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Sendo verdade...
07-09-2012, 16:24
Mensagem: #1211
RE: Sendo verdade...
Passos anuncia novas medidas de austeridade ao final da tarde

Primeiro-ministro já disse que todas as hipóteses estão em aberto. "Nenhum de nós está em condições de dizer que não vai tomar uma ou outra decisão se ela tiver de ser adoptada."

Pedro Passos Coelho vai fazer uma declaração ao país esta sexta-feira, na qual deve anunciar mais medidas de austeridade. A intervenção está agendada para as 19h20, 25 minutos antes do jogo da selecção portuguesa no Luxemburgo.

A notícia ainda não foi formalmente confirmada pelo Governo. Certo é que esta semana Passos Coelho não descartou um novo aumento de impostos, apesar de reconhecer que não era desejável.

"Todos desejaremos ultrapassar as nossas dificuldades sem sobrecarregar mais os portugueses com impostos, mas nenhum de nós está em condições de dizer que não vai tomar uma ou outra decisão se ela tiver de ser adoptada", sublinhou Passos Coelho à margem de uma visita à Autoridade Nacional da Protecção Civil, em Lisboa.

Numa altura em que o défice está longe do previsto e em que ainda não foram encontradas soluções para o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes nos subsídios da função pública, o primeiro-ministro admitiu que está tudo em aberto.

Fonte:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.asp...&did=76498

Progster
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07-09-2012, 19:03
Mensagem: #1212
RE: Sendo verdade...
Um país que não quer mais impostos

É cada vez maior o número de vozes a dizer "basta" à hipótese de mais carga fiscal sobre os portugueses. Há posições mais críticas e outras mais compreensivas com o Governo, mas quase todos concordam com o mesmo: mais impostos não.

Caso Passos Coelho anuncie novo aumento dos impostos, vai ficar praticamente isolado na defesa da medida. Da esquerda à direita, da banca aos parceiros sociais, passando pelos históricos ex-dirigentes dos partidos, pelos comentadores políticos e mesmo pela própria comunicação social, parece ser consensual a oposição a uma decisão do género.

As vozes da discórdia começam dento do próprio Governo, com o CDS-PP, partido da coligação, a afirmar pela voz do líder Paulo Portas que "o nível de impostos já atingiu o seu limite". A frase surge numa carta enviada há semanas aos militantes centristas, em que Portas diz ainda que é "dever" do Governo "pugnar por uma política fiscal selectiva, competitiva e favorável à família, à empresa e ao trabalho".

O presidente da EDP, António Mexia, defende que "a solução de mais impostos sobre o sector privado não faz sentido". No sector da banca, o presidente do BPI chega a dizer que "mais impostos são uma ameaça a Portugal".

O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, deixou recentemente um aviso ao primeiro-ministro. "Nós atingimos o limite e o regime político está a viver da grande força daqueles que o controlam, mas a paciência das pessoas tem limites."

Entre os "históricos" da política nacional, o antigo líder do CDS Adriano Moreira também se pronunciou há dias sobre a possibilidade de mais sacrifícios para os portugueses, alertando para o perigo da "fadiga tributária".

A linha que separa socialistas de sociais-democratas
Um dos mais críticos é Mário Soares, para quem mais medidas de austeridade significam "mais cortes, mais pessoas a sofrer, com mais dificuldades e mais desemprego". Para Soares, é essa linha que separa PSD e PS.

Que o diga António José Seguro, líder do Partido Socialista, que tem sido constante na crítica ao excesso de sacrifícios. "A austeridade, custe o que custar, não é solução", defendeu esta semana.

Também entre os socialistas, a eurodeputada Edite Estrela concorda e defende ser "urgente" que o Governo peça "o alargamento dos prazos" e renegocie as metas acordadas com a "troika". "Uma tal 'overdose' de austeridade deprimiu a economia e matou o emprego. Foi um enorme erro estratégico", acusou a eurodeputada.

Mais à esquerda, Jerónimo de Sousa sustenta que o plano de assistência financeira é um "pacto de agressão e não tem dúvidas que traz mais austeridade e mais sacrifícios nos salários, nas reformas e nas pensões. Para o líder comunista, nem mais tempo resolve o problema: é uma "aspirina" num caso de "pneumonia".

"Já chega"
Do lado dos patrões, o aumento de impostos também não é visto com bons olhos. A Confederação do Comércio, por exemplo, quer um reajustamento do memorando com a "troika".

"Ou há agravamento da carga fiscal - e isso vai acelerar ainda mais a depressão da economia, o que é mau, quer em termos das empresas, quer em termos do emprego - ou então vão ter de ser encontrados ajustamentos adequados em termos de financiamento e prazos", considera a Confederação do Comércio.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal - CIP partilha da mesma opinião. “Já chega de carga de impostos", considera António Saraiva.

"Há uma carga fiscal e parafiscal, que tem sido suportada pelas empresas e pelas famílias, que já extravasou o razoável e é pela redução da despesa que se deve fazer caminho", defende o líder da CIP.

Medidas "maléficas"
Há académicos que também já defenderam publicamente soluções alternativas ao aumento de impostos. Carlos Bastardo, professor de Economia do Instituto Superior de Economia e Gestão, diz que "não faz muito sentido" mais medidas de austeridade, "porque vão ser maléficas".

O fiscalista Guilherme d’Oliveira Martins lembra que há uma margem de mil milhões de euros em benefícios fiscais a que o Governo pode recorrer para não ter de impor tantas medidas de austeridade. Para o presidente do Tribunal de Contas, este dinheiro deve ser canalizado para medidas de criação de emprego, caso contrário o Governo corre o risco de perder a credibilidade do programa de ajustamento.

Na sociedade civil, e a juntar a voz ao coro, o jornal "Diário Económico" lançou esta sexta uma petição pública contra mais impostos, na qual incita os seus leitores a assinarem contra a austeridade.

Penalizar quem tem mais
Há ainda quem aceite uma solução que possa passar por mais impostos, mas dirigidos sobretudo a quem tem mais posses. É o caso de Freitas do Amaral, que defende uma tributação pesada sobre as fortunas.

"Os impostos sobre o património, sobre o consumo e produtos de luxo, que estão previstos na Constituição, e outros impostos sobre actos e contratos que entretanto se desenvolveram e permitem ganhar fortunas, como transacções financeiras, operações urbanísticas e por aí fora, tudo isso devia ser objecto de um pacote que tivesse como objectivo a justiça fiscal", sublinha o fundador do CDS.

O Presidente da República não exclui a possibilidade de mais impostos, mas voltou esta sexta-feira a sublinhar a importância da equidade fiscal, afirmando que "só se podem considerar para acréscimos de sacrifícios aqueles que não os suportaram até este momento". Ou seja, a haver mais carga fiscal, deve-se evitar penalizar os mesmos de sempre, segundo Cavaco Silva.

Por sua vez, o economista Miguel Cadilhe defende a criação de um novo imposto que tribute cerca de 4% da riqueza do país e que deve ser pago por todos os portugueses de uma só vez, classificando-o como um "tributo de solidariedade". Ainda assim, o ex-ministro é contra os cortes nos subsídios de Natal e de férias.

Passos admite tudo
O primeiro-ministro mantém a sua posição face às críticas. Pedro Passos Coelho disse quarta-feira que "nenhum de nós está em condições de dizer que não vai tomar uma ou outra decisão se ela tiver de ser adoptada".

Há pouco mais de um mês, Passos Coelho disse que não considerava estar a "exigir demais" ao país. "Sabemos que temos de passar por este processo, não estamos a acelerá-lo de uma forma artificial, não estamos a exigir demais, mas o tempo é muito exigente."

Esta sexta-feira, Passos dirige-se a Portugal. O país aguarda o que o chefe de Governo tem para dizer.

Fonte:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.asp...&did=76519

Progster
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07-09-2012, 20:07 (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 07-09-2012 20:09 por progster.)
Mensagem: #1213
RE: Sendo verdade...
Trabalhadores do privado vão pagar mais Segurança Social

Passos Coelho comunicou ao país, esta sexta-feira, irá aumentar a contribuição dos privados para Segurança Social para 18% e descer a contribuição das empresas para o mesmo valor. O primeiro-ministro anunciou ainda o corte de um dos subsídios de férias e de Natal e vai repor o outro distribuindo-o por 12 meses de salário.

"O Governo decidiu aumentar a contribuição para a Segurança Social exigida aos trabalhadores do setor privado para 18%, o que nos permitirá, em contrapartida, descer a contribuição exigida às empresas também para 18%", afirmou Pedro Passos Coelho, numa declaração ao país, na residência oficial de São Bento, em Lisboa.

"Faremos assim descer substancialmente os custos que oneram o trabalho, alterando os incentivos ao investimento e à criação de emprego. E fá-lo-emos numa altura em que a situação financeira de muitas das nossas empresas é muito frágil", acrescentou o primeiro-ministro.

Passos Coelho referiu que "a subida de sete pontos percentuais na contribuição dos trabalhadores será igualmente aplicável aos funcionários públicos e substitui o corte de um dos subsídios decidido há um ano".

O primeiro-ministro anunciou também que o Governo vai manter no Orçamento do Estado para 2013 o corte de um dos subsídios de férias e de Natal e vai repor o outro distribuindo-o por 12 meses de salário.

"O subsídio reposto será distribuído pelos doze meses de salário para acudir mais rapidamente às necessidades de gestão do orçamento familiar dos que auferem estes rendimentos", afirmou Pedro Passos Coelho.

Apesar de reconhecer que "a emergência financeira ainda não terminou", o primeiro-ministro frisa: "Estamos a reduzir défice externo mais rapidamente do que o previsto e a diminuir a dependência relativamente ao estrangeiro".

"Somos vistos pelos agentes internacionais como um país confiável".

Mas ainda "sobresistem vários focos de risco", contrapõe.

"Em nome do sofrimento que atinge tantas famílias", Passos Coelho destacou as políticas de emprego aplicadas pelo seu Governo e que agora serão reforçadas.

E propôs um contributo mais "equitativo" dos portugueses.

Fonte:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/...96&page=-1
(18-08-2012 14:37)Progster Escreveu:  Olhem só o que acabei de encontrar...

http://www.youtube.com/watch?feature=pla...szdHrBM#!

EEK! Olha, olha..., já o "abafaram"...

Progster
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07-09-2012, 20:25
Mensagem: #1214
RE: Sendo verdade...
Shame, lots of Shame...

É justo retirarem alguma carga de impostos as empresas no entanto não é justo aplicarem essa mesma carga aos particulares...

Simplesmente não é uma boa gestão...
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07-09-2012, 21:00
Mensagem: #1215
RE: Sendo verdade...
FILHOS DE PAI INCÓGNITO ... E MÃE DA VIDA.

7% ...
Quem ganhe 1000€ passa para 930€
Quem ganhe 500, está com o ordenado mínimo.

Granda ripada
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07-09-2012, 21:08
Mensagem: #1216
RE: Sendo verdade...
Quem ganhe 300€...

Progster
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07-09-2012, 22:17
Mensagem: #1217
RE: Sendo verdade...
(07-09-2012 21:00)JPedrosa Escreveu:  7% ...

Só agora é que reparei e fiz as contas, não são 7%, são 18%.

Progster
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08-09-2012, 00:13
Mensagem: #1218
RE: Sendo verdade...
7% de aumento face ao que tínhamos antigamente...

Enfim...agora vai o pessoal começar a ir contra as empresas porque afinal de contas isto foi uma iniciativa para os libertar de impostos...
Ora grande treta...

Dizem eles que pretendem que os ricos e as maiores empresas paguem?Ora não sei onde eles viram isso, qualquer das formas mesmo que assim fosse não era justo!!!

Os grandes não tem de pagar mais apenas porque são grandes...
Pensava eu que vivíamos num país em que somos uma sociedade e que todos devemos contribuir de igual forma para o desenvolvimento do mesmo...

Cada vez mais estas medidas me fazem ter a certeza de que trabalhar-mos para nós próprios é a melhor e mais justa solução.
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08-09-2012, 10:13
Mensagem: #1219
RE: Sendo verdade...
Fazendo umas pequenas contas, assim "óh repente":

Salário Mínimo Nacional: 485€
Desconto Segurança Social: 53,35€
Descontos anuais Segurança Social: 53,35x12= 640,20€

Desconto Segurança Social 2013 (18%): 87,30€
Descontos anuais Segurança Social para 2013 (18%): 87,30x12= 1047,60€

Diferença: 1047,60€-640,20€= 407,40€

Já que não podiam tirar-nos os subsídios de Natal, pois não são eles que nos pagam, taxam-nos com com este aumento que praticamente vai dar ao mesmo, mas entra directamente para o estado.
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08-09-2012, 11:45
Mensagem: #1220
RE: Sendo verdade...
Claro que essa foi a solução, aumentar a carga de impostos em algum lado...

O que não estou de acordo com tudo isto é mesmo tirarem a carga equivalente nas empresas para a colocar depois nos particulares...

Isso é que não está nada bem...
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