Forum Pplware

bem, não tenho grande esperança em mudar a opinião de ninguém, mas aqui vai.

Embora muitos não se lembrem, os browsers foram outrora, programas pagos. E esta guerra vem desde esse tempo. Portanto os argumentos de que sempre puderam escolher etc e tal ... Nem sequer se aplicam.

Depois, a microsoft começou a tirar partido de um conceito chamado dumping. Este conceito, diz-nos que determinada empresa oferece um produto que tem custos de desenvolvimento mas, esses custos são reflectidos num outro produto. Tipicamente um produto associado ao 'pai'. Pensem nisto como quando vão ao super e trazem uma escova oferecida na compra de uma pasta de dentes.

Na altura em que a microsoft fez isto, acontecian duas coisas muito importantes. A primeira era a internet estar no inicio e portanto não havia muita oferta de nevegadores e a que havia não era conhecida. A segunda é que o merdado destas aplicações era um mercado não gratuito.

Ora o inicio da internet juntamente com alternativas pagas foi a receita de sucesso para a ms que mandou muita gente para o desemprego. Esta atitude foi vista desde o inicio como uma prática desleal e sejamos honestos ... É. A empresa servia-se de um produto pago e bem pago, para nele absorver os custos de desenvolvimento de outro produto. Pela sua presença maioritária na area de sistemas operativos o ie ganhou uma quota de mercado absurdamente elevada, mesmo sem ter ponta de qualidade.

mas a microsoft foi mais longe. impediram os clientes de remover o programa. E no inicio até dificil era de remover o atalho. Para além disto, foram ainda mais longe. Tentaram a todo o custo integrar o código do ie no kernel do windows para mandar areia para os olhos dos tribunais e malta que avalia este tipo de assuntos. O argumento da ms era o de que o ie fazia parte do SO e que todas as funcionalidades tinham que existir para o windows funcionar. Alguem se lembra do riduculo que era ser o IE o programa padrão para gif?

Ora isto deu inicio á era dos browsers gratuitos, que no inicio ainda contou com um financeiramente desesperado netscape que era de longe melhor.

Depois vieram os outros, sempre com mais qualidade, features etc ....

Mas fruto da Implantação do windows tiveram que lutar muito para sobreviver.

Provavelmente poucos se lembram do IE6 ... E do abandono que teve durante anos.

Esta decisao da ue, não é mais do que castigar a ms por anos de más práticas e é mais do que justa

(23-02-2010 01:13)JPedrosa Escreveu: [ -> ]Esta decisao da ue, não é mais do que castigar a ms por anos de más práticas e é mais do que justa

Exacto, entendo o teu ponto de vista, o problema é que à luz do que cenário actual se quisermos ser justos a Microsoft deveria permitir a desinstalação e nada mais.

E ainda temos a questão de ser prática comum os SO trazerem os seus browsers, embora à uns anos tivesse sido desleal não foi feito nada no sentido de impedir a Microsoft de o fazer, a grande falha foi da regulação ou inexistência da mesma no sector.

E se algum dia a Microsoft perder mercado seja para a Apple, Linux ou qualquer outro é óbvio que a Microsoft vai bater o pé.

Shadow,
quando dizes que nada foi feito para impedir ... não é correcto. Várias acções foram postas, vários processos em tribunal.

Quando referes, que a MS apenas faz o que os outros fazem, não é correcto também.
O Linux por exemplo, não trás o "seu" browser. Trás vários. Se for um ambiente com KDE tem logo à partida 2, o FireFox e o Konqueror, e algumas distribuições ainda lá metem mais.

Claro que isto também potencia a quota destas aplicações, mas, dado que o SO que o está a fazer, não tem uma posição dominante, a sua acção não tem peso. Dito de outra forma, o Linux tem 1% de quota de mercado, mesmo que toda a gente que usa linux usasse Firefox, este browser desta forma obteria apenas 1% do mercado. Não sendo esta acção determinante para o colocar no primeiro lugar, logo, não sendo uma acção passível de se enquadrar numa questão de abuso de posição dominante.

E, nem toda a gente que usa Linux, usa Firefox, eu por exemplo uso Opera

Claro que, se o Linux ou Mac, por acção milagrosa, algum deles se tornasse dominante, a questão mudava de figura. Invertiam-se posições, digamos assim.
Só com a pequena diferença que nunca o Linux poderia ser acusado da mesma coisa.
Em primeiro lugar porque é mais do que banal ser instalado mais do que um browser, em segundo porque não é parte integrante do windows e sempre poder ser desinstalado

Eu acho estas medidas ridiculas por parte da União Europeia e por parte da Microsoft ainda mais ridiculo.

Isto o simples seria o Windows vir com o IE pré-instalado mas deveria ser possível a sua remoção totalmente, sem deixar rasto e não a vergonha que é de "Desactivar" apenas, presente no Windows 7!

Isso de escolher é simplesmente ridiculo. Mas enfim, também a Microsoft está envolvida em tantos contractos com os Governos e outra marcas para poder fazer do Windows um SO Standard que por outro lado não pode fechar as portas à concorrência como fez, pondo o IE como quase obrigatório.

A mim enerva simplesmente ter o IE "desactivado" e certas aplicações não abrirem bem noutros browsers que não o IE. (ex: Messenger).

Atras do IE deveriam "implicar" com o restante entulho, não obrigando que a Microsoft o tire, porque não faz sentido, mas sim obrigar que a Microsoft não faça dele parte integrante do sistema ao ponto de ser quase impossivel a sua remoção para quem não o quer...

O meu messenger não tem nenhum problema em abrir as coisas com o Chrome!!

@v_andre

Ele não tem problemas em abrir em nenhum browser (pré-definido) seja o Firefox, Chrome, Safari ou Opera.. acontece é que se eu carregar na Caixa de Entrada do Messenger, no IE ele vai directamente para lá... agora nos outros browsers, ele vai para a página Principal do Windows Live.

É isso e faz outro teste, clicas num dos teus contactos e fazes "Enviar Correio Electronico", no IE aparece o novo e-mail já pronto a enviar com o e-mail devidamente inserido, se for noutro browser que não o IE, ele abre a caixa de entrada do Hotmail...

No meu caso não posso testar isso.. Tenho a conta do gmail associada ao msn!eheh

Isso acontecia numa versão antiga. Já há algum tempo que abre o browser predefinido (mesmo antes desta parvoíce dos browsers).

Este pessoal mais novo não se lembra das artimanhas da nossa querida e amiga Microsoft...
Se o Browser vier pré-instalado, vou ser obrigado a utiliza-lo mais que não seja para fazer o download do browser que quero...
Logo acho muito bem que assim o seja...

(23-02-2010 01:13)JPedrosa Escreveu: [ -> ]Embora muitos não se lembrem, os browsers foram outrora, programas pagos. E esta guerra vem desde esse tempo. Portanto os argumentos de que sempre puderam escolher etc e tal ... Nem sequer se aplicam.

Depois, a microsoft começou a tirar partido de um conceito chamado dumping. Este conceito, diz-nos que determinada empresa oferece um produto que tem custos de desenvolvimento mas, esses custos são reflectidos num outro produto. Tipicamente um produto associado ao 'pai'. Pensem nisto como quando vão ao super e trazem uma escova oferecida na compra de uma pasta de dentes.

Na altura em que a microsoft fez isto, acontecian duas coisas muito importantes. A primeira era a internet estar no inicio e portanto não havia muita oferta de nevegadores e a que havia não era conhecida. A segunda é que o merdado destas aplicações era um mercado não gratuito.

Ora o inicio da internet juntamente com alternativas pagas foi a receita de sucesso para a ms que mandou muita gente para o desemprego. Esta atitude foi vista desde o inicio como uma prática desleal e sejamos honestos ... É. A empresa servia-se de um produto pago e bem pago, para nele absorver os custos de desenvolvimento de outro produto. Pela sua presença maioritária na area de sistemas operativos o ie ganhou uma quota de mercado absurdamente elevada, mesmo sem ter ponta de qualidade.

mas a microsoft foi mais longe. impediram os clientes de remover o programa. E no inicio até dificil era de remover o atalho. Para além disto, foram ainda mais longe. Tentaram a todo o custo integrar o código do ie no kernel do windows para mandar areia para os olhos dos tribunais e malta que avalia este tipo de assuntos. O argumento da ms era o de que o ie fazia parte do SO e que todas as funcionalidades tinham que existir para o windows funcionar. Alguem se lembra do riduculo que era ser o IE o programa padrão para gif?

Ora isto deu inicio á era dos browsers gratuitos, que no inicio ainda contou com um financeiramente desesperado netscape que era de longe melhor.

Depois vieram os outros, sempre com mais qualidade, features etc ....

Mas fruto da Implantação do windows tiveram que lutar muito para sobreviver.

Provavelmente poucos se lembram do IE6 ... E do abandono que teve durante anos.

Esta decisao da ue, não é mais do que castigar a ms por anos de más práticas e é mais do que justa

Ora nem mais! Parece que por aqui há malta nova que cresceu a conhecer o IE... Ainda me lembro de fazer a actualização o IE no Windows 95 e a instalação do IE 4.0 estar tão integrada no SO que não conseguia remover alguns ficheiros e atalhos colocados pela actualização. Isto já há uns 11/12 anos e, imagine-se, só instalei o IE porque precisava de ver alguns ficheiros HTML num CD, que na altura ainda não tinha Internet.

Depois com o Windows 98, recordam-se de o menu iniciar ter a secção favoritos, quer quisessem, quer não? E de o IE estar tão embebido no SO que um problema no navegador me obrigou a reinstalar o Windows porque estava a causar problemas no próprio SO? Para não falar do Windows ME, 2000, XP... Se se revêem nestas coisas, dão valor à decisão da UE.
Um navegador deve ser um programa estruturalmente "independente" do SO, na medida em que o sistema operativo não deve depender funcionalmente de determinado navegador para funcionar devidamente.

Modéstia à parte, não sou grande expert de computadores, mas vou mexendo em PCs já há 13 anos e, claro, já vi muita coisa. Para ser franco, o IE nunca me convenceu seriamente. Mais um usar por necessidade do que propriamente por gosto no uso diário do navegador. Depois comecei a experimentar o Mozilla, o Opera, mais tarde o então Firebird, agora Firefox, e por aí adiante.