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Sendo verdade...
08-09-2012, 12:24
Mensagem: #1221
RE: Sendo verdade...
(08-09-2012 00:13)RaCcOn Escreveu:  7% de aumento face ao que tínhamos antigamente...

Sim, eu percebi...
Bem, olha eu estou estupefacto, estou sem palavras perante isto.

Progster
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08-09-2012, 12:37
Mensagem: #1222
RE: Sendo verdade...
Como um comentário que li no FB:
"Portugal é o único país do mundo em que os trabalhadores aumentam os patrões!!!" Mr Green

Menos 6% para eles, mais 7% para nós. É bem.
Mas como já disse, enquanto não batermos realmente no fundo, nada disto muda. E crise real ainda não se viu nada.
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08-09-2012, 13:37
Mensagem: #1223
RE: Sendo verdade...
Tal e qual, senão já tínhamos mudado, andamos a enriquecer os senhores lá de cima que pelos vistos precisam sempre de mais :@

http://ptanime.com/
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08-09-2012, 13:37
Mensagem: #1224
RE: Sendo verdade...
Há vários problemas nisto,
O primeiro é o facto de ser a mesma percentagem para todos.
Na actual conjectura de crise e de aumento brutal de impostos e custo de vida, deveria a coisa ter sido escalonada.

O segundo é que não vai beneficiar, penso eu, as empresas de forma geral.
O consumo vai reduzir-se, e possivelmente numa proporção ainda mais alta do que estes 7% de facada.
Claro, talvez nos serviços não se note tanto. Mas nas superfícies comerciais, lojas de retalho e tal... a coisa deve-se notar.
As pessoas vão ficar com medo, e com razão, e vão cortar por todo o lado.

Esta medida vem no seguimento de algo muito simples.
Reparem, os primeiros impostos a serem aumentados, foram os impostos do consumo, IVA e por aí fora.
O que fez a malta?
Passou a consumir menos, e a tentar poupar.

Segundo passo,
um aumento invisível a curto prazo ... IRS, redução de despesas que se podem colocar no IRS, a malta ouve e tal, mas só mesmo sentir na próxima declaração de impostos.

Terceiro passo,
o que foi agora. Como a malta poupou no consumo, desta vez, vêm ao rendimento. Como o pessoal não está a gastar, tem que se agir directamente na fonte.

Quarto passo,
reformular os escalões de IRS, de 8 vão descer para cerca de 3.
O que vai acontecer com isto?
Provavelmente o escalão mais baixo vai notar pouco ou nada.
Mas a classe média, vai levar uma ripada tal, que vai ser incluída num escalão que deve ir desde o salário médio até ao céu.

Enfim, é o que temos ....
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09-09-2012, 01:33
Mensagem: #1225
RE: Sendo verdade...
Aguiar Branco diz que funcionários públicos são "um bocadinho" prejudicados nas remunerações

O ministro da Defesa admitiu hoje que as medidas de austeridade anunciadas sexta feira prejudicam "um bocadinho", em termos de remunerações, os funcionários públicos, mas contrapôs que estes beneficiam de um regime jurídico "facilitador" da manutenção do emprego.

"Só posso dizer que os sacrifícios são repartidos de forma equitativa. Há quem tenha a desdita de poder amanhã estar desempregado porque uma empresa vai à falência, situação que não acontece num funcionário público, e há quem tenha a desdita de em algumas remunerações ser um bocadinho mais prejudicado, porque mantém o emprego, porque tem outras situações no seu regime jurídico que são facilitadoras da manutenção do emprego", afirmou José Pedro Aguiar-Branco.

Falando em Barcelos, numa festa do PSD local, em que participou na qualidade de dirigente social-democrata, Aguiar-Branco argumentou que "a equidade não é feita na pura lógica numérica".

"Temos de ver os regimes jurídicos e distribuir os sacrifícios de forma equitativa. Ser equitativo não significa igualdade por igualdade. É a própria igualdade na desigualdade", referiu.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou sexta feira mais medidas de austeridade para 2013, incluindo os trabalhadores do setor privado, que, na prática, perderão o que o primeiro-ministro diz corresponder a um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.

Os funcionários públicos continuam com um dos subsídios suspensos (na totalidade nos rendimentos acima dos 1.100 euros/mensais e parcialmente acima dos 600 euros) e o outro é reposto de forma diluída nos 12 salários, que será depois retirado através do aumento da contribuição para a Segurança Social.

A contribuição das empresas passa dos atuais 23,75% para 18%. Os pensionistas continuam sem subsídios de natal e férias.

Estas medidas vão estar previstas no Orçamento do Estado de 2013 e são justificadas pelo governo como uma forma de compensar a suspensão dos subsídios de férias e de Natal em 2013 e 1014, "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.

Para Aguiar-Branco, estas medidas não significam aumento de impostos e delas não resultou "qualquer mal estar dentro do Governo".

"O Governo está coeso", garantiu.

Em relação ao PS, o governante disse esperar que "fale mais para fora e menos para dentro", de forma a contribuir para a imagem de Portugal "lá fora".

Disse ainda que o PS "não tem qualquer autoridade" para falar em crescimento, uma vez que "foi o seu modelo de crescimento que conduziu o país à pré-bancarrota".

Sublinhou ainda que os 11 anos de governação socialista "conduziram ao maior fosso de que há memória entre os muito ricos e os que têm menos".

Fonte:http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012...muneracoes

Progster
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09-09-2012, 19:15 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 09-09-2012 19:19 por progster.)
Mensagem: #1226
RE: Sendo verdade...
"Foi dada a machadada final no regime previdencial"

O antigo governante Bagão Félix considera que, com a decisão do Executivo de promover o aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, quando há uma redução dos benefícios existentes, foi dada "a machadada final" no regime previdencial.

"Acho que se deu a machadada final no regime previdencial. Não estou a dizer na Segurança Social, estou a dizer no regime previdencial, que é aquele em que há uma relação direta entre o esforço que os trabalhadores fazem e os benefícios que têm", afirmou hoje à agência Lusa o conselheiro de Estado, apontando o caso das pensões e dos subsídios de desemprego e doença, que têm vindo a ser reduzidos.

"E porquê? Porque os benefícios decrescem, mas há um aumento de sete pontos percentuais no desconto do trabalhador", justificou.

Na sua opinião, o desconto feito pelos trabalhadores para a Segurança Social, "no fundo, não é uma taxa. É um verdadeiro imposto. Deixou de ser uma contribuição [para um seguro] social para ser um imposto único".

Quanto à descida dos encargos das empresas para a Segurança Social, o antigo ministro das Finanças e da Solidariedade Social realçou que a mesma "já estava prevista no memorando de entendimento com a 'troika'", mas entende que a diminuição de 23,75 por cento para 18 por cento "não vai trazer grandes benefícios ao nível da geração de emprego" em Portugal.

"Não é por causa desta diminuição que vai haver um aumento de contratações. O que vai acontecer é que estas medidas, que diminuem o rendimento disponível das famílias, vão diminuir o consumo e, diminuindo o consumo, provavelmente é atacada a saúde das empresas e o desemprego tenderá a subir", concluiu.

Passos Coelho anunciou na sexta-feira um aumento de 11 para 18 por cento da contribuição para a Segurança Social dos trabalhadores dos setores público e privado e a redução de 23,75 para 18 por cento da contribuição das empresas.

Com as novas medidas de austeridade os funcionários públicos continuam a perder o equivalente ao subsídio de natal e de férias, cuja suspensão tinha sido considerada inconstitucional pelo Tribunal Constitucional.

Para os funcionários do setor privado, o aumento da comparticipação para a Segurança Social equivalerá à perda de um salário por ano. Os pensionistas continuaram sem subsídios de natal e férias.

O primeiro-ministro falava numa declaração ao país a partir da residência oficial em São Bento, numa altura em que a quinta avaliação pela 'troika' do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) se encontra perto do fim.

Fonte:http://noticias.sapo.pt/economia/artigo/..._4788.html
"É altura de dizer basta", diz D. Januário Torgal Ferreira

Bispo das Forças Armadas aponta a "falta de justiça social" nas novas medidas de austeridade, sublinhando que são um "ataque atroz aos trabalhadores em nome da equidade".

O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, classificou hoje de "ataque atroz aos trabalhadores" as medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro e disse ser altura de dizer "basta".

Em declarações à agência Lusa, D. Januário Torgal Ferreira referiu que o que o "escandaliza" é a "falta de justiça social", observando que com estas medidas se "assiste a um ataque atroz aos trabalhadores em nome da equidade".

O bispo das Forças Armadas mostrou-se ainda escandalizado com a desproteção da população mais vulnerável, incluindo os jovens, numa altura em que grassa o "desânimo e o protesto".

D. Januário Torgal Ferreira criticou também o "solilóquio" de Passos Coelho no Facebook, a tentar justificar como cidadão as medidas anunciadas,
desafiando o primeiro-ministro a debater ideia em "diálogo aberto" e não desta forma.

"Não é com austeridade que se salva o país"

Nas palavras do bispo das Forças Armadas, "não é com austeridade que se salva o país" e "se o primeiro-ministro vai em frente, deixa o país fortemente desgraçado", ou melhor "uma parte do país".

Disse ainda que Passos Coelho deve explicar ao país porque razão disse "basta" ao Programa de Estabilidade e Crescimento 4 durante o Governo de José Sócrates, e "agora assina tudo" para que Portugal receba dinheiro.
D. Januário reiterou a sua preocupação com a corrupção, alertando que "há corrupção moral, não há valores, não há ética, nem valores", havendo apenas uma "vontade decisiva de grupos alimentados pela vontade de quem julga que é Imperador".

Quanto ao papel do Presidente da República (PR), considerou que o atual silêncio do PR resulta da estratégia de um homem que é "naturalmente calado e silencioso" e que entende que os "silêncios são eficazes".

Notou, contudo, que o Presidente da República é a "última entidade salvadora" e que Cavaco Silva deverá saber o "que dizer e fazer" após o muito que afirmou antes sobre a questão dos cortes salariais e os sacrifícios impostos aos portugueses.

Fonte:http://expresso.sapo.pt/e-altura-de-dize...z25zvk70f0

Progster
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09-09-2012, 23:16
Mensagem: #1227
RE: Sendo verdade...
Valor do salário mínimo pode descer pela primeira vez em 40 anos

O salário mínimo vai descer pela primeira vez desde 1974 por causa do aumento dos descontos para a segurança social. Outra consequência será a diminuição do subsídio de desemprego. A alteração na taxa social única leva ainda a que Portugal fique na linha da frente dos países europeus onde os trabalhadores mais descontam.

Fonte:http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012...em-40-anos

EEK!EEK!EEK!

Progster
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11-09-2012, 14:05
Mensagem: #1228
RE: Sendo verdade...
Estudo comprova: Governo penaliza mais quem ganha menos

A consultora Deloitte garante que, com as medidas anunciadas por Passos Coelho na sexta-feira, sai mais penalizado quem tem menos rendimentos.

Os funcionários públicos serão mais prejudicados ainda face ao rendimento de 2012 e que, nos privados, a subida da TSU vai custar um pouco menos que um subsídio bruto, revela um estudo da consultora Deloitte a que o Expresso teve acesso.

Outra nota destacada pela consultora revela que sai mais penalizado quem tem menos rendimentos, isto apesar de o Governo já ter dito que ia ser criado um crédito fiscal.

"Na esfera dos funcionários públicos, o impacto do aumento em sete pontos percentuais das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) acaba por ser superior à devolução de um subsídio, o que significa que esta medida só por si, significa uma redução salarial face a 2012", sublinham os analistas da Deloitte.

Esta redução é mais elevada para os contribuintes que tenham contribuições anuais para a CGA e ADSE "inferiores à dedução específica automática aplicável aos rendimentos do trabalho por conta de outrem e que ascende a 4.104 euros (corresponde a contribuintes com rendimentos anuais inferiores a 21.046,15 euros)".

Os responsáveis da Deloitte acrescentam ainda que, para além de as contribuições para a CGA e ADSE serem superiores ao subsídio devolvido - uma vez que as contribuições são inferiores à dedução específica aplicada automaticamente aos rendimentos do trabalho dependente para efeitos de apurar o IRS devido -, os contribuintes não deduzem estas contribuições ao IRS devido pelo que acabam por pagar IRS sobre um subsídio que na realidade não receberam.

Quanto ao reflexo das novas medidas no sector privado, "verifica-se que o impacto da alteração da TSU é ligeiramente inferior à redução de um subsídio anual bruto", referemm os analistas. Acrescentam ainda que, quanto ao impacto no IRS "verifica-se o mesmo fenómeno identificado nas simulações dos funcionários públicos relativamente às implicações em sede de IRS decorrentes do aumento da TSU".

"Com efeito, sempre que as contribuições para a segurança social excedem os 4.104 euros por ano, verifica-se uma redução no IRS anual a pagar atenuando ligeiramente o aumento da TSU. Por seu turno, quem irá efectuar contribuições abaixo de 4.104 euros não irá recuperar parte do impacto do aumento da TSU, mantendo-se o valor do IRS anual igual", conclui a Deloitte.

Fonte:http://expresso.sapo.pt/estudo-comprova-...z26ALwWrAp

Progster
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11-09-2012, 17:47
Mensagem: #1229
RE: Sendo verdade...
(08-09-2012 13:37)JPedrosa Escreveu:  Há vários problemas nisto,
O primeiro é o facto de ser a mesma percentagem para todos.
Na actual conjectura de crise e de aumento brutal de impostos e custo de vida, deveria a coisa ter sido escalonada.

Só não concordo com esta parte...
Se todos somos cidadãos, todos devemos de contribuir da mesma forma e não de forma escalonada.

Quer ganhes 1000 ou 100000, já não digo em valor mas pelo menos percentualmente o teu esforço deverá ser o mesmo, pois tens acesso exatamente as mesmas coisas que o que ganha 1000...

O que não consigo perceber no meio disto tudo, é onde eles querem chegar ao tirarem carga fiscal as empresas e colocando-a nos funcionários.
Como é óbvio o poder de compra vai baixar, e consequentemente irá fazer com que as pessoas comprem menos...

Estamos a falar de uma facada de quase 35€ em quem ganhar 485€/Mês...ou seja, um pouco mais do que um salário mensal no final do ano...

Vamos ver como irá reagir o pessoal a isto, se vai ser a mesma treta das manifestações e dias de greve de sempre ou se vão efetivamente fazer algo e vão efetivamente manifestar-se e fazer greve a sério...
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11-09-2012, 18:33
Mensagem: #1230
RE: Sendo verdade...
(11-09-2012 17:47)RaCcOn Escreveu:  
(08-09-2012 13:37)JPedrosa Escreveu:  Há vários problemas nisto,
O primeiro é o facto de ser a mesma percentagem para todos.
Na actual conjectura de crise e de aumento brutal de impostos e custo de vida, deveria a coisa ter sido escalonada.

Só não concordo com esta parte...
Se todos somos cidadãos, todos devemos de contribuir da mesma forma e não de forma escalonada.

Quer ganhes 1000 ou 100000, já não digo em valor mas pelo menos percentualmente o teu esforço deverá ser o mesmo, pois tens acesso exatamente as mesmas coisas que o que ganha 1000...

Eu concordo com o @JPedrosa, e apesar de perceber o que queres dizer, para quem ganha e de acordo com o teu exemplo 100000€ é muito mais fácil de suportar do que quem ganha 1000€.

Progster
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