communication Cable) 3) CMR (Riser Communication Cable) 4) CMG e CM (General Purpose Communication Cable) 5) CMX (Communication Cable, Limited Use) As normas ICEA reconhecem os cabos LS (Limited Smoke, emissão reduzida de fumo), terminologia equivalente a LS (Low Smoke, baixa emissão de fumo) é adotada pelas normas internacionais ISO e IEC. No caso dos Cabos sem halogênio (ZH - Zero Halogen) são reconhecidos pelas normas ICEA que remetem à norma internacional IEC-60754-2 (Test on gases evolved during combustion of electric cables - Determination of degree of acidity of gases evolved during the combustion of materials taken from electric cables by measuring pH and conductivity). A nomenclatura LSZH (Low Smoke Zero Halogen), também encontrada como LS0H, tem origem em normas internacionais ISO e IEC. Normas de alcance internacional, em qualquer país participante no sistema internacional de normalização (como Estados Unidos, Portugal, Canadá, Inglaterra, Alemanha, entre outros). Os mercados europeus e norte-americanos são mais exigentes com as normas e à utilização de cabos nas infraestruturas TI, os cabos LSZH são específicos na maioria das redes de estruturadas/telecomunicações nos edifícios domésticos e comerciais. A norma usada como padrão é a IEC-60332-1 que especifica o grau de atraso da propagação de chama nos cabos LSZH. |
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30-01-2012, 16:28
Mensagem: #3
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
Outras situações que podem aparecer nos mercados, relativamente aos cabos de rede.
Há que ter em conta a qualidade de todo o cabos. Tem aparecido cabos de rede a preços muito baixos e não se deixem enganar. A qualidade das bainhas que dizem ser LSZH deixam muito a desejar, já para não falar dos próprios condutores em "suposto" cobre. Ao desnudar-mos os condutores, verificamos após raspar a superfície dos mesmos, desaparece o cobre para ficar descoberto o alumínio!! Ou seja, são condutores em alumínio com um banho de cobre. Este tipo de cabos vão comprometer as instalações ao longo do tempo. Já trabalho à 11 anos em sistemas de redes estruturadas, apanhei muitos a quererem que vendesse-mos cabos com estas características. Após efectuar uma certificação a troços com 10, 20, 50 e 90 metros, nenhum passou. Aplicamos tomadas e conectores de qualidade, em que os contactos de cobre/latão possuem um banho de ouro, este evita a oxidação dos mesmos ao longo do tempo. http://www.nexans.co.uk/eservice/navigat...n_GB&CZ=UK |
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30-01-2012, 16:46
Mensagem: #4
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
(30-01-2012 12:59)cvcosta Escreveu: Boas, Obrigado pelo teu comentário. Contudo, não responde à minha pergunta. Eu perguntei se o Manual ITED, quando menciona "Composto livre de halogéneos, retardante à chama e com reduzida opacidade de fumos, para aplicações em interiores de edifícios que recebem público.", se se tambem refere aos espaços "plenum" ou se apenas a espaços interiores abertos ao público, por exemplo um escritório, etc (sem ter em conta os espaços "plenum")? Por exemplo, não há qualquer referência a CMP no Manual ITED; nem ao termo "Plenum" ou "cabos Plenum". Quanto aos cabos LSZH, julgo ser o tipo de cabo que eles mencionam quando dizem Composto livre de halogéneos, retardante à chama e com reduzida opacidade de fumos... Por exemplo, eu já li informação que menciona que os requisitos dos cabos LSZH não são tão rigídos quanto os requisitos para os cabos CMP e CMR. Como tal, e é o que eu aprendi, é que nos tais espaços "Plenum" deve-se usar cabos CMP. Os cabos CMP podem ser usados em vez dos CMR, mas não o oposto. Portanto, se eu neste momento fosse colocar cablagem em condutas de ar (espaço Plenum), qual o cabo que teria que usar, de acordo com as regras Europeias/Portuguesas? Eu julgo ser os cabos CMP, correto? Gostaria que o Manual ITED fosse mais simples a explicar este tipo de coisa. lol |
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30-01-2012, 20:40
Mensagem: #5
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
(30-01-2012 16:46)s3rra Escreveu:(30-01-2012 12:59)cvcosta Escreveu: Boas, Pelos casos que tenho acompanhado, até mesmo quando a instalação do plano tecnológico nas escolas, a cablagem estruturada (dados/voz) foi toda a mesma (Cabos UTP Cat. 6 LSZH). Havia casos em que as comunicações entre os bastidores que se encontram nos blocos, é feita em fibra óptica. Se vais implementar ou projectar uma redes estruturada, convém simplificar algumas situações o manual do ITED "nem sempre" aborda da melhor forma as instalações. Por exemplo, os cabos de rede do "fabricante" TEKA são todos alumínio com banho de cobre. Ainda hoje teve um cliente a mencionar esses cabos, "...são mais baratos e certificados ITED..." pois... coloca-os num troço com 50 a 90 metros e tenta lá certificar. Alguma coisa é só dizer |
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31-01-2012, 16:31
Mensagem: #6
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
(30-01-2012 20:40)cvcosta Escreveu: Pelos casos que tenho acompanhado, até mesmo quando a instalação do plano tecnológico nas escolas, a cablagem estruturada (dados/voz) foi toda a mesma (Cabos UTP Cat. 6 LSZH). Havia casos em que as comunicações entre os bastidores que se encontram nos blocos, é feita em fibra óptica. Há só mais um coisa que gostaria de discutir. Tem a haver com os diferentes cabos (CMP, etc), e em especial os cabos CMP. Estes tais cabos são supostamente usados para os tais espaços plenum, se bem que, e pelo que tu também mencionaste, os cabos LSZH também são usados. A minha dúvida é em relação aos cabos CMP. Toda a informação que consegui obter menciona que eles são feitos de PVC. Ora, tanto quanto sei, quando o material composto por PVC arde liberta toxinas (fumos/gases tóxicos). Não só liberta toxinas como também ajuda a alastrar o fogo, no caso de incêndio. Ora, se os espaços plenum são um ambiente rico em oxigénio, estes tais cabos CMP não deveriam ser feitos de PVC. Há algo que me faz confusão nisto. Portanto, a minha pergunta é, se o PVC quando arde liberta gases tóxicos e até ajuda a alastrar o fogo, por que motivo são estes cabos feitos de PVC? Sabes algo sobre isto? Existirá um outro tipo de PVC resistente ao fogo e que não liberte gases tóxicos? Isto leva-me a acreditar que é por isso que é recomendado usar os cabos LSZH, que ao contrário dos CMP, constituidos por PVC, não são perigosos. Obrigado |
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31-01-2012, 18:05
Mensagem: #7
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
(31-01-2012 16:31)s3rra Escreveu:(30-01-2012 20:40)cvcosta Escreveu: Pelos casos que tenho acompanhado, até mesmo quando a instalação do plano tecnológico nas escolas, a cablagem estruturada (dados/voz) foi toda a mesma (Cabos UTP Cat. 6 LSZH). Havia casos em que as comunicações entre os bastidores que se encontram nos blocos, é feita em fibra óptica. Nos dias que correm, raras são as infraestruturas que não utilizam cabos LSZH. Com as normas internacionais de segurança, é fundamental a instalação de cabos com essas características. Ainda para mais se, no final da obra, solicitarmos a certificação da redes estruturada. Os relatórios devem mencionar os passivos da rede (Marca e tipo de Tomadas, cabos e Patch Panels) Acredita, se implementares a cablagem LSZH em toda a rede, só tens a ganhar. Esta a trabalhar na prevenção de ocorrências futuras e dando uma garantia ao cliente que estás a colocar material bom. O PVC nas bainhas dos cabos de rede faz parte do passado. Acarretam riscos na propagação das chamas, quase como rastilho. Cheguei a ver alguns a arder ( curiosidade de saber as diferenças ), quando estão a arder, chegam a "pingar" fluidos em chama que se propagam a outros elementos de um edifício/escritórios, etc... |
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31-01-2012, 20:13
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 31-01-2012 20:14 por s3rra.)
Mensagem: #8
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RE: Cabos retardantes à chama e reduzida libertação de fumos
Estive a investigar mais um pouco, e os cabos LSZH são mais usados cá na Europa do que nos EUA, por exemplo.
Cá na Europa opta-se pelos LSZH, inclusive apararentemente nos espaços "plenum", devido ao buraco do ozono*, pois tal como o próprio nome indica são livres de halogénios, ao contrário dos cabos PVC e PEF. * Não apenas por isso, mas também. Os cabos CMP, tal como já havia mencionado são de PVC ou PEF. O motivo pelo qual nos EUA usam esses para os tais locais "plenum", deve-se ao facto de os halogénios conferirem uma maior resistência às altas temperaturas, como por exemplo nos incêndios. O problema é que não são 100% resistentes, e como tal acarretam precisamente o problema dos gases tóxicos. Contudo, julgo que o tipo de PVC usado em cabos CMP é diferente do PVC usado em cabos normais. Encontrei uma patente a mencionar precisamente isso. -http://www.freepatentsonline.com/y2011/0198108.html |
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